FIGUEIREDO,
Carlos Maximiano de
*diplomata; emb. Bras. Bolívia 1939-1941.
Carlos Maximiano de Figueiredo nasceu no Rio de Janeiro, então Distrito Federal, no dia 21
de fevereiro de 1894.
Bacharelou-se
em direito pela Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais de sua cidade natal.
Iniciou suas atividades profissionais em 1912 exercendo a função de auxiliar de
escrita do Departamento Nacional de Saúde Pública, passando no ano seguinte ao
cargo de praticante de segunda classe da Diretoria Geral dos Correios.
Ingressou
na carreira diplomática em 1915, servindo na secretaria do Ministério das
Relações Exteriores até o ano seguinte, quando foi designado auxiliar de
gabinete do ministro das Relações Exteriores, Lauro Müller. Promovido a
secretário de segunda classe em 1918, foi nomeado em dezembro desse ano
encarregado de negócios da embaixada brasileira em Caracas, na Venezuela, ali
permanecendo até novembro de 1919, quando foi removido, nas mesmas funções,
para Berlim. Transferido para o Vaticano em 1923, ali desempenhou as mesmas
funções até 1926, sendo nesse ano mandado, ainda como encarregado de negócios,
para Estocolmo, na Suécia. Nesse país permaneceu de julho a dezembro de 1926,
indo em seguida para Santiago do Chile, onde permaneceu até 1928. Foi então
transferido, ainda como encarregado de negócios, para Havana, em Cuba, ocupando
esse posto até agosto de 1929. Nesse mesmo ano foi nomeado conselheiro especial
de embaixada com a função de representar o Brasil na posse de Gerardo Machado,
presidente de Cuba. Foi removido a seguir para Londres, onde atuou como
encarregado de negócios da embaixada brasileira na Inglaterra de setembro de 1929 a setembro do ano seguinte.
Retornando
ao Brasil em agosto de 1931, exerceu em caráter interino a função de chefe do
Serviço de Publicações do Itamarati, sendo nomeado no ano seguinte delegado ao
II Congresso de Contabilidade, realizado em abril. Em outubro de 1932 tornou-se oficial-de-gabinete do ministro Afrânio de Melo Franco.
Chegando a secretário de primeira classe em 1933, representou
o Brasil no X Congresso Postal Universal, realizado em janeiro de 1934 na
cidade do Cairo, no Egito, exercendo aí de fevereiro a julho as funções de
encarregado de negócios do Brasil. Em setembro de 1934 foi transferido para o
Vaticano, onde novamente exerceu as funções de encarregado de negócios.
Deixando a Santa Sé, passou a servir a partir de 1936 em Montevidéu, aí
permanecendo até 1938. Promovido nesse ano a ministro de segunda classe,
integrou em agosto do ano seguinte a Comissão de Eficiência do Itamarati, sendo
nomeado em dezembro embaixador extraordinário e ministro plenipotenciário do
Brasil na Bolívia. Exerceu essa função até janeiro de 1941, quando retornou ao
Brasil. Em maio seguinte, assumiu a chefia da Divisão de Cerimonial do
Itamarati, na qual se manteve até julho de 1942. Nesse mês foi comissionado
como embaixador extraordinário à posse do presidente da República Dominicana,
Rafael Leonidas Trujillo y Molina. Em 1942, ainda, foi nomeado embaixador
extraordinário e ministro plenipotenciário em Havana, aí permanecendo até 1943,
quando foi removido para a embaixada brasileira em Washington. Em setembro desse ano, participou da comissão interina criada pela Conferência de
Alimentação e Saúde, com sede nessa cidade. Em julho de 1944 foi o
representante do Brasil no III Congresso Internacional Florestal, reunido em
Helsinque, na Finlândia, permanecendo nesse país até 1949.
Promovido em setembro de 1950 a ministro de primeira classe, foi comissionado como embaixador do Brasil em Bogotá, na
Colômbia, ocupando esse cargo de dezembro desse ano até maio de 1954, quando
foi transferido para o Cairo. Aí desempenhou as funções de embaixador até
fevereiro de 1959, data em que se aposentou.
Faleceu na cidade do Rio de Janeiro no dia 6 de agosto de
1973.
FONTES: ARQ.
GETÚLIO VARGAS; GUIMARÃES, A. Dic.; Jornal do Brasil (7/8/73); LOVE, J. Regionalismo;
MIN. REL. EXT. Anuário (1961).