BÓRIO, LEÔNIDAS
BÓRIO,
Leônidas
*pres. IBC 1964-1967.
Leônidas Lopes Bório nasceu
em Curitiba em 24 de outubro de 1922, filho de Olavo Bório e de Iolanda Lopes
Bório.
Em
1943 bacharelou-se em engenharia civil pela Universidade do Paraná, trabalhando
em seguida como engenheiro do Departamento de Obras da Secretaria de Obras e
Viação do estado até 1944. Nesse mesmo ano, passou a trabalhar na Companhia
Siderúrgica Nacional, na divisão de exploração de carvão, em Siderópolis (SC),
onde permaneceria até 1946. Nesse ano, tornou-se diretor-presidente da Paraná
Equipamentos e Companhias Associadas, em Curitiba, cargo que ocuparia até 1981.
Foi nomeado, em 1962, assessor especial do governador Ney Braga para assuntos
do Programa Aliança para o Progresso. Desempenhou essas funções até o ano
seguinte, quando assumiu a presidência da Companhia de Desenvolvimento
Econômico, posteriormente Banco de Desenvolvimento do Paraná (Badep), aí permanecendo
até o início de 1964.
Em abril de 1964, no governo Castelo Branco (1964-1967),
assumiu a presidência do Instituto Brasileiro do Café (IBC), sucedendo Júlio
Sousa Avelar. Indicado por Nei Braga, foi o primeiro representante desse estado
— já na época o maior produtor de café — na presidência do órgão.
Em
1965 participou da decisão do presidente de retirar o Brasil do Convênio
Internacional do Café. Diante da elevada estocagem do produto, que atingia os
66 milhões de sacas em 1966, preconizou a diversificação das culturas e a
erradicação dos cafezais de baixa produtividade, embora manifestasse a opinião
de que o café era o “insubstituível impulsionador do desenvolvimento”. Na
qualidade de presidente do IBC, tornou-se presidente do Grupo Executivo de Racionalização
da Cafeicultura (Gerca), no Rio de Janeiro, bem como chefe de delegações
brasileiras nas reuniões do Bureau Pan-Americano de Café, em Nova
Iorque, e da Organização Internacional do Café, em Londres.
Deixou a presidência do IBC em março de 1967, ao término do
governo Castelo Branco, tendo sido substituído por Horácio Sabino Coimbra.
Passou então a se dedicar à atividade privada, tornando-se diretor-presidente
da Somapi — Comércio, Indústria e Companhias Associadas.
Foi ainda membro do conselho de administração do Banco Finasa
(SP); do conselho consultivo da Indústria Química e Farmacêutica Schering
Plough (RJ); do conselho da Associação Nacional de Programação Econômica e
Social (ANPES-SP); do conselho do Movimento Universitário de Desenvolvimento
Econômico e Social (MUDES-RJ); do conselho curador da Fundação Orquestra
Sinfônica Brasileira (RJ); do conselho consultivo da Milder Kaiser Engenharia
(RJ) e da Tektronix Indústria e Comércio Ltda. (SP); diretor financeiro do
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro e cônsul honorário, no Rio de Janeiro,
da República da Costa do Marfim.
Casou-se pela primeira vez com Ione Macedo Bório, com quem
teve três filhos. Foi casado pela segunda vez com Maria Cora Barroso Dias Lopes
Bório, com quem teve mais dois filhos.
FONTES: CONSULT.
MAGALHÃES, B.; CURRIC. BIOG.; INF. FAM.; Jornal do Brasil (11/12/77);
VIANA FILHO, L. Governo.