NEIVA, GETÚLIO
NEIVA, Getúlio
*dep. fed. MG
1991-1995.
Getúlio Afonso Porto Neiva
nasceu em Medina (MG), no dia 3 de novembro de 1942, filho de Agnaldo Penha
Neiva e de Doralice Porto Neiva.
Fez política estudantil enquanto cursava direito e
jornalismo, na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Fundador e diretor
do jornal Tribuna do Mucuri, de Teófilo Otoni (MG), em 1969, formou-se
jornalista e advogado em 1970.
Professor
da Escola Normal e do Colégio Estadual de Ataléia (MG), e assessor jurídico da
prefeitura, de 1971 a 1972, exerceu a vice-presidência da Associação Comercial
e Industrial de Teófilo Otoni em 1973, assumindo a presidência da entidade em
1982. Secretário municipal em Teófilo Otoni, de 1973 a 1982, elegeu-se prefeito em novembro de 1983 na legenda do Partido do Movimento Democrático
Brasileiro (PMDB). Tomou posse em março de 1984.
Presidente da Associação dos Municípios da Microrregião do
Vale do Mucuri (AMUC) de 1984 a 1985, e diretor da Federação Mineira das
Associações Microrregionais de Municípios em 1987, deixou a prefeitura de
Teófilo Otoni em janeiro de 1988.
Secretário
da Associação Mineira de Municípios (1988-1989) foi nomeado pela segunda vez
secretário municipal de Teófilo Otoni (1989). Em outubro de 1990 conquistou um
mandato de deputado federal na legenda do Partido da Reconstrução Nacional
(PRN), agremiação pela qual Fernando Collor de Melo se elegera presidente da
República em dezembro do ano anterior. Titular da Comissão de Minas e Energia
(1991), integrou a Frente Parlamentar da Agricultura e a Frente Parlamentar
Cooperativista.
Na
sessão da Câmara dos Deputados de 29 de setembro de 1992, votou a favor da
abertura do processo de impeachment do presidente Fernando Collor de
Melo, acusado de crime de responsabilidade por ligações com um esquema de
corrupção liderado pelo ex-tesoureiro de sua campanha presidencial Paulo César
Farias. Afastado da presidência logo após a votação na Câmara, Collor renunciou
ao mandato em 29 de dezembro de 1992, pouco antes da conclusão do processo pelo
Senado Federal, sendo efetivado na presidência da República o vice Itamar
Franco, que já vinha exercendo o cargo interinamente desde o dia 2 de outubro.
Getúlio
Neiva também votou a favor da criação do Imposto Provisório sobre Movimentação
Financeira (IPMF), mas não compareceu à sessão parlamentar na qual se instituiu
o Fundo Social de Emergência (FSE), e absteve-se de votar a proposta que previa
o fim do voto obrigatório, afinal rejeitada pela Câmara.
Candidato à reeleição na legenda do Partido Liberal (PL) em
outubro de 1994, não obteve os votos necessários para garantir-lhe o segundo
mandato. Deixou a Câmara dos Deputados ao término da legislatura, em janeiro de
1995. Durante o governo de Eduardo Azeredo (1995-1999) foi secretário-adjunto
de Minas e Energia do estado de Minas Gerais até 1996, de 1997 a 1998 ocupou também como adjunto o cargo de secretário de Cultura de Minas Gerais. Em outubro
de 1998, já pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), candidatou-se
a deputado federal e também foi malsucedido. Na gestão do governador Itamar
Franco (1999-2003) foi secretário adjunto dos Esportes de 1999 a 2000. Em outubro desse ano, foi eleito, pela segunda vez, prefeito de Teófilo Otoni. Empossado
em janeiro de 2001, novamente presidiu a AMUC em 2002 e de janeiro a maio de
2004. Deixou a prefeitura em 1° de janeiro de 2005. Em outubro de 2006,
elegeu-se deputado estadual na legenda peemedebista. No pleito de 2008 tentou novamente
a prefeitura de Teófilo Otoni, pelo PMDB, mas não obteve êxito.
Formado em administração pública ecológica pela Universidade
de Berlim, na República Federal Alemã, Getúlio Neiva estagiou no jornal La Voix du Nord, de Lille, na França.
Foi casado e teve dois filhos.
FONTES: ASSEMB. LEGISL. MG. Dicionário biográfico;
CÂM. DEP. Deputados brasileiros. Repertório (1991-1995); Olho no
voto/Folha de S. Paulo (18/9/94); Perfil parlamentar/IstoÉ (1991); Portal
da ASSEMB. LEGISL. MG. Deputados; Portal Terra – Eleições 2008; Portal
da AMUC – Presidentes.