REIS,
Jerônimo
*dep. fed. SE 1991-1996,
2007-2008, 2008-
Jerônimo de Oliveira Reis nasceu em Lagarto (SE) em 10 de setembro de 1955, filho de
Artur de Oliveira Reis e de Raimunda Rodrigues do Nascimento.
Pecuarista,
empresário e radialista, iniciou
sua vida pública em 1983,
quando se tornou secretário municipal de Obras e Urbanismo da sua cidade natal.
Filiado ao Partido da Frente Liberal (PFL) desde 1985, nas eleições de novembro
do ano seguinte, elegeu-se deputado estadual constituinte para a legislatura
1987-1991 da Assembleia
Legislativa de Sergipe. Eleito vice-prefeito de Lagarto nas eleições de
novembro de 1988, assumiu o cargo em janeiro do ano seguinte, após
renunciar ao mandato de deputado
estadual.
Eleito
deputado federal pelo PFL em outubro de 1990, tendo como base eleitoral o
município de Lagarto, deixou a vice-prefeitura e tomou
posse em fevereiro de 1991. Foi
membro titular da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática de
1991 a 1992
e da Comissão de Relações Exteriores no ano seguinte. Na sessão da Câmara dos
Deputados de 29 de setembro de 1992, votou a favor da abertura do processo de impeachment
do presidente Fernando Collor de Melo, acusado de crime de responsabilidade por
ligações com um esquema de corrupção liderado pelo ex-tesoureiro de sua
campanha presidencial Paulo César Farias. Afastado da presidência logo após a
votação na Câmara, Collor renunciou ao mandato em 29 de dezembro de 1992, pouco
antes da conclusão do processo pelo Senado Federal, sendo efetivado na
presidência da República o vice Itamar Franco, que já vinha exercendo o cargo
interinamente desde a decisão da Câmara.
Nas votações mais importantes dessa legislatura, votou a
favor da criação do Fundo Social de Emergência (FSE) e do fim do voto
obrigatório, ausentando-se das relativas à mudança no conceito de empresa
nacional e à criação do Imposto Provisório sobre Movimentações Financeiras
(IPMF).
Deixou o PFL em 1993, filiando-se, no ano seguinte, ao
Partido da Mobilização Nacional (PMN), pelo qual se reelegeu no pleito de outubro de 1994, iniciando o mandato em
fevereiro do ano seguinte. Em julho de 1995, afastou-se da Câmara para assumir
uma secretaria da prefeitura de Aracaju, sendo substituído por Pedro Valadares.
Eleito prefeito de Lagarto pelo PMN nas eleições municipais de outubro de 1996,
foi empossado no cargo em 1º de janeiro do ano seguinte, renunciando, na
véspera, ao mandato de deputado federal.
Em
novembro de 1997, uma
reportagem de O
Globo denunciou a exploração de
trabalho infantil na colheita de laranjas em
uma fazenda de sua
propriedade, no sul de
Sergipe. A mesma matéria incriminava também o deputado federal Cleonâncio
Fonseca, do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), e
o senador José Alves Nascimento (PFL), além de quatro deputados estaduais.
Foi
reeleito prefeito de Lagarto em outubro de 2000 na legenda do Partido
da Social Democracia Brasileira (PSDB).
Renunciou ao cargo em abril de 2002 e em outubro desse mesmo ano candidatou-se
ao Senado por
Sergipe na legenda do Partido
Trabalhista Brasileiro (PTB), mas não conseguiu
eleger-se. De
2004 a
2006 presidiu o Atlético Club Lagartense.
Em outubro de
2006 foi eleito deputado
federal pelo PFL.
Assumiu o mandato em fevereiro de 2007 e ainda nesse ano filiou-se ao Democratas
(DEM), criado após a
reorganização do
PFL. Em
10 de julho de 2008, licenciou-se, sendo
substituído por
Pedro Valadares. Reassumiu o mandato em 8 de novembro e integrou
a Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural e a Comissão de Turismo e Desporto. Votou contra a Contribuição Social para a Saúde (CSS).
Nesse
mesmo ano, o
Tribunal de Contas da União
(TCU) condenou-o a
devolver mais de 600 mil reais e a pagar
uma multa de 10 mil
reais ao Tesouro Nacional. A
auditoria constatou que as verbas encaminhadas pelo Ministério da Integração
Nacional para abertura de canal, drenagem e pavimentação de ruas foram
direcionadas para outros fins e a
referida obra não foi realizada.
Casou-se com Rosa Meire Almeida Reis, com quem teve seis
filhos.
FONTES:
CÂM. DEP. Deputados brasileiros.
Repertório (1995-1999);
Folha de S. Paulo
(18/9/94, 14/1/96); Folha
OnLine (6/10/02, 28/3/07, 11/6/08.)Globo
(29/11/97); Jornal do Brasil (4/6/96), Tribunal
de Contas da União
(31/10/08).