GUIMARÃES, MAGNUS
GUIMARÃES, Magnus
*dep. fed. RS
1975-1983.
Magnus Francisco Antunes Guimarães nasceu em Santo Ângelo (RS) no dia 31 de outubro de 1942,
filho de Francisco Sales Guimarães e de Nadir Antunes Guimarães.
Após bacharelar-se em ciências jurídicas e sociais pela
Universidade de Passo Fundo, em seu estado, dedicou-se à advocacia criminal e
tomou parte em júris no interior gaúcho, em Mato Grosso, no Paraná e em Santa Catarina.
Ingressou
na política após o movimento político-militar de 31 de março de 1964, filiando-se
ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB), partido de oposição ao regime
militar, criado com a extinção do pluripartidarismo pelo Ato Institucional nº 2
(27/10/1965). Presidente do diretório municipal do MDB em Três de Maio (RS),
aproximou-se do ex-governador gaúcho Leonel Brizola (1959-1963), exilado desde
1964, por intermédio de Nei Brito, que havia sido chefe do Gabinete Civil de
seu governo.
No
pleito de novembro de 1974 foi eleito deputado federal pelo Rio Grande do Sul
na legenda do MDB, assumindo seu mandato em fevereiro de 1975. Na Câmara foi
membro da Comissão de Fiscalização Financeira e Tomada de Contas, suplente das
comissões de Relações Exteriores e de Educação e Cultura e vice-presidente das
comissões Especial sobre a Estabilidade da Família Brasileira e Parlamentar de
Inquérito sobre o Consumidor. Vice-líder da bancada de seu partido em 1978,
reelegeu-se deputado federal por seu estado em novembro desse mesmo ano, sempre
na legenda do MDB.
Em sua atuação parlamentar dividiu com o deputado Getúlio
Dias a condição de “porta-voz” de Leonel Brizola no Congresso. Com a volta do
ex-governador ao Brasil em setembro de 1979, tornou-se um dos coordenadores do
grupo “brizolista”, na tentativa de reorganizar o Partido Trabalhista
Brasileiro (PTB), dentro do quadro da reformulação partidária decorrente da
extinção do bipartidarismo determinada em novembro do mesmo ano. Com a perda da
sigla do PTB para a deputada Ivete Vargas, filiou-se à legenda criada por
Brizola, o Partido Democrático Trabalhista (PDT), tornando-se seu líder na
Câmara.
Em
janeiro de 1982 divulgou uma nota de seu partido repudiando a prorrogação dos
mandatos parlamentares. Nessa legislatura foi membro das comissões de Relações
Exteriores e de Minas e Energia e suplente das comissões de Trabalho e
Legislação Social e de Educação e Cultura da Câmara, além de suplente da
comissão parlamentar de inquérito destinada a apurar atos de corrupção
praticados por órgãos da administração direta e indireta da União. No pleito de
novembro desse ano concorreu à reeleição na legenda do PDT, conseguindo apenas
uma suplência. Deixou a Câmara dos Deputados em janeiro de 1983, ao final da
legislatura.
Manteve-se
no diretório do PDT, e, em 1996 foi eleito para a prefeitura do município de
Itapema/SC. Assumiu em 1997 e permaneceu no cargo até 2001. No ano seguinte,
candidatou-se, pelo mesmo partido e Estado ao Senado Federal. Não obteve
sucesso. Retornou em 2008, para desta vez candidatar-se à vereador, pelo
município de Itapema, porém teve a candidatura indeferida pelo Tribunal de
Contas da União(TCU).
Casou-se com Maria Eronita Luckmeyer Guimarães, com quem teve
três filhos.
FONTES: CÂM. DEP. Deputados;
CÂM. DEP. Deputados brasileiros. Repertório (1975-1979 e 1979-1983);
Jornal do Brasil (28 e 30/1, 7 e 17/4, 2/6, 25/7 e 28/8/79 e 12/1/82);
NÉRI, S. 16; Perfil (1980).