FLORENCE, Afonso
*dep.
fed. BA 2011-; min. Desenv. Agr. 2011-2012
Afonso
Bandeira Florence nasceu em Salvador (BA) no dia 15 de outubro de 1960,
filho de Luiz Carvalho Florence e Aracy Bandeira Florence.
Na Universidade
Federal da Bahia (UFBA), formou-se em história entre 1984 e 1988 e estudou
mestrado entre 2000 e 2002. Entre 1981 e 2001, trabalhou como funcionário
naquela instituição e a partir de 1994 tornou-se professor da Universidade
Católica de Salvador (UCSAL).
Filiado ao partido dos
Trabalhadores (PT), coordenou em 2006 o programa de Jaques Wagner, então
candidato da legenda ao governo da Bahia. Entre 2007 e 2010, foi secretário de
Desenvolvimento Urbano da Bahia no primeiro governo de Wagner (2007-2011). Na secretaria, estruturou políticas públicas
de habitação, tendo inaugurado 30 mil habitações e deixado outras 40 mil em
construção, pelo programa Casa da Gente, lançado naquele governo e que,
posteriormente, viria a ser considerado um dos precursores do Minha Casa, Minha Vida, de estrutura
semelhante, embora mobilizado em plano nacional pelo governo federal. Além
disso, no campo do saneamento, também abarcado pela secretaria, em parceria com
as pastas responsáveis pelas áreas do meio ambiente e da integração regional,
executou o Programa Água para Todos, que, como o nome diz, tinha como mote a
distribuição de água em áreas carentes.
Em 2010, candidatou-se
a deputado federal e foi eleito com 143mil votos, obtidos principalmente em
Salvador, no Recôncavo da Bahia e regiões adjacentes. Entretanto, licenciou-se
do mandato parlamentar para assumir o Ministério do Desenvolvimento Agrário, a
convite da presidente recém-empossada, Dilma Rousseff.
No comando da pasta,
coordenou, no âmbito rural, a implementação de projetos do governo federal, tal
qual o Plano Brasil Sem Miséria e da Rede Brasil Rural, além de ter
aperfeiçoado o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar. Por
outro lado, teve como uma das marcas da gestão um baixo índice de
desapropriação de terras para reforma agrária, o que, além de contestado por
movimentos sociais e correntes internas de seu partido, teria sido um dos
fundamentos da criação daquele ministério. Apontava-se, à época, que os R$60,3
milhões gastos em assentamentos seriam indicativos para uma desaceleração, cujos
números absolutos eram menores que em igual período dos governos de Fernando
Henrique Cardoso (1995-2002) e de Luís Inácio Lula da Silva (2003-2011). Também
em 2012, entraves burocráticos teriam prejudicado o braço executivo do
Ministério voltado para tal questão, o Instituto Nacional de Colonização e
Reforma Agrária (INCRA), cujo superintendente levou três meses para assumir seu
posto, tendo sido ainda incumbido primeiramente de uma administração de cunho
técnico.
Com o funcionamento do
Ministério sob tensão ocasionada tanto por movimentos sociais, quanto por
disputas entre tendências internas do Partido dos Trabalhadores, em Março de
2012, deixou o comando da pasta e retomou o mandato no Legislativo Federal. Na
Câmara, foi presidente da Frente Parlamentar em Defesa das Populações
Extrativistas e dos Povos e Comunidades Tradicionais, além de ter assumido a
condição de vice-líder do PT na Casa. Integrou a Comissão Permanente de Finanças
e Tributação e participou também da Comissão Especial designada para a
discussão da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 215/00, que tinha como
mote a competência sobre a demarcação de terras indígenas, então prerrogativa
do Executivo incumbida à FUNAI, mas requerida pelo Congresso Nacional, a
despeito do descontentamento de populações indígenas.
Casou-se e teve dois
filhos.
FONTES:
Portal
da Câmara dos Deputados. Disponível em: <http://www.camara.leg.br/>.
Acesso em 24/09/2013; Portal do Ministério do Desenvolvimento Agrário.
Disponível em: <http://www.mda.gov.br/>. Acesso em 24/09/2013; Portal
pessoal do deputado. Disponível em: <http://www.afonsoflorence.com.br/>.
Acesso em 23/09/2013; Portal da Tribuna
da Bahia. Disponível em: <http://www.tribunadabahia.com.br/>. Acesso
em 20/09/2013. Portal do Tribunal Superior Eleitoral. Disponível em:
<http://www.tse.jus.br/>. Acesso em 23/09/2013.