HATO, Mário
*dep. fed. SP
1979-1987.
Mário Hato nasceu em Vera Cruz (SP) no dia 15 de agosto de 1944, filho de Kaoro Hato e de Tieko Hato. Seu irmão,
Jooji Hato, elegeu-se vereador à Câmara Municipal de São Paulo pela primeira
vez em novembro de 1982, reelegendo-se em 1988, 1992 e 1996, e foi candidato
derrotado ao Senado em 1998.
Fez seus estudos primários entre 1952 e 1956 no Grupo Escolar
de Pacaembu (SP), secundários entre 1957 e 1960 no Ginásio Estadual da mesma
cidade e o segundo grau no Instituto de Educação Índia Vanuire em Tupã (SP) e
também em Lucélia (SP), durante os anos de 1961 a 1963. Em 1965 ingressou no curso de medicina da Escola Paulista de Medicina, formando-se em
1972.
No
pleito de novembro deste último ano, candidatou-se a uma cadeira na Câmara de
Vereadores de São Paulo, na legenda do Movimento Democrático Brasileiro (MDB),
partido de oposição ao regime militar instaurado no país em abril de 1964.
Eleito, assumiu o mandato em janeiro do ano seguinte, participando dos
trabalhos legislativos como membro titular das comissões de Urbanismo, Obras e
Serviços Municipais de Higiene e Saúde, de Justiça e Redação, de Finanças e
Orçamento, Abastecimento, Comércio e Indústria, de Assuntos Ligados ao Serviço
Público, de Cultura, do Bem-Estar Social e Turismo e de Higiene e Saúde Pública.
Foi também líder do MDB na Câmara e presidente das comissões especiais de
verificação de eventuais irregularidades no ensino municipal, de federalização
da Escola Paulista de Medicina, de reformulação dos serviços de transportes
coletivos municipais e de viabilidade e validade da criação de comissões de
defesa do meio ambiente.
Em 1974 foi professor de medicina do trabalho da Faculdade de
Medicina de Jundiaí (SP). No pleito de novembro de 1976, foi reeleito vereador
de São Paulo, na legenda do MDB. Assumindo o mandato em janeiro do ano
seguinte, participou dos trabalhos legislativos como secretário-geral da mesa
diretora e presidente das comissões especiais das comemorações do 70º
aniversário da imigração japonesa no Brasil e de reivindicação dos salários dos
médicos residentes do Hospital São Paulo e da Escola Paulista de Medicina. Foi
de sua autoria o projeto, convertido em lei, que regulamentou a profissão do
médico residente em todo o território nacional. Em 1977, tornou-se professor honoris
causa da Escola Paulista de Medicina.
No
pleito de novembro de 1978, candidatou-se a uma cadeira na Câmara de Deputados,
na legenda do MDB. Eleito, deixou a Câmara de Vereadores e assumiu o mandato
federal em fevereiro de 1979, participando dos trabalhos legislativos como
membro da Comissão de Saúde. Com o fim do bipartidarismo em novembro deste ano
e a conseqüente reformulação partidária, filiou-se ao Partido do Movimento
Democrático Brasileiro (PMDB), agremiação que sucedeu o MDB. Representando este
partido, participou dos trabalhos legislativos como presidente da Comissão de
Saúde, vice-presidente da Comissão de Redação e membro suplente das comissões
de Agricultura e Política Rural e de Economia, Indústria e Comércio.
Foi reeleito deputado federal, na legenda do PMDB, no pleito
de novembro de 1982, assumindo o mandato em fevereiro do ano seguinte.
Participou dos trabalhos legislativos como presidente e vice-presidente das
comissões de Saúde, de Redação e de Relações Exteriores, e membro titular da
Comissão de Agricultura.
Em 25 de abril de 1984 votou a favor da emenda Dante de
Oliveira que, apresentada na Câmara dos Deputados, propôs o restabelecimento
das eleições diretas para presidente da República em novembro daquele ano. Como
a emenda não obteve o número de votos indispensáveis à sua aprovação — faltaram
22 para que o projeto pudesse ser encaminhado à apreciação pelo Senado —, no
Colégio Eleitoral reunido em 15 de janeiro de 1985, Mário Hato votou no
candidato oposicionista Tancredo Neves, eleito novo presidente da República
pela Aliança Democrática, uma união do PMDB com a dissidência do Partido
Democrático Social (PDS) abrigada na Frente Liberal. Contudo, por motivo de
doença, Tancredo Neves não chegou a ser empossado na presidência, vindo a
falecer em 21 de abril de 1985. Seu substituto no cargo foi o vice José Sarney,
que já vinha exercendo interinamente o cargo desde 15 de março deste ano.
Mário
Hato disputou uma vaga de deputado federal constituinte, ainda no PMDB, no
pleito de novembro de 1986, mas não foi bem-sucedido, deixando a Câmara dos
Deputados em janeiro do ano seguinte, ao final da legislatura.
Em outubro de 1990, voltou a disputar uma vaga na Câmara,
ainda no PMDB, mas novamente não obteve sucesso.
Afastando-se da vida pública, voltou a exercer a medicina em
consultório próprio. Em 1998, concluiu o mestrado em medicina esportiva na
Universidade de Guarulhos (SP). No pleito de outubro de 2002, tentou voltar à
vida política candidatando-se a deputado estadual em São Paulo na legenda do Partido Democrático Trabalhista (PDT), mas não obteve êxito.
Casou-se com Noemi Ana Gregnanin Hato, com quem teve três
filhas.
FONTES: CÂM. DEP. Deputados
brasileiros. Repertórios (1983-1987, 1987-1991 e 1991-1995); Estado de
S. Paulo (14/12/86) Globo (26/4/84, 16/1/85); INF. BIOG; Portal da Fundação
SEADE.