CASTRO,
Mac Dowell Leite de
*dep. fed. RJ 1975-1983.
Joaquim Afonso Mac Dowell Leite de Castro nasceu no Rio de Janeiro, então Distrito Federal, no dia 22
de julho de 1934, filho de Cristóvão Leite de Castro e de Maria da Conceição
Mac Dowell Leite de Castro.
Realizando seus estudos superiores na Pontifícia Universidade
Católica (PUC) do Rio, bacharelou-se em direito no ano de 1958 e concluiu o
curso de doutorado em 1962. Tornou-se então professor de direito constitucional
na mesma instituição.
Ligado politicamente ao então governador da Guanabara, Carlos
Lacerda, ainda em 1962 presidiu a Comissão de Vistoria e Segurança do estado e
no pleito de outubro, foi eleito deputado estadual na legenda da União
Democrática Nacional (UDN). Durante o exercício de seu mandato, iniciado em
fevereiro de 1963, representou o Brasil no congresso da World’s Federation for
the United Nations, realizado ainda nesse ano em Genebra, na Suíça, presidiu a
Comissão de Constituição e Justiça e foi sucessivamente vice-líder e líder de
seu partido na Assembléia Legislativa carioca, até a extinção dos partidos
políticos pelo Ato Institucional nº 2 (27/10/1965).
Com a posterior instauração do bipartidarismo e acompanhando
um grupo vinculado a Lacerda, então em dissenso com o governo de Humberto
Castelo Branco, filiou-se ao partido oposicionista, o Movimento Democrático
Brasileiro (MDB), em cuja legenda concorreu à reeleição em novembro de 1966.
Durante a campanha eleitoral, declarou à imprensa seu objetivo de lutar pela
“construção de um Brasil novo, de uma verdadeira revolução que não se afaste de
seus ideais”, referindo-se aos rumos tomados pelo movimento político-militar de
março de 1964. Vitorioso nas urnas, conseguiu ser reeleito mais uma vez para a
Assembléia Legislativa da Guanabara em novembro de 1970. No transcorrer dessa
legislatura, participou do Seminário Latino-Americano de Sociologia, promovido
em 1971 pela Tinker Foundation em Long Insland, Nova Iorque, e foi líder do governo. Propôs ainda a criação da Fundação João XXIII e foi o autor da lei que
possibilitou o pagamento de impostos e taxas através da rede bancária.
No
pleito de novembro de 1974, tendo centralizado sua campanha eleitoral
principalmente na Zona Sul do Rio e defendido em sua plataforma a promoção
comunitária, foi eleito deputado federal pela Guanabara na legenda do MDB. Deixando
a Assembléia em janeiro de 1975, ocupou no mês seguinte sua cadeira na Câmara,
já pelo novo estado resultante da fusão do Rio de Janeiro com a Guanabara,
integrando a Comissão de Relações Exteriores e sendo o relator-substituto da
Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Sistema Financeiro da Habitação.
Reeleito em novembro de 1978, ainda na legenda do MDB, e com o apoio da ala
ligada a Ernâni Amaral Peixoto, em julho de 1979, ao lado de alguns
parlamentares oposicionistas, participou de uma reunião com o presidente João
Figueiredo para discutir a reformulação partidária, afinal promovida após a
extinção do bipartidarismo em novembro seguinte. Ligando-se à corrente do
governador Antônio Chagas Freitas e filiando-se ao Partido Popular (PP),
durante essa legislatura foi vice-presidente da Comissão de Relações
Exteriores, membro da Comissão Especial de Código Civil e suplente das
comissões de Economia, Indústria e Comércio e de Agricultura e Política Rural,
além da CPI instaurada na Câmara Federal para investigar as causas das elevadas
taxas de juros nos diversos setores do Sistema Financeiro Nacional.
Com a incorporação do PP ao Partido do Movimento Democrático
Brasileiro (PMDB) em fevereiro de 1982, filiou-se a esta última agremiação
oposicionista, legenda na qual candidatou-se à Câmara dos Deputados pelo estado
do Rio de Janeiro, obtendo apenas uma suplência.
Foi presidente da Associação dos Diplomados da Escola de
Formação de Oficiais da Reserva da Marinha.
Casou-se com Marion Gebara Leite de Castro, com quem teve
dois filhos.
Publicou O crime passional (1957), Filosofia
do direito (1960) e A tecnologia do abastecimento na Guanabara (1966).
FONTES: CÂM. DEP. Deputados;
CÂM. DEP. Deputados brasileiros. Repertório (1975-1979 e 1979-1983);
Jornal do Brasil (4/10/66, 22/11/74 e 20/11/78); NÉRI, S. 16; Perfil (1980);
TRIB. SUP. ELEIT. Dados (6, 8 e 9).