FIORAVANTE,
Arnold
*const.
1987-1988; dep. fed. SP 1987-1991.
Arnold Fioravante nasceu
em Piracicaba (SP) no dia 1º de fevereiro de 1931, filho de Afonso José
Fioravante e de Ana Aleoni Fioravante.
Em
1951 ingressou na Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, tornando-se
diretor de escolas estaduais no interior paulista e na capital, função que
exerceria até se aposentar em 1981. Em 1968 foi fundador das Faculdades Metropolitanas
Unidas (FMU), tornando-se seu diretor-superintendente. Nesta mesma instituição,
iniciou o curso de direito, concluindo-o quatro anos depois. Em 1978 foi
fundador da Rede Capital de Telecomunicações (Rádio e TV), assumindo a direção
geral da empresa.
Em novembro de 1986 candidatou-se a uma cadeira de deputado
federal constituinte, na legenda do Partido Democrático Social (PDS).
Beneficiando-se da dobradinha com o radialista Afanásio Jazadji, seu
funcionário na Rádio Capital e candidato a deputado estadual mais votado do
país, Fioravante foi eleito.
Assumiu o mandato em fevereiro do ano seguinte, participando
dos trabalhos da Assembléia Nacional Constituinte, iniciados em fevereiro de
1987, como membro titular da Subcomissão da Ciência e Tecnologia e da
Comunicação, da Comissão da Família, da Educação, Cultura e Esportes, da
Ciência e Tecnologia e da Comunicação, além de suplente da Subcomissão dos
Direitos e Garantias Individuais, da Comissão da Soberania e dos Direitos e
Garantias do Homem e da Mulher.
Integrante
do Centrão, bloco parlamentar suprapartidário de orientação conservadora, nas
votações mais importantes na Constituinte manifestou-se a favor da pena de
morte, da pluralidade sindical, da anistia aos micro e pequenos empresários e
do mandato de cinco anos para o presidente José Sarney. Votou contra a
limitação do direito de propriedade privada, o mandado de segurança coletivo, a
estabilidade no emprego, a jornada semanal de 40 horas, a remuneração 50%
superior para o trabalho extra, o turno ininterrupto de seis horas, o aviso
prévio proporcional, a soberania popular, o voto aos 16 anos, o
presidencialismo, a estatização do sistema financeiro, a limitação dos juros em
12% ao ano, a limitação dos encargos para a dívida externa e a criação de um
fundo de apoio à reforma agrária. Após a promulgação da nova carta
constitucional, em 5 de outubro de 1988, voltou a participar dos trabalhos
legislativos ordinários na Câmara dos Deputados.
No pleito de outubro de 1990 candidatou-se à reeleição, no
PDS, mas não logrou êxito, deixando a Câmara em janeiro do ano seguinte, ao
final da legislatura. Logo depois, saiu do PDS e filiou-se ao Partido
Trabalhista Brasileiro (PTB).
Afastando-se da vida política, retomou suas atividades de
advogado e de diretor-superintendente da FMU. Em 1998 foi fundador do Centro
Interativo de Administração, Negócios, Educação e Telemática, dedicado ao
ensino a distância.
Foi também diretor-geral das Faculdades Integradas Alcântara
Machado, diretor do Centro de Especialização da FMU e presidente da comissão
que elaborou o regimento interno dos estabelecimentos de ensino profissional de
São Paulo. Tornou-se também proprietário do palacete “Solar Luiz de Queiroz” e mantenedor
da Faculdade Tancredo Neves, aberta em 2000.
Foi casado em primeiras núpcias com Luzia Mirna Chaves, com
quem teve uma filha. Casou-se posteriormente com Lígia Maria Ventureli
Fioravante.
FONTES: ASSEMB. NAC. CONST.
(1987-1988); CÂM. DEP. Deputados brasileiros. Repertório (1991-1995);
COELHO, J. & OLIVEIRA, A. Nova; Folha de S. Paulo
(19/1/87); INF. BIOG.; Jornal da Ciência (14/8/06); Jornal do Brasil
(3/12/86, 27/4/87).