LINS, ÁLVARO (2)
LINS,
Álvaro (2)
*dep. fed. CE 1955-1975.
Álvaro Lins Cavalcanti nasceu em Pedra Branca (CE) no dia 14 de dezembro de 1920, filho de Francisco Vieira Cavalcanti e de
Maria do Carmo Lins Cavalcanti.
Iniciou os estudos primários em sua cidade natal,
transferindo-se posteriormente para Fortaleza, onde fez o secundário no
Instituto São Luís e o complementar no Colégio Estadual do Ceará.
Bacharel
em ciências jurídicas e sociais pela Faculdade de Direito do Ceará em 1944,
durante o curso foi presidente do Centro Acadêmico Clóvis Bevilacqua. Como
terceiro e quartanista de direito, em 1942 e 1943, respectivamente, representou
os estudantes cearenses como delegado ao 4º e ao 5º congressos nacionais de
estudantes, reunidos no Rio de Janeiro.
Formado,
exerceu a advocacia em 1945 e 1946 em Senador Pompeu. Em janeiro de 1947 elegeu-se deputado à Assembléia Constituinte do Ceará na
legenda do Partido Social Progressista (PSP). Participou dos trabalhos
constituintes, durante os quais foi vice-presidente da Comissão Constitucional,
e após a promulgação da nova Carta estadual (23/6/1947) passou a exercer o
mandato na legislatura ordinária, voltando a reeleger-se na mesma legenda em
outubro de 1950. Ao longo dessa legislatura, foi nomeado, em 1953, procurador
judicial da Secretaria de Agricultura do Ceará.
No
pleito de outubro de 1954 elegeu-se deputado federal pelo Ceará na legenda do
PSP. Deixando a Assembléia Legislativa em janeiro de 1955, no mês seguinte
assumiu seu mandato na Câmara Federal. Em outubro de 1958 obteve a reeleição na
legenda da Coligação Democrática, constituída pelo PSP, a União Democrática
Nacional (UDN), o Partido de Representação Popular (PRP), o Partido Republicano
(PR) e o Partido Trabalhista Nacional (PTN), mas em outubro de 1962 conseguiu
eleger-se apenas primeiro-suplente de deputado federal na legenda do Partido
Trabalhista Brasileiro (PTB). Deixando a Câmara em janeiro de 1963, voltou a
ocupar uma cadeira em maio seguinte, substituindo o titular.
Com a extinção dos partidos políticos pelo Ato Institucional
nº 2 (27/10/1965) e a posterior instauração do bipartidarismo, filiou-se ao
Movimento Democrático Brasileiro (MDB), partido de oposição ao regime militar
vigente no país desde abril de 1964. Nos pleitos de novembro de 1966 e de 1970
reelegeu-se deputado federal nessa legenda, e na última legislatura tornou-se
vice-presidente da Comissão de Redação e membro da Comissão do Polígono das
Secas. Em janeiro de 1975, deixou a Câmara, não voltando a concorrer a cargos
públicos eletivos.
Foi
um dos fundadores da Casa do Ceará em Brasília, tornando-se depois seu
presidente.
Faleceu no dia 20 de junho de 1995.
Era casado com Zilmar Gadelha Lins Cavalcanti, com quem teve
quatro filhos.
FONTES: CÂM. DEP. Deputados;
CÂM. DEP. Deputados brasileiros. Repertório (1967-1971 e 1971-1975);
CÂM. DEP. Relação dos dep.; COUTINHO, A. Brasil; GIRÃO,
R. Ceará; IPC. Relação de parlamentares (1/1/92 a
18/8/98); Perfil (1972); TRIB. SUP. ELEIT. Dados (1, 2, 3,
4, 6, 8 e 9).