FLORES, Edvaldo
*dep. fed. BA 1959-1965,
1967-1975 e 1982-1983.
Edvaldo de
Oliveira Flores nasceu em Vitória da Conquista (BA) no dia
16 de março de 1919, filho de Elpídio dos Santos Flores e de Eulina Nunes
Oliveira Flores.
Estudou no
Ginásio Ipiranga, em Salvador, antes de ingressar na Escola Superior de
Agricultura e Veterinária de Campos (RJ), pela qual se formou em 1940.
Eleito
prefeito de sua cidade natal pela União Democrática Nacional (UDN) em outubro
de 1954, exerceu o mandato entre 1955 e 1959, no pleito de outubro de 1958
elegeu-se deputado federal pela Bahia na legenda udenista. Exerceu o mandato de
fevereiro de 1959 a janeiro de 1963, participando durante a legislatura
principalmente dos órgãos técnicos da Câmara. Nessa época declarava-se
partidário do monopólio estatal nos setores básicos da economia e defendia a
desapropriação dos latifúndios improdutivos para implantar uma reforma agrária
cooperativista. A favor do fortalecimento dos partidos e da eliminação da
influência do poder econômico no processo eleitoral, era partidário das
reformas eleitoral, administrativa, bancária, tributária e pela planificação da
economia. Definia-se assim como social-democrata e centrista.
Em outubro
de 1962, alcançou apenas a segunda suplência pela UDN baiana, vindo a ocupar
uma cadeira na Câmara dos Deputados por curtos períodos entre 1963 e 1965.
Ainda em 1962, visitou os EUA a convite do governo norte-americano. Em abril de
1965, foi nomeado assessor do Instituto Nacional do Desenvolvimento Agrário
(INDA) e conselheiro do Instituto Brasileiro de Reforma Agrária (IBRA). Em
conseqüência da extinção dos partidos políticos pelo Ato Institucional nº 2 de
27 de outubro de 1965 e da posterior instauração do bipartidarismo, filiou-se à
Aliança Renovadora Nacional (Arena), agremiação de apoio ao regime militar
instalado no país em abril de 1964, em cuja legenda elegeu-se novamente
deputado federal nas eleições de novembro de 1966. Assumiu o mandato em
fevereiro de 1967, desligando-se em maio dos cargos no INDA e no IBRA. Durante
essa legislatura, chegou a presidente da Comissão de Agricultura da Câmara.
Reeleito
em novembro de 1970, a partir de 1971, ocupou a vice-presidência da Comissão de
Agricultura, além de integrar a Comissão de Economia da Câmara. Candidato a
nova reeleição em novembro de 1974, obteve apenas a segunda suplência, deixando
a Câmara em janeiro de 1975. Candidatou-se ainda mais uma vez em novembro de
1978, voltando a obter uma suplência de deputado federal na legenda da Arena
baiana. Com a extinção do bipartidarismo em 29 de novembro de 1979 e a
subseqüente reformulação partidária, filiou-se ao Partido Democrático Social
(PDS), agremiação governista cuja comissão executiva regional passou a
integrar.
Ligado ao
senador Luís Viana Filho, foi escolhido, em outubro de 1982, por indicação do
senador Jutaí Magalhães, candidato a vice-governador do estado na chapa
encabeçada por João Durval Carneiro. Essa chapa substituiu as candidaturas de
Clériston Andrade, candidato a governador, e do deputado federal Rogério Rego,
candidato a vice-governador, falecidos em acidente aéreo naquele mês. Edvaldo
Flores assumiu uma cadeira na Câmara dos Deputados, para completar a legislatura
até janeiro de 1983. Em novembro de 1982, foi eleito vice-governador da Bahia,
em chapa encabeçada por João Durval Carneiro. Deixou a Câmara dos Deputados em
janeiro do ano seguinte, ao final da legislatura, assumindo o mandato de
vice-governador em março.
Em 15 de
março de 1987, substituiu João Durval no governo da Bahia, porque o titular não
quis passar o cargo, naquele dia, ao governador eleito, Valdir Pires. Em
seguida, abandonou a carreira política e tornou-se pecuarista em Itapetinga
(BA).
Membro da
Associação Baiana de Agronomia, publicou Indústria e Agricultura (1960),
Política de exportação (1970), Conservação do solo, A mecanização
da lavoura.
Casou-se
com Gersonita Sales Flores, com quem teve cinco filhos.
FONTES: CÂM. DEP. Deputados;
CÂM. DEP. Deputados brasileiros. Repertório (1967-1971 e 1971-1975);
CÂM. DEP. Relação dos dep.; CAMPOS, Q. Fichário; COUTINHO, A. Brasil;
INF. BIOG.; Jornal do Brasil (9/10/82); NÉRI, S. 16; Perfil (1972);
TRIB. SUP. ELEIT. Dados (4, 6, 8 e 9); Who's who in Brazil.