MACEDO, Márcio
*dep.
fed. RJ 1979-1987.
Márcio José Carneiro Macedo
nasceu no dia 3 de agosto de 1944 em Três Rios (RJ), filho de Arsonval Silveira Macedo, importante liderança do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) no sul
do estado do Rio, e de Rosa Carneiro Macedo.
Em
novembro de 1966, com apenas 22 anos, conquistou uma cadeira na Assembléia
Legislativa do Estado da Guanabara, na legenda do Movimento Democrático
Brasileiro (MDB), partido de oposição ao regime militar instaurado no país em
abril de 1964, sendo empossado no cargo em fevereiro de 1967. Reeleito em
novembro de 1970, no ano seguinte formou-se em ciências jurídicas e sociais
pela Faculdade Fluminense de Direito, em Niterói. Como deputado estadual, integrou-se ao grupo de políticos ligados ao governador
Antônio de Pádua Chagas Freitas (1971-1975). No pleito de novembro de 1974
elegeu-se deputado estadual pelo novo estado do Rio de Janeiro, resultante da
fusão da Guanabara com o antigo estado do Rio. Durante o mandato iniciado em
fevereiro de 1975, liderou a bancada do MDB.
Em novembro de 1978, candidatou-se à Câmara dos Deputados na
legenda emedebista, sendo eleito com os votos de seu reduto eleitoral em Três Rios e de outros municípios do sul fluminense. Assumindo sua cadeira em fevereiro de
1979, tornou-se membro da Comissão de Fiscalização Financeira e Tomada de
Contas da Câmara. Ainda no mesmo ano, manifestou-se contra a dissolução do MDB
em partidos menores, declarando considerá-lo o único canal de oposição capaz de
apressar o reencontro do país com a democracia.
Com a extinção do bipartidarismo em novembro de 1979 e a
conseqüente reestruturação partidária, filiou-se, no ano seguinte, ao Partido
Popular (PP), que tinha em Chagas Freitas, então governador do estado, sua
liderança mais expressiva no Rio de Janeiro. Durante sua passagem pelo PP,
Macedo presidiu a executiva regional provisória do partido. Com a incorporação
do PP ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), sucessor do MDB,
em fevereiro de 1982, passou a integrar a legenda peemedebista. Nesse ano, fez
parte da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara e foi suplente da
Comissão de Relações Exteriores. Reeleito pelo PMDB em novembro de 1982,
assumiu seu segundo mandato em fevereiro do ano seguinte, tornando-se membro da
Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara.
Na
sessão da Câmara dos Deputados de 25 de abril de 1984, votou a favor da emenda
Dante de Oliveira, que restabelecia as eleições diretas para presidente da
República em novembro seguinte. Como a emenda não obteve a votação necessária
para ser enviada ao Senado, decidiu apoiar, no Colégio Eleitoral de 15 de
janeiro de 1985, a candidatura presidencial do ex-governador de Minas Gerais
Tancredo Neves, eleito pela coligação oposicionista Aliança Democrática,
formada pelo PMDB e pela dissidência do Partido Democrático Social (PDS)
reunida na Frente Liberal. Tancredo, no entanto, não chegou a assumir o cargo
em 15 de março de 1985, data marcada para sua posse. Acometido por uma
diverticulite, veio a falecer em 21 de abril seguinte, sendo substituído na
presidência por seu vice José Sarney.
No
pleito de novembro de 1986, Márcio Macedo candidatou-se à reeleição, mas não
obteve êxito. Deixou o mandato federal em janeiro do ano seguinte, ao fim da
legislatura. Em fevereiro, foi indicado para a presidência da Companhia Docas
do Rio de Janeiro. Ocupou esse cargo até o início de 1990, assumindo alguns
meses depois o escritório de representação do governo do estado junto ao
Executivo federal, em Brasília, função que exerceu até o final da gestão do
governador Wellington Moreira Franco, em março de 1991.
Retirando-se então da vida pública, passou a se dedicar à
advocacia.
Casou-se com Janete dos Santos Macedo, com quem teve três
filhos.
Publicou Palavras... que constroem.
FONTES: CÂM. DEP. Deputados
brasileiros. Repertório (1983-1987); INF. BIOG.; Jornal do Brasil (21/2
e 24/10/79, 31/8 e 27/11/80 e 17/1/87).