ASSUNÇÃO, REGINA
ASSUNÇÃO, Regina
*sen. MG 1996-1998.
Regina Maria de Assunção
nasceu em Ouro Preto (MG) no 15 de maio de 1951, filha de Geraldo José de
Assunção e de Maria José de Assunção.
Formou-se
em jornalismo pela Faculdade de Filosofia de Belo Horizonte e trabalhou no
serviço público. No início dos anos 1970, tornou-se secretária do Frigorífico
Diniz, de propriedade do ex-deputado federal Aquiles Diniz, que em 1981 levou-a
para exercer a mesma função no Partido Trabalhista Brasileiro (PTB).
Embora houvesse sido eleita para o diretório nacional do
partido, praticamente restringiu sua atuação às tarefas burocráticas da máquina
partidária, mantendo-se afastada dos debates políticos. Como funcionária do
partido, foi durante vários anos secretária da agremiação.
Iniciou
sua carreira política nas eleições de outubro de 1994, quando foi indicada
primeira suplente na chapa vitoriosa do PTB ao Senado Federal, encabeçada por
Arlindo Porto, vice-governador de Minas Gerais na gestão de Hélio Garcia
(1991-1994). Com a eleição, em novembro seguinte, do candidato do Partido da
Social Democracia Brasileira (PSDB) Eduardo Azeredo para a chefia do Executivo
mineiro, Assunção foi designada para assessorar o vice-governador Valfrido dos
Mares Guia, filiado ao PTB, função que passou a acumular com a de secretária de
seu partido. Exerceu estas atribuições até maio de 1996, quando assumiu uma
cadeira no Senado em substituição a Arlindo Porto, nomeado ministro da Agricultura
pelo presidente da República, Fernando Henrique Cardoso.
A
posse de Regina suscitou na imprensa e em alguns segmentos políticos a crítica
da representatividade dos suplentes de senador, que passou a ser questionada
pelo fato destes chegarem ao parlamento sem a necessidade da disputa eleitoral
e sem um voto sequer. Sobre Regina Assunção, divulgou-se que ela fora incluída
na chapa do PTB por “falta de opções” e que teria sido mantida na suplência por
causa de um “descuido” do partido. Apesar de reconhecer sua inexperiência
política e seu desconhecimento “a respeito do Senado”, Regina negou estas
informações, declarando que a manutenção de seu nome havia sido uma “homenagem”
de Arlindo Porto às mulheres e ao PTB.
No exercício do mandato, Assunção apresentou, em agosto de
1996, um projeto obrigando o governo federal a enviar ao Senado, com 30 dias de
antecedência, o edital de venda da Companhia Vale do Rio Doce e determinando
que 50% dos recursos gerados pela privatização fossem aplicados em obras de infra-estrutura
nos estados onde a empresa atuasse. Sua intenção era impedir que o dinheiro
arrecadado fosse utilizado pelo governo exclusivamente no abatimento da dívida
interna, conforme previsto em uma medida provisória anteriormente encaminhada
pelo Executivo ao Congresso Nacional. Em maio de 1997, após um longo e
conturbado processo, a Vale do Rio Doce foi finalmente privatizada,
constituindo-se na maior transação até então realizada pelo Programa Nacional
de Desestatização do governo federal.
Em abril de 1998, com o retorno de Arlindo Porto, Regina
Assunção deixou o Senado. No pleito de outubro, disputou sem êxito uma cadeira
na Câmara dos Deputados na legenda do PTB mineiro.
Foi presidente do PTB Mulher.
Solteira, não teve filhos.
FONTES: Estado de S.
Paulo (1/5 e 24/10/96); Folha de S. Paulo (7/4/98); Globo
(30/4/96); Jornal do Brasil (30/4 e 30/8/96).