ALVES, Nílton
*dep. fed. RS 1983-1987.
Nilton Alves da Silva
nasceu em Torres (RS) no dia 18 de abril de 1939, filho de José Paulo da Silva
e de Isaura Alves da Silva.
Graduou-se em ciências jurídicas e sociais
pela Faculdade de Direito de Cruz Alta (RS). Iniciou sua carreira política em
1963 como vereador em Osório (RS), no Partido Trabalhista Brasileiro (PTB).
Após a extinção dos partidos políticos
existentes e a instituição do bipartidarismo, por força do Ato Institucional nº
2 (AI-2), de outubro de 1965, ingressou no Movimento Democrático Brasileiro
(MDB), partido de oposição ao regime militar instaurado no país em abril de
1964. Foi reeleito vereador em Osório em 1965 e nos pleitos de novembro de
1968, 1972 e 1976.
Com o fim do bipartidarismo em
novembro de 1979, e a posterior reorganização partidária, ingressou no Partido
Democrático Trabalhista (PDT), fundado em maio de 1980. No mesmo ano teve,
juntamente com todos os ocupantes de cargos eletivos municipais, o mandato de
vereador prorrogado por dois anos por determinação do Congresso Nacional.
Em novembro de 1982 elegeu-se deputado
federal pelo Rio Grande do Sul na legenda do PDT. Empossado em fevereiro
seguinte, após ter concluído o mandato de vereador, tornou-se membro da
Comissão de Relações Exteriores e suplente da Comissão de Defesa do Consumidor
da Câmara Federal.
Na sessão de 25 de abril de 1984,
votou a favor da emenda Dante de Oliveira, que propunha o restabelecimento de
eleições diretas para a presidência da República em novembro daquele ano. Como
a emenda não obteve a votação necessária para ser encaminhada ao Senado
Federal, decidiu apoiar, no Colégio Eleitoral reunido a 15 de janeiro de 1985
para escolher o novo presidente do país, a candidatura do ex-governador de
Minas Gerais Tancredo Neves, lançada pela Aliança Democrática, coligação do
Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) com a dissidência do Partido
Democrático Social (PDS) denominada Frente Liberal. Gravemente enfermo,
Tancredo, no entanto, não chegou a assumir o cargo, vindo a falecer em 21 de
abril de 1985. Foi substituído na presidência por seu vice José Sarney, que já
vinha exercendo a função interinamente desde o dia 15 de março.
Candidato à reeleição em novembro de
1986, Nílton Alves não obteve êxito. Deixou com isso a Câmara dos Deputados em
janeiro de 1987, ao fim de seu mandato. Candidatou-se novamente nos pleitos de
outubro de 1990 e de 1994 - este último no PTB, para o qual retornara - mas
também não conseguiu se eleger.
Casou-se com Sílvia Maria Soledade da
Silva, com quem teve dois filhos.
FONTES: CÂM. DEP. Deputados brasileiros.
Repertório (1983-1987); Globo (26/4/84, 16/1/85).