LEPREVOST,
José Carlos
*dep.
fed. PR 1967-1975.
José Carlos Leprevost
nasceu em Curitiba no dia 19 de novembro de 1940, filho de Nei Leprevost e de
Estela Surugi
Leprevost. Seu pai foi advogado e prefeito de Curitiba.
Bacharelou-se em ciências jurídicas e
sociais na
Faculdade de Direito da Universidade do Paraná em 1962.
Ainda no Paraná, exerceu os cargos de
assistente técnico da presidência do Tribunal de Contas do Estado (TCE),
chefe de gabinete da Secretaria de Agricultura e oficial-de-gabinete da
Secretaria do Interior e Justiça.
No pleito de novembro de 1966,
elegeu-se deputado federal por seu estado na legenda da Aliança Renovadora Nacional
(Arena), partido de sustentação
política ao regime militar
instaurado no país em abril de 1964. Assumiu o mandato
em fevereiro de 1967 e
participou dos trabalhos legislativos como membro efetivo da Comissão de Relações
Exteriores e como suplente das comissões de Minas e Energia e de Constituição e
Justiça da Câmara.
Em novembro de 1970, foi reeleito na mesma legenda e
empossado no início do ano seguinte.
Realizou viagem a Israel como
representante do governo paranaense para a assinatura do contrato de financiamento
das obras da Estrada de Ferro Central do Paraná. Em janeiro de 1975, ao expirar
seu segundo mandato,
deixou definitivamente a Câmara dos Deputados.
Afastado da política, passou a
dedicar-se às atividades na área da mineração e
constituiu as empresas Leprevost
e Cia. Ltda., Mineração Morretes Ltda. e Mineração São Brás S.A., em associação
ao grupo de assistência
médica paulista Samcil. Paralelamente às atividades nesse ramo, continuou no
TCE.
Em 1989, foi convidado pelo governador
de Rondônia Jerônimo Santana (1987-1991) a assumir a Secretaria de
Estado. Neste
período ocupou o
cargo de presidente da Companhia de Mineração de Rondônia (CMR).
De volta ao Paraná, retomou suas
atividades no TCE, aposentando-se em 1993. A partir de então, passou a centralizar
seus esforços para reativar a Metalurgia de Chumbo da Plumbum, implantada no
vale da Ribeira.
Entretanto, não foi bem-sucedido em seu empreendimento, pois a empresa fechou
as postas em 1995 em meio a
acusações de danos ao meio-ambiente e
à saúde dos habitantes do
município de Adrianópolis, localizado na região.
Leprevost não
abandonou, contudo, a militância política. Filiado ao Partido Republicano
Progressista (PRP), tornou-se presidente
regional da legenda. No
pleito de outubro de 2002,
tentou voltar à
política ao candidatar-se
a
deputado federal pelo Partido Progressista (PP), mas teve sua candidatura
indeferida pelo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná. Em
março de 2003, o
Instituto Ambiental do Paraná (IAP) aplicou três multas à Plumbum e
a seus ex-proprietários, entre os quais Leprevost, num
total de R$ 204 mil por
crime ambiental e
contaminação dos habitantes de Adrianópolis.
Casou-se em primeiras núpcias com
Marilene de Quadros Leprevost, com quem teve três filhas. Posteriormente,
uniu-se a Regina Gomes Guimarães Leprevost.
FONTES:
CÂM. DEP. Deputados; CÂM. DEP. Deputados brasileiros. Repertório (1967-1971 e
1971-1975); DI
GIULIO, Gabriela Marques; PEREIRA, Newton Müller; FIGUEIREDO, Bernardino
Ribeiro de. O papel da mídia na construção social do risco: o caso
Adrianópolis, no Vale do Ribeira. Hist. cienc. saude-Manguinhos, Rio de
Janeiro, v. 15, n. 2, June 2008 . Available
from
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-59702008000200004&lng=en&nrm=iso>.
access on 10 Jan. 2010.
doi: 10.1590/S0104-59702008000200004; Estado
do Paraná (20/3/03);
INF. PRP;
Jornal do Brasil (7/12/79); Perfil
(1972);