NOBRE, FERNANDO DE ALMEIDA
NOBRE, Fernando de Almeida
*dep. fed. SP
1948-1950.
Fernando de Almeida Nobre Filho nasceu na cidade de São Paulo no dia 23 de janeiro de 1909,
filho de Fernando de Almeida Nobre e de Maria Matilde Laborde de Almeida Nobre.
Cursou humanidades no Colégio São Luís, em sua cidade natal,
de 1918 a 1925. Ingressou em seguida na Faculdade de Direito de São Paulo, pela
qual se formou em 1930, fazendo em seguida um curso de especialização na
Inglaterra. Foi também aluno da primeira turma do Centro de Preparação de
Oficiais da Reserva (CPOR) do Exército, tornando-se tenente da reserva na arma
de cavalaria.
Colaborou em vários jornais com artigos sobre sociologia e
política e dedicou-se ao trabalho no cartório do qual se tornou tabelião em
março de 1942. Em 1945 exerceu a função de delegado do Ministério do Trabalho em São Paulo. Como representante pessoal do ministro Alexandre Marcondes Filho, colaborou na
fundação do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) em seu estado.
Candidatando-se
a deputado por São Paulo à Assembléia Nacional Constituinte em dezembro de 1945
pelo PTB, obteve uma suplência e veio a exercer o mandato de outubro de 1948 a outubro de 1950. Na Câmara, integrou a Comissão de Constituição e Justiça e a Comissão de
Educação e Cultura e foi autor do projeto que criou o “Dia do Professor”. Nas
eleições de outubro de 1950 obteve novamente uma suplência, e não mais retornou
à Câmara dos Deputados. Em outubro de 1953, candidatou-se à vice-prefeitura de
São Paulo, na chapa encabeçada pelo candidato do PTB, Francisco Antônio
Cardoso, mas o eleito foi Jânio Quadros, candidato do Partido Democrata Cristão
(PDC) e Partido Socialista Brasileiro (PSB).
Fernando Nobre participou do movimento político-militar de 31
de março de 1964, que depôs o presidente João Goulart (1961-1964), passando a
apoiar todos os governos militares subseqüentes. Reapareceu no noticiário em
1977, respondendo em O Estado de S. Paulo à Carta aos brasileiros,
de Gofredo da Silva Teles Júnior, lançada nos primeiros momentos de
abertura do regime e amplamente divulgada pela imprensa do país. Retrucando à
argumentação de Gofredo em favor do fim do regime de exceção e da convocação de
uma assembléia nacional constituinte, afirmou que ele estava sendo “ingenuamente
enganado por “ortodoxos ultrapassados e sovietistas”, ressaltando as
conseqüências benéficas do movimento político-militar de 1964 e defendendo a
continuidade do regime por ele implantado, que considerava necessário diante do
“momento excepcional” que o país atravessava.
Em
1982 cursou o ciclo de conferências sobre segurança nacional, na Associação dos
Diplomados da Escola Superior de Guerra (ADESG) e em agosto de 1987 tornou-se
integrante do Conselho Consultivo do Banco Itaú S.A. Continuou atuando profissionalmente
como tabelião em São Paulo, atividade que se dedicou até 1988, quando se
aposentou.
Faleceu no dia 7 de novembro de 2001.
Casado com Taísa Seixas de Almeida Nobre, teve dois filhos.
Publicou Evolução da democracia (1941) e Guerra
revolucionária (1963).
FONTES: CÂM. DEP. Deputados;
Estado de S. Paulo (13/8/77); Grande encic. portuguesa; INF.
BIOG.; SOC. BRAS. EXPANSÃO COMERCIAL. Quem; Portal do Banco Itaú S.A. – Reunião
do Conselho de Administração.