LOBO, TOMÁS DE OLIVEIRA
LOBO,
Tomás de Oliveira
*const. 1934; sen. PE 1935 -1937.
Tomás de Oliveira Lobo nasceu
em Recife no dia 1º de agosto de 1888, filho de Júlio Pires Lobo e de Maria de
Oliveira Lobo.
Fez
seus primeiros estudos no Instituto 19 de Abril e no Colégio Porto Carreiro de
Recife. Bacharelou-se em ciências jurídicas e sociais pela Faculdade de Direito
dessa cidade em 1909.
No ano seguinte tornou-se auxiliar do auditor de guerra com
exercício em São Luís, e de 1911 a 1913 atuou como promotor público nas
comarcas de Alcântara e Caxias, ambas no Maranhão. De volta a Pernambuco,
exerceu as funções de juiz municipal nas comarcas de Quipapá e Limoeiro.
Em 1927 ingressou no Partido Democrático Nacional (PDN), que
dois anos depois patrocinou em Pernambuco a campanha da Aliança Liberal em
torno da candidatura de Getúlio Vargas à presidência da República, em oposição
ao situacionista Júlio Prestes. Embora vencida no pleito de março de 1930, a Aliança coordenou uma revolução que foi deflagrada em 3 de outubro desse ano e depôs no dia
24 seguinte o presidente Washington Luís, suprimindo os órgãos legislativos e
instaurando novo regime no país.
Em
1931 Tomás de Oliveira Lobo foi nomeado procurador dos Feitos da Fazenda, e em
1932 tornou-se membro do Conselho Consultivo do estado de Pernambuco. No pleito
de maio de 1933 elegeu-se deputado por seu estado à Assembléia Nacional
Constituinte na legenda do Partido Social Democrático (PSD), assumindo o
mandato em novembro seguinte. Escolhido primeiro-secretário da mesa, em março
de 1934 pronunciou-se de forma veemente contra a transformação da Constituinte
em Congresso ordinário, e em maio seguinte integrou a comissão parlamentar que
levou cumprimentos a Getúlio Vargas pela decretação da anistia aos revoltosos
de 1932. Com a promulgação da nova Carta (16/7/1934), teve seu mandato
prorrogado até maio do ano seguinte.
Em 1935 foi eleito, pela Assembléia Constituinte de seu
estado, senador na legenda do PSD. Concluindo seu mandato de constituinte,
tomou assento no Senado, aí permanecendo até 10 de novembro de 1937, quando a
instauração do Estado Novo suprimiu os órgãos legislativos do país.
Afastado da carreira política, voltou a exercer a advocacia em Recife. No biênio 1951-1952, presidiu a seção pernambucana da Ordem dos Advogados do Brasil
(OAB).
Foi também advogado da companhia marítima Lóide Brasileiro,
membro fundador da seção de Pernambuco do Instituto dos Advogados Brasileiros,
tornando-se primeiro-secretário de sua primeira diretoria.
Faleceu em Recife no dia 27 de janeiro de 1974.
Era casado com Branca de Almeida Lobo, com quem teve dois
filhos.
FONTES: ASSEMB.
NAC. CONST. 1934. Anais; Boletim Min. Trab. (5/36); CÂM. DEP. Deputados;
Diário do Congresso Nacional; FUND. GETULIO VARGAS. Cronologia da
Assembléia; GODINHO, V. Constituintes; INF. Gilda de Oliveira Lobo;
SENADO. Anais.