BRANDÃO,
Frederico
*
dep. fed. SP 1975-1979.
Frederico José Ribeiro Brandão nasceu
em Caxias (MA) no dia 2 de maio de 1936, filho de Antônio Brandão e de Nadir
Celeste Ribeiro Brandão.
Realizou seus estudos primários em sua cidade natal e
secundários no Colégio São Luís, na capital maranhense, concluindo-os em 1956.
Ingressando na Faculdade de Direito do Maranhão, começou a militar no movimento
estudantil, sendo eleito secretário-geral da União Nacional dos Estudantes
(UNE) em 1961. Em julho do mesmo ano tranferiu-se para o Rio de Janeiro,
passando a estudar na Faculdade de Direito da Universidade do Brasil, atual
Universidade Federal do Rio de Janeiro. Deixando o cargo na UNE em julho de
1962, bacharelou-se em direito dois anos depois.
Transferindo-se para São Paulo em 1965, ingressou em
julho no Banco do Estado de São Paulo (Banespa). Militando no movimento
sindical bancário, em 1967 foi eleito presidente do Sindicato dos Bancários de
São Paulo e em 1969 passou a integrar a diretoria da Federação dos Bancários
do Estado de São Paulo, que englobava também o Estado de Mato Grosso.
Ingressou na política filiando-se ao Movimento
Democrático Brasileiro (MDB), partido de oposição ao regime militar instaurado
no país em abril de 1964, em cuja legenda candidatou-se a uma cadeira na Câmara
dos Deputados por São Paulo, no pleito de novembro de 1970, não logrando êxito.
No ano seguinte foi destituído pelo regime militar de suas funções na Federação
dos Bancários.
Transferindo-se para Guarulhos (SP) em 1972, em novembro
de 1974 elegeu-se deputado federal por São Paulo, na legenda do MDB. Iniciou o
mandato em fevereiro do ano seguinte, tornando-se membro da Comissão de
Trabalho e Legislação e suplente da Comissão de Minas e Energia da Câmara. Foi
um dos candidatos do MDB à prefeitura de Guarulhos (SP) nas eleições de 1976,
mas não se elegeu.
Segundo o Jornal do Brasil de 17 de setembro de
1977, que o considerava um "autêntico", embora com atuação
independente, Frederico Brandão preocupava-se com a definição do MDB e de todos
os segmentos da sociedade diante da idéia da Constituinte, ao mesmo tempo em
que reafirmava sua confiança nos militares. No dia 9 de novembro seguinte, o
mesmo jornal citou-o como um dos deputados emedebistas contrários às
conversações mantidas entre elementos radicais do partido e o marechal Osvaldo
Cordeiro de Farias sobre o futuro institucional do país.
Voltou a candidatar-se à Câmara em novembro de 1978,
conseguindo apenas uma suplência. Deixou a Câmara em janeiro de 1979, ao final
da legislatura, retornando ao Maranhão. Com a extinção do bipartidarismo em
novembro deste ano e a conseqüente reformulação partidária, filiou-se ao
Partido Democrático Social (PDS). Em novembro de 1980 tornou-se presidente da
Companhia de Terras do Estado do Maranhão, permanecendo no cargo até o ano
seguinte. Ainda em 1981 retornou a Guarulhos, onde disputou a prefeitura no
pleito de novembro do ano seguinte, na legenda do PDS, sem êxito. Com a
derrota, voltou em definitivo ao Maranhão. Reintegrou-se ao Banespa, passando a
trabalhar na agência do banco em São Luís.
Em novembro de 1986 disputou uma vaga de deputado
federal constituinte, pelo Maranhão, na legenda do Partido do Movimento
Democrático Brasileiro (PMDB), obtendo apenas uma suplência.
Em 1992 aposentou-se como gerente do Banespa em São
Luís, passando a advogar na capital e no município de Caxias. No ano seguinte
ingressou no Partido Progressista Reformador (PPR), agremiação resultante da
fusão do PDS com o Partido Democrata Cristão (PDC) em abril de 1993. Nesta
legenda, candidatou-se a uma cadeira no Senado pelo Maranhão em outubro de
1994, não logrando êxito. Em 1995 filiou-se ao Partido Progressista Brasileiro
(PPB), legenda criada com a fusão do PPR com o Partido Progressista (PP). Nesta
agremiação, candidatou-se a uma cadeira na Assembléia Legislativa do Maranhão
nas eleições de outubro de 1998, não sendo bem-sucedido. No início de 1999,
deixou o PPB, não se filiando mais a nenhum partido político.
Casou-se com Gilda Maria Carvalho Brandão, com quem
teve três filhos.
FONTES:
CÂM. DEP. Deputados; CÂM. DEP. Deputados brasileiros. Repertório (1975-1979);
Estado de São Paulo (6/5/70); INF. BIOG.; Jornal do Brasil
(8/2/76, 17/9, 8, 9, 10, 11 e 12/11/77, 18/7/78); NÉRI, S. 16; TRIB.
SUP. ELEIT. Dados (1998); TRIB. SUP. ELEIT. Dados estatísticos (1970).