FIGUEIREDO,
Benedito de
*dep. fed. SE 1991-1995.
Benedito de Figueiredo nasceu em Aracaju (SE) no dia 31 de janeiro de 1944, filho de Jacinto de Figueiredo
Martins e Cecília Curvelo de Figueiredo.
Ingressou no curso de direito na Universidade Federal de
Sergipe em 1966. No mesmo ano, foi membro fundador, em Sergipe, do Movimento Democrático
Brasileiro (MDB), de oposição ao regime militar instalado no país em abril de
1964. Graduou-se em direito em 1970 e desde então se dedicou ao exercício da
advocacia. Com o fim do bipartidarismo, em novembro de 1979, foi um dos
fundadores do PMDB — sucessor do MDB — em seu estado, chegando à presidência do
diretório regional do partido em 1986.
Em meados desse ano, filiou-se ao Partido Socialista Brasileiro (PSB) para
candidatar-se a vice-governador na chapa encabeçada por Antônio Carlos
Valadares, do Partido da Frente Liberal (PFL), que acabou vencendo a eleição
realizada em novembro. Empossado em março de 1987, Benedito de Figueiredo
presidiu os conselhos deliberativos de vários órgãos do governo estadual. Em
abril de 1990, desincompatibilizou-se do cargo de vice-governador para
poder concorrer a uma vaga na Câmara dos Deputados em outubro. Em meados de
1990, ingressou no PFL.
Eleito deputado federal, assumiu seu mandato em fevereiro de
1991. Integrou a Comissão de Constituição e Justiça e de Redação em 1991, da
qual seria relator em 1993, e foi suplente da Comissão de Ciência e Tecnologia,
Comunicação e Informática. Nas votações mais importantes dessa legislatura, adotou posição favorável à criação do Imposto Provisório
sobre Movimentação Financeira (IPMF) e contrária à criação do Fundo Social de
Emergência (FSE), ao fim do voto obrigatório e à mudança no conceito de empresa
nacional.
Em
julho de 1992,
desligou-se oficialmente do PFL depois que uma comissão parlamentar de
inquérito (CPI) apurou as denúncias contra o então presidente da República
Fernando Collor de Melo. Em discurso na Câmara, Benedito afirmou que não
poderia compactuar com o apoio de seu partido ao presidente — o PFL
representava, naquele momento, a maior bancada da base do Executivo federal. De
acordo com o deputado, sua saída do partido o deixaria mais à vontade para
votar a favor do pedido de impeachment
de Collor.
Na sessão da Câmara dos Deputados de 29 de setembro de 1992, votou a favor da abertura do processo de impeachment do presidente, acusado de crime de responsabilidade por
ligações com um esquema de corrupção liderado pelo ex-tesoureiro de sua
campanha presidencial, Paulo César Farias. Afastado da presidência após a
votação na Câmara, Collor renunciou ao mandato em 29 de dezembro de 1992, pouco
antes da conclusão do processo pelo Senado, sendo efetivado na presidência da
República o vice Itamar Franco, que já vinha exercendo o cargo interinamente
desde 2 de outubro. Ainda em 1992, Benedito ingressou no Partido Democrático
Trabalhista (PDT), no qual exerceu a vice-liderança e se candidatou para a
próxima legislatura.
Em
outubro de 1994, contudo, obteve apenas uma suplência. Deixou a Câmara dos
Deputados em janeiro de 1995, no
fim da legislatura. Em junho
do mesmo ano,
voltou ao PMDB e, três anos depois, em outubro de 1998, elegeu-se
vice-governador de Sergipe na chapa encabeçada pelo governador Albano Franco,
do Partido da Social-Democracia
Brasileira (PSDB).
Com a vitória de Marcelo Déda
(PT) para o governo do estado
em 2006, foi
nomeado secretário
de Estado da
Justiça e da Cidadania.
Foi também presidente
do Conselho Estadual de Controle do Meio Ambiente (CECMA) e
presidente do Conselho Estadual de Entorpecentes de Sergipe (CONEN/SE).
Casou-se com Maria Creuza Brito de Figueiredo, com quem teve
três filhos.
FONTES:
CÂM. DEP. Deputados brasileiros.
Repertório (1991-1995); CURRIC.
BIOG.; Folha de S. Paulo
(18/9/94); Jornal do Brasil (23/7/92), Folha
On Line
(04/12/2002, 20/08/2007);
Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos, Secretaria de Estado da Justiça e da Cidadania
(15/04/2009),
site da Presidência da República.