HERMES,
Mário Jorge da Fonseca
*
militar; comte. IV DN 1982-1984.
Mário
Jorge da Fonseca Hermes nasceu no Rio de Janeiro, então
Distrito Federal, no dia 14 de agosto de 1926, filho de Mário Assis da
Fonseca Hermes e de Zaira Jorge da Fonseca Hermes. Os marechais Deodoro e
Hermes da Fonseca são, respectivamente, seus tio-bisavô e tio-avô.
Ingressou
na Escola Naval como aspirante em março de 1944, sendo declarado guarda-marinha
em janeiro de 1950. Em julho de 1955 foi promovido ao posto de capitão-tenente.
Esteve comissionado na corveta (CV) Purus de setembro de 1956 a julho de
1957, quando apresentou-se à Escola Naval como instrutor de comunicações. Em
abril de 1958, foi designado ajudante-de-ordens no gabinete do ministro da
Marinha, almirante Antônio Alves Câmara Júnior.
Em
maio de 1960, foi indicado para instrutor-chefe de comunicação naval da Escola
Naval. Em julho foi designado chefe do Departamento Escolar. Neste mês foi
promovido a capitão-de-corveta. A partir de agosto desse mesmo ano, passou a
exercer as funções de imediato do Corpo de Aspirante. Em janeiro de 1961, foi
designado para constituir o Grupo Chave do contratorpedeiro (CT) Paraná.
Em abril, apresentou-se à Comissão de Recebimento de Navios em Boston, Estados
Unidos. Em julho assumiu as funções de encarregado do Departamento de Armamento
do mesmo CT.
Em
abril de 1962, assumiu a função de imediato novamente no CT Paraná. Em
fevereiro do ano seguinte, assumiu as funções de assistente de diretor-geral de
Aeronáutica da Marinha, oficial de relações públicas, e encarregado. Ainda em
fevereiro de 1963, ficou como encarregado da divisão de Transporte Áereo.
Em
janeiro de 1964, assumiu a chefia da divisão de Programas e Orçamentos do
Arsenal da Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ). Em janeiro do ano seguinte, foi
nomeado comandante do Esquadrão de Aviação Oceânico (Avoc) Bracuí. Em
outubro foi promovido ao posto de capitão-de-fragata. Em dezembro apresentou-se
ao I Distrito Naval (DN), sediado no Rio de Janeiro, onde assumiu a
chefia-geral do serviço.
Em
janeiro de 1966, foi indicado para o curso de comando e estado-maior da Escola
de Guerra Naval (EGN), sendo em conseqüência dispensado do I DN. Em outubro do
mesmo ano, concluiu o curso da EGN. Em novembro assumiu a chefia do
departamento de Planejamento. Em outubro de 1968, em caráter interino, foi
designado para a vice-diretoria do Armamento da Marinha, sendo dispensado dessa
função no mês seguinte. Em dezembro foi nomeado comandante do CT Paraná,
sendo por esse motivo dispensado da chefia de Planejamento.
Em
dezembro de 1969, foi promovido ao posto de capitão-de-mar-e-guerra. Em janeiro
foi nomeado capitão dos Portos de Estado do Amazonas, Acre e Territórios
Limítrofes. Acumulou as funções de coordenador do Ensino Profissional Marítimo,
na área da jurisdição da capitania dos Portos do Amazonas e Territórios
Limítrofes. Foi indicado para o curso da Escola Superior de Guerra (ESG).
Exonerado do cargo de capitão dos portos em dezembro de 1972, foi nomeado para
a vice-diretoria do Armamento da Marinha. Em maio de 1973, assumiu a
superintendência de Ensino. Em fevereiro do ano seguinte, foi indicado para
chefiar o Centro Técnico-Profissional Naval, cumulativamente com as atribuições
que já vinha exercendo. Em setembro de 1974 foi nomeado comandante do navio-escola
Custódio de Melo.
Em
novembro de 1975, foi promovido ao posto de contra-almirante e nomeado para
servir ao Estado-Maior da Armada (EMA). Em janeiro de 1976, assumiu a subchefia
do EMA. Em fevereiro, foi nomeado representante do Ministério da Marinha na
Comissão Interministerial para Recursos do Mar. Em agosto, foi nomeado adido
naval junto à embaixada do Brasil nos Estados Unidos da América e acreditado
junto ao governo do Canadá, cumulativamente com as funções de delegado do
Brasil na Junta Interamericana de Defesa, e membro da Comissão Mista de Defesa
Brasil-Estados Unidos, com sede em Washington. Subchefe do Comando de Operações
Navais em junho de 1979, em fevereiro do ano seguinte tornou-se subchefe de
Tática, cumulativamente com o cargo de subchefe de Planejamento. Em outubro
tornou-se diretor de Armamento e Comunicações da Marinha. Em novembro foi
designado membro efetivo da Comissão de Promoção de Oficiais da Marinha.
Em
março de 1981 foi promovido a vice-almirante e, em dezembro de 1982, nomeado
comandante do IV DN, sediado em Belém, em substituição ao vice-almirante Luís
Leal. Em julho de 1984, foi exonerado do comando do IV DN, entrando em seu
lugar Luís Fernando da Silva Sousa, e nomeado diretor-geral de Material da
Marinha. Em março do ano seguinte, cumulativamente, assumiu a presidência do
conselho de administração da Empresa Gerencial de Projetos Navais (Emgepron).
Em abril de 1986, foi nomeado comandante de Operações Navais e diretor-geral de
Navegação. Em outubro foi nomeado, em caráter interino, chefe do EMA. Em março
de 1987, foi efetivado como chefe do EMA. Em novembro, foi exonerado
definitivamente do EMA e dois meses depois, em janeiro de 1988, foi transferido
para a reserva remunerada.
Em
1988 e 1989, integrou a diretoria da Confederação Brasileira de Basquete (CBB),
já que de 1946 a 1954 foi um assíduo praticante do esporte, tendo feito parte
do elenco do Clube de Regatas Flamengo e participado da Olimpíada de Helsinque,
na Finlândia, em 1952.
Tornou-se
colaborador da Revista Marítima Brasileira.
Casou-se
com Carmem Alba Igrejas da Fonseca Hermes, com quem teve três filhos.
Mirian
de Aragão
FONTES:
ENTREV. BIOG.; ARQ. MIN. MAR.