LESSA, SÁ
LESSA,
Sá
*pres. CVRD 1952-1961; pref. DF 1955-1956.
Francisco de Sá Lessa nasceu em
Diamantina (MG) no dia 20 de maio de 1887, filho de Gustavo Soares de
Vasconcelos Lessa e de Jacinta de Sá Lessa.
Após concluir os primeiros estudos em Minas Gerais,
transferiu-se para o Rio de Janeiro, então Distrito Federal, a fim de cursar a
Escola Politécnica, pela qual se diplomou em engenharia civil em 1914.
Permaneceu ligado à escola depois de formado, exercendo aí as funções de
preparador e assistente.
Inspetor-geral de Iluminação do Rio de Janeiro entre 1922 e
1930, foi seu diretor-geral de 1940 a 1943. Nesse período substituiu o sistema
de iluminação a gás e com lâmpadas de arco por sistema mais moderno.
Catedrático de química industrial da Escola Politécnica do
Rio de Janeiro, além de seu diretor por dois períodos consecutivos a partir de
1951, tornou-se no ano seguinte presidente da Companhia Vale do Rio Doce, em
substituição a Juraci Magalhães. Permaneceria à frente da empresa estatal de
mineração até janeiro de 1961, quando foi substituído por Eliézer Batista da
Silva. No exercício do cargo, dirigiu a comissão de vendas e minérios,
dedicando-se ao estudo das questões técnicas relativas ao aumento da capacidade
de produção, transporte e exportação do minério de ferro de Itabira (MG), bem
como da questão comercial referente à colocação desse minério nos mercados
consumidores internacionais em condições mais favoráveis.
Enquanto presidente da CVRD, foi nomeado, em 1955, pelo
presidente da República Nereu Ramos, para substituir o prefeito interino do
Distrito Federal, Eitel de Oliveira Lima, que ocupava o cargo desde a saída de
Alim Pedro. Exerceu a função até março de 1956, já no início do governo de
Juscelino Kubitschek, quando foi substituído pelo embaixador Francisco Negrão
de Lima. Durante sua breve gestão assinou importantes projetos, dos quais se
concretizaram mais tarde o do alargamento da avenida Atlântica e o da
construção da avenida Perimetral e dos túneis Freire Alvim e Major Rubens Vaz,
em Copacabana. Ordenou ainda o início dos estudos para a criação da Companhia
do Metropolitano.
Diretor da Itambé — Administração de Bens Próprios em 1972,
Sá Lessa foi membro do conselho curador da Universidade do Brasil, atual
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), do Conselho Nacional de
Pesquisas (CNPq), da Liga de Defesa Nacional, da Associação Brasileira de
Educação e da Fundação Politécnica. Pronunciou conferências sobre tecnologia e,
como representante do Brasil, participou do International Illuminations
Congress, realizado nos EUA.
Faleceu no Rio de Janeiro no dia 26 de junho de 1977.
Era casado com Déia de Sá Lessa, com quem teve três filhos.
Publicou O ensino moderno da química, Aspectos da cultura
americana (em colaboração), O que deve ser o ensino da engenharia no Brasil, A
destilação da madeira, Indústrias de nitratos do ácido nítrico e O ensino
moderno de química e a indústria química brasileira.
FONTES: CONSULT.
MAGALHÃES, B.; CORRESP. GOV. EST. GB; CORTÉS, C. Homens; COUTINHO, A. Brasil;
Grande encic. Delta; Jornal do Brasil (27 e 28/7/77): REIS, J. Rio; SOC. BRAS.
EXPANSÃO COMERCIAL. Quem; Who’s who in Brazil (5).