RAFAEL,
Abel
*dep. fed. MG 1959-1967, 1969.
Abel Rafael Pinto nasceu
em Paraíba do Sul (RJ) no dia 28 de março de 1914, filho do comerciante e
delegado de polícia Augusto da Silva Pinto e de América Sposito Pinto.
Radicado
em Juiz de Fora (MG), onde trabalhou como comerciário, concluiu, em 1937, curso
de contabilidade no Instituto Comercial Mineiro, do qual tornou-se professor de
português no ano seguinte. Ocupou este cargo até 1942 e, no ano posterior,
passou a lecionar ciência de administração na Faculdade de Ciências Econômicas,
atualmente incorporada à Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Em 1947,
assumiu uma cadeira de vereador no município e, no ano seguinte, formou-se em
economia pela Faculdade de Ciências Econômicas. Exerceu o mandato municipal até
1950 e, em outubro de 1954, candidatou-se a deputado federal por Minas Gerais
pela legenda da União Democrática Nacional (UDN), porém não conseguiu se
eleger. No ano de 1955, ocupou as diretorias da Divisão de Receita e Despesa e
da Divisão de Administração da prefeitura de Juiz de Fora.
Ex-militante
da Ação Integralista Brasileira, elegeu-se, em outubro de 1958, deputado
federal por Minas Gerais pela legenda do Partido de Representação Popular
(PRP), assumindo o mandato em fevereiro do ano seguinte. Também em 1959,
bacharelou-se em direito pela Faculdade de Direito de Juiz de Fora. Em janeiro
de 1961, licenciou-se da Câmara dos Deputados para ocupar o cargo de secretário
de Agricultura, Indústria, Comércio e Trabalho do governo de Minas na gestão de
José de Magalhães Pinto (1961-1966). Por declarar-se numa entrevista à imprensa
contrário à política externa adotada pelo então presidente da República, Jânio
Quadros, pouco antes da renúncia deste, em agosto de 1961, foi exonerado pelo
governador mineiro. Neste mesmo mês, retornou à Câmara dos Deputados, assumindo
a partir de março do ano seguinte a vice-liderança do PRP.
Reeleito
em outubro de 1962, desta vez pela legenda do Partido Social Democrático (PSD),
com a extinção dos partidos políticos pelo Ato Institucional nº 2 (27/10/1965)
e a posterior instauração do bipartidarismo, filiou-se à Aliança Renovadora Nacional
(Arena), partido de apoio ao regime militar instituído no país em abril de
1964. No pleito de novembro de 1966, obteve uma suplência de deputado federal
pela legenda da Arena e em janeiro do ano seguinte deixou a Câmara, voltando a
ocupar uma cadeira em 1969. Conquistando apenas a 11ª suplência nas eleições de
novembro de 1970, não voltou a exercer o mandato. Como deputado federal,
pertencera às comissões de Economia, Redação, Serviço Público e de Educação.
Afastado
das atividades parlamentares, voltou-se exclusivamente para a advocacia, tendo
prestado assessoria jurídica a órgãos do Ministério da Educação e Cultura entre
1976 e 1979.
Em Brasília, foi professor da Faculdade de Serviço Social e
do Centro de Ensino Unificado, além de ter integrado o Conselho de Supervisão
do Centro Gráfico do Senado Federal e o Conselho Diretor da Fundação
Educacional do Distrito Federal.
Faleceu no dia 6 de abril de 1991.
Era casado com Alba Nardelli Pinto, com quem teve 13 filhos.
FONTES: ANDRADE, F.
Relação; ASSEMB. LEGISL. MG. Dicionário biográfico; CÂM. DEP. Anais
(1962-4); CÂM. DEP. Deputados; CÂM. DEP. Deputados brasileiros.
Repertório (1946-1967 e 1963-1967); CÂM. DEP. Relação nominal dos
senhores; COUTINHO, A. Brasil; Rev. Arq. Públ. Mineiro
(12/76); SENADO FEDERAL. Relação de deputados falecidos; TRIB. SUP.
ELEIT. Dados (4, 6, 8 e 9); VÍTOR, M. Cinco.