HAESE,
Wilson
*dep.
fed. ES 1985-1987.
Wilson Haese nasceu
em Pancas (ES) no dia 5 de maio de 1943, filho de Rodolfo Frederico Herman
Haese e Ana Haese.
Professor
formado em português, inglês e literatura pela Faculdade de Filosofia, Ciências
e Letras de Colatina (ES) em 1969, iniciou sua vida política como prefeito de
Pancas, exercendo o cargo de fevereiro de 1971 a janeiro de 1973. No ano seguinte, viajou para a Inglaterra, onde iniciou pós-graduação pela
Universidade de Leeds, concluindo o curso em 1975.
No pleito de novembro de 1978, candidatou-se a uma vaga na
Assembléia Legislativa do Espírito Santo, elegendo-se pelo Movimento
Democrático Brasileiro (MDB), partido de oposição ao regime militar instalado
no país em abril de 1964. Assumiu a cadeira em fevereiro de 1979, tornando-se
logo a seguir vice-líder da bancada do partido.
Com a extinção do bipartidarismo em 29 de novembro de 1979 e
a conseqüente reformulação partidária, filiou-se ao Partido do Movimento
Democrático Brasileiro (PMDB) e assumiu a segunda secretaria na Assembléia
Legislativa. Secretário-geral do PMDB no Espírito Santo, em 1980 bacharelou-se
em ciências jurídicas e sociais pela Faculdade de Direito de Colatina.
Em novembro de 1982, foi eleito deputado federal pelo
Espírito Santo na legenda do PMDB, mas não chegou a exercer o mandato
parlamentar no primeiro ano por ter sido requisitado pelo governador Gérson
Camata para ocupar a Secretaria de Educação e Cultura. Sua vaga na Câmara foi
ocupada pelo primeiro suplente Nélson Aguiar.
Em
25 de abril de 1984, esteve ausente na votação da emenda Dante de Oliveira que,
apresentada na Câmara dos Deputados, propôs o restabelecimento das eleições
diretas para presidente da República em novembro daquele ano. Como a emenda não
obteve o número de votos indispensáveis à sua aprovação — faltaram 22 para que
o projeto pudesse ser encaminhado à apreciação pelo Senado —, no Colégio
Eleitoral, reunido em 15 de janeiro de 1985 para escolher o sucessor do
presidente João Batista Figueiredo, Wilson Haese, reassumindo o mandato, votou em Tancredo Neves — candidato da frente oposicionista Aliança Democrática, uma união do PMDB com
a dissidência do Partido Democrático Social (PDS) abrigada na Frente Liberal —,
que veio a ser eleito. Contudo, por motivo de doença, Tancredo não chegou a ser
empossado na presidência, vindo a falecer em 21 de abril de 1985. Seu
substituto foi o vice José Sarney, que já vinha exercendo interinamente o cargo
desde 15 de março.
Candidatou-se a uma vaga na Assembléia Nacional Constituinte
no pleito de novembro de 1986, mas obteve apenas uma suplência. Deixou a Câmara
dos Deputados em janeiro de 1987, ao final da legislatura, porém continuou
filiado ao PMDB e membro do diretório municipal de Pancas.
Em 1988, foi nomeado superintendente regional da Companhia de
Financiamento de Produção (CFP), função na qual permaneceu até 1990. Ainda
nesse ano tornou-se professor de sociologia da Faculdade de Direito de
Colatina, cargo que exerceria até 1995.
Entre
os anos de 1993 e 1996, foi secretário municipal de Educação de Pancas. Em
1999, passou a exercer o cargo de assessor técnico parlamentar da Assembléia
Legislativa do Espírito Santo. Nesse mesmo ano, tornou-se presidente do
diretório municipal de Pancas.
Ao longo de sua vida profissional foi professor de inglês da
Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Colatina (ES) e diretor da escola
de segundo grau de Pancas.
Casou-se com Vera Lúcia Rangel Haese, com quem teve dois
filhos.
FONTES: CÂM. DEP. Deputados
brasileiros. Repertório (1983-1987); INF. BIOG.