BESSA,
Djalma
*
dep. fed. BA 1971-1987; sen. BA 1998-.
Djalma
Alves Bessa nasceu em Xique-Xique (BA) no dia 8 de
outubro de 1923, filho de Luís Alves Bessa e de Adalgisa de Sousa Bessa.
Em
1948 bacharelou-se pela Faculdade de Direito da Universidade de Recife e
formou-se em geografia e história pela Faculdade de Filosofia, Ciências e
Letras Manuel da Nóbrega, passando a exercer as atividades de professor,
advogado e promotor público.
Ingressou
na política filiando-se ao Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), em cuja
legenda ficou como suplente de deputado estadual na Bahia no pleito de outubro
de 1954, tendo tomado posse na cadeira no ano seguinte. Já na legenda do
Partido Social Democrático (PSD), voltou a se candidatar em 1958, sendo eleito.
Foi reeleito em 1962 na mesma legenda, tendo sido líder da oposição na
Assembléia.
Com
a extinção dos partidos políticos pelo Ato Institucional nº. 2 (27/10/65) e a
posterior instauração do bipartidarismo, filiou-se à Aliança Renovadora
Nacional (Arena), partido que apoiou o regime militar instaurado no país em
abril de 1964. Em novembro de 1966, foi mais uma vez eleito à Assembléia
baiana. Nessa legislatura, além de ter sido vice-presidente da casa, participou
de congressos das assembléias legislativas em São Paulo, Porto Alegre e Recife,
presidiu a Comissão de Constituição e Justiça e a Comissão de Serviço Público e
foi líder do governo e relator da emenda à Constituição do estado para
adaptá-la à Constituição federal de 1967.
Em
novembro de 1970 elegeu-se deputado federal pela Bahia na legenda da Arena,
assumindo o mandato em fevereiro de 1971. Nessa legislatura, foi membro efetivo
da Comissão de Constituição e Justiça, cargo que ocuparia até 1983, sendo que
em 1975 seria vice-presidente da comissão e, no ano seguinte, seu presidente.
Reeleito em novembro de 1974, foi empossado em fevereiro do ano seguinte, tendo
sido vice-líder da Arena. Em 1977, tornou-se primeiro-secretário da Mesa da
Câmara, cargo que ocuparia até 1981. Em 1979, foi vice-presidente da Comissão
de Redação. Foi também o primeiro-secretário da Fundação Mílton Campos para
Pesquisas e Estudos Políticos, instituição criada pela Arena em setembro de
1975.
Reeleito
em novembro de 1978, com a extinção do bipartidarismo em novembro de 1979 e a
conseqüente reformulação partidária, filiou-se ao Partido Democrático Social
(PDS), agremiação sucessora da Arena. Entre 1980 e 1983 foi vice-líder do PDS
na Câmara e membro da Comissão de Redação. Em 1981, foi observador parlamentar
junto à Organização das Nações Unidas (ONU).
Nas
eleições de novembro de 1982 foi reeleito, tendo tomado posse em fevereiro do
ano seguinte. Em 25 de abril de 1984 votou contra a emenda Dante de Oliveira,
que foi apresentada na Câmara dos Deputados e propunha o restabelecimento das
eleições diretas para presidente da República já a partir de novembro daquele
ano. Como a emenda não obteve o número de votos indispensáveis à sua aprovação
- faltaram 22 para que pudesse ser encaminhado à apreciação do Senado - no
Colégio Eleitoral, reunido em 15 de janeiro de 1985, Bessa votou no candidato
oposicionista Tancredo Neves. Tancredo foi eleito presidente da República pela
Aliança Democrática, uma coligação do Partido do Movimento Democrático
Brasileiro (PMDB) com a dissidência do PDS abrigada na Frente Liberal. Contudo,
por motivo de doença, Tancredo Neves não chegou a ser empossado na presidência,
vindo a falecer em 21 de abril de 1985. Seu substituto no cargo foi o vice José
Sarney, que já vinha exercendo interinamente o cargo desde 15 de março deste ano.
Em
novembro de 1986, Djalma Bessa candidatou-se mais uma vez a deputado federal,
mas não foi bem-sucedido, deixando a Câmara em janeiro de 1987, ao final da
legislatura. A derrota nas urnas, entretanto, não o afastou de Brasília. Ele
não quis voltar a morar na Bahia e tornou-se técnico legislativo da Câmara.
Nas
eleições de outubro de 1994, Djalma Bessa foi o primeiro suplente de um dos
candidatos eleitos pelo PFL baiano ao Senado, Valdeck Ornelas. Com a nomeação
de Ornelas, em abril de 1998, para o Ministério da Previdência e Assistência
Social do segundo governo de Fernando Henrique Cardoso, Bessa assumiu o mandato
no Senado. Participou dos trabalhos legislativos como membro titular das
comissões de Assuntos Sociais e de Educação e, ainda, da comissão parlamentar
de inquérito (CPI) sobre o Judiciário.
Djalma
Bessa foi também presidente do diretório regional da Arena baiana, delegado
regional da Arena junto ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) da Bahia e
delegado do diretório nacional da Arena junto ao Tribunal Superior Eleitoral
(TSE).
Casou-se
com Gisélia Nogueira Bastos Bessa, com quem teve três filhos.
FONTES:
CÂM. DEP. Deputados; CÂM. DEP. Deputados brasileiros. Repertório (1971-1975);
Globo (9/11/79); Folha de São Paulo (29/9/98); Jornal do Senado
(6/5/99); NÉRI, S. 16; Perfil (1972, 1980); Política; TRIB. SUP.
ELEIT. Dados (3, 5, 6, 8 e 9).