FIGUEIREDO, Valbert Lisieux Medeiros de
FIGUEIREDO, Valbert Lisieux Medeiros de
* militar; min. ch. EMFA
1988-1990.
Valbert Lisieux Medeiros de Figueiredo nasceu em Tubarão (SC), no dia 7 de outubro de 1928,
filho de Amauri Poggi de Figueiredo e de Giomar Medeiros de Figueiredo.
Transferindo-se
para o Rio de Janeiro, então Distrito Federal, ingressou no Colégio Pedro II em
1940, concluindo o curso equivalente ao segundo grau em 1944. Em maio de 1946
entrou na Escola Naval, saindo guarda-marinha em dezembro de 1951. Entre abril
de 1952 e maio de 1953, embarcado no navio-escola Almirante Saldanha,
participou da quarta viagem de circunavegação promovida pela Marinha
brasileira. Nesse período, em abril de 1953, foi promovido a segundo-tenente.
Passou a primeiro-tenente em outubro de 1954 e a capitão-tenente em abril de
1957. Entre abril e dezembro de 1961 foi superintendente de navegação dos
Serviços de Navegação da Amazônia e Administração do Porto do Pará.
Em maio de 1962 ascendeu a
capitão-de-corveta e em agosto de 1966 a capitão-de-fragata. Nessa patente,
serviu no gabinete do ministro da Marinha, almirante-de-esquadra Augusto
Rademaker entre março de 1967 e março de 1968 e de agosto de 1968 a fevereiro
de 1969. Nesse intervalo, fez o curso superior de guerra da Escola de Guerra
Naval. De fevereiro a outubro de 1969, esteve lotado no Gabinete Militar da
Presidência da República, exercida pelo general Artur da Costa e Silva e, após
o seu impedimento por motivo de saúde, pela Junta Militar. Voltou a servir com
o almirante Rademaker, guindado à vice-presidência da República em outubro de
1969, entre novembro daquele ano e julho de 1970.
Passou a capitão-de-mar-e-guerra em abril
de 1971. Dois meses depois, tornou-se chefe de gabinete do vice-presidente
Rademaker, ocupando essas funções até março de 1974, quando o general Ernesto
Geisel assumiu a presidência do país. Fez o curso de estado-maior da Armada
entre março e julho de 1974. Em agosto, tornou-se adido naval do Brasil em
Portugal, aí permanecendo até setembro de 1976. De volta ao Brasil, comandou a
base Almirante Castro e Silva, no Rio de Janeiro, de novembro de 1976 a
dezembro de 1977. No mês anterior, foi promovido a contra-almirante. Após fazer
o curso superior de guerra da Escola Superior de Guerra, realizado de fevereiro
a dezembro de 1978, assumiu, em fevereiro do ano seguinte, o cargo de subchefe
de Marinha no Estado-Maior das Forças Armadas (EMFA). Em maio de 1980, deixou
este cargo e assumiu o comando da Força de Submarinos, no qual permaneceu até
dezembro de 1981. Nesse mesmo mês tornou-se diretor de Hidrografia e Navegação
da Marinha. À frente dessa diretoria representou o Brasil junto à Comissão
Oceanográfica Intergovernamental (COI) e à Comissão Hidrográfica Internacional,
e a Marinha na Comissão Nacional junto ao Comitê Científico sobre Pesquisa
Oceânica. Ademais, chefiou, entre outras, a delegação brasileira na XV sessão
do Conselho Executivo da COI, realizada em Paris, em março de 1982.
Promovido a vice-almirante em março de
1983, em novembro seguinte deixou a Diretoria de Hidrografia e Navegação,
assumindo no mesmo mês o cargo de secretário da Comissão Interministerial para
os Recursos do Mar e da Comissão Marítima Nacional. Comandante do I Distrito
Naval, sediado no Rio de Janeiro, entre abril de 1985 e setembro de 1986, no
mês seguinte passou a almirante de esquadra. Foi diretor-geral do Pessoal da
Marinha de setembro de 1986 a maio de 1988, assumindo, ainda em maio, o comando
de Operações Navais e a diretoria-geral de Navegação da Marinha.
Em junho de 1988 assumiu a chefia do
Estado-Maior das Forças Armadas (EMFA), sucedendo ao tenente-brigadeiro do ar
Paulo Roberto Coutinho Camarinha. Permaneceu no cargo até janeiro de 1990,
quando foi substituído pelo general de Exército Jonas de Morais Correia Neto.
Em seguida, passou para a reserva remunerada. Afastado da vida militar,
dedicou-se até 1997 à prestação regular de consultoria, sobretudo sobre
assuntos militares. A partir de então, tornou-se um consultor eventual sobre
essa mesma temática.
Casou-se
com Maria José Araújo de Figueiredo, com quem teve um casal de filhos.
FONTES: CURRIC. BIOG.;
INF. BIOG.