DUVAL, ADALBERTO GUERRA
DUVAL,
Adalberto Guerra
*diplomata; emb. Bras. Alemanha 1920-1925,
1926-1932 e 1932-1933; emb. Bras. Portugal 1933-1935; emb. Bras. Itália
1935-1938.
Adalberto Guerra Duval nasceu em Porto Alegre no dia 31 de maio de 1872.
Tendo feito os cursos preparatórios em sua cidade natal,
estudou na Faculdade de Direito de São Paulo, pela qual se formou em 1892.
Ingressou na carreira diplomática em outubro de 1895 como
segundo-secretário da delegação brasileira em Assunção, no Paraguai. Posto em
disponibilidade em dezembro de 1897, retornou à atividade diplomática em
dezembro de 1904. No ano seguinte seguiu para São Petersburgo, atual
Leningrado, na União Soviética, onde foi encarregado de negócios de setembro de
1906 a julho de 1907. Ainda como segundo-secretário, serviu novamente em
Assunção a partir de agosto de 1908 e, mais tarde, em Buenos Aires e em Lisboa. Promovido a primeiro-secretário em maio de 1911, ocupou esse posto em
Assunção até novembro do mesmo ano, passando a servir em Londres em abril do
ano seguinte. Nessa última cidade, foi encarregado de negócios de janeiro a
agosto de 1913. Em março desse ano foi promovido a conselheiro.
Embora
nomeado ministro residente na Colômbia em junho de 1914, permaneceu em Londres,
como encarregado de negócios, desse mês até outubro, cuidando da repatriação
dos brasileiros retidos na Europa pela deflagração da Primeira Guerra Mundial
(1914-1918). Em novembro tornou-se enviado extraordinário e ministro
plenipotenciário e no ano seguinte passou a ministro residente. Ministro
plenipotenciário em Haia de 1916 a 1920, seguiu depois para a Alemanha, onde
foi o primeiro representante diplomático do Brasil após a ruptura de relações
decorrente da Primeira Guerra Mundial. Inicialmente encarregado de negócios
interinos, atuou na Alemanha como ministro plenipotenciário de junho de 1920 a julho de 1925, de junho de 1926 a abril de 1932 e de outubro de 1932 a setembro de 1933.
Nomeado embaixador em Lisboa em setembro de 1933, exerceu o
cargo até novembro de 1935. Transferido então para a Itália, ali permaneceu até
1939, quando se aposentou. De volta ao Brasil, fixou residência no Rio de
Janeiro, então Distrito Federal.
À
margem de sua atividade diplomática, colaborou em várias gazetas e revistas,
geralmente com versos. Foi também secretário do semanário Rua do Ouvidor,
do Rio de Janeiro.
Faleceu em Petrópolis (RJ) no dia 15 de janeiro de 1947.
Publicou Palavras que o vento leva... (1900) e deixou
inéditos um volume de versos e dois de prosa, intitulados estes Conceito
moral do esporte e Cifra.
FONTES: Grande
encic. Delta; GUIMARÃES, A. Dic.; Jornal do Comércio, Rio (16/1/47);
MELO, L. Subsídios; MENESES, R. Dic.; MIN. REL. EXT. Almanaque
(1935); MIN. REL. EXT. Anuário.