MIRANDA, Marcelo
*gov.
TO 2003-2009; 2015-
Marcelo
de Carvalho Miranda nasceu em Goiânia, no dia 10 de outubro de
1961, filho de José Edmar de Brito Miranda e Marlide Carvalho Miranda. Seu pai
foi deputado estadual pelo Movimento Democrático Brasileiro (MDB), na
legislatura 1967-1971, em Goiás. Ferrenho
defensor da criação do Estado do Tocantins, elegeu-se deputado estadual pelo
Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) por duas vezes consecutivas,
em 1982 e em 1986. No segundo mandato, assumiu a presidência da Assembléia
Legislativa e, entre 2000 e 2002, foi secretário de Estado da Infra-estrutura
de Tocantins, no governo Siqueira Campos.
Em decorrência da transferência de sua
família, foi morar no Tocantins ainda criança, residindo na cidade de Araguaína,
região norte do estado. Tornou-se pecuarista e deu início à carreira política
no final da década de 1980, filiando-se ao PMDB, pelo qual elegeu-se deputado
estadual em 1990. Foi reeleito em 1994 e nesse mandato ocupou a Presidência da
Comissão de Educação, Cultura e Desporto, tendo atuado, também, como membro da
Comissão de Constituição, Justiça e Redação,
Novamente reeleito em 1998, conquistou o
primeiro lugar entre os mais votados e ocupou a presidência da Assembléia
Legislativa tocantinense. Nesse mesmo período integrou ainda a União Nacional
dos Legislativos Estaduais (UNALE) e articulou a criação do chamado Parlamento
Amazônico.
No decorrer do ano 2000, assumiu
interinamente o Governo do Estado do Tocantins por duas vezes, nos períodos de
29 de abril a 7 de maio e de 24 de junho a 1º de julho. Nas eleições de 2002,
foi eleito governador do Estado do Tocantins, dessa vez filiado ao Partido da
Frente Liberal (PFL). Teve como aliados uma extensa coligação, que além do PFL, contou com o Partido Progressista
Brasileiro (PPB), Partido Social
Liberal (PSL), Partido Social Trabalhista (PST), Partido dos Aposentados da
Nação (PAN), Partido Social Democrata Cristão (PSDC), Partido Renovador
Trabalhista Brasileiro (PRTB), Partido Trabalhista Cristão (PTC), Partido
Social Democrático (PSD), Partido republicano Progressista (PRP), Partido da
Social Democracia Brasileira (PSDB), Partido da Reedificação da Ordem Nacional
(PRONA) e Partido Trabalhista do Brasil (PT do B).
No pleito de 2006, concorreu com sucesso à
reeleição pela legenda do PMDB, obtendo 51,49% dos votos. Sua plataforma política,
intitulada “Governo Mais Perto de Você”, foi voltada prioritariamente ao
atendimento de famílias de baixa renda.
Em
17 de janeiro de 2008, a
coligação União Democrática do Tocantins, formada pelos Partido Progressista (PP),
Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), Partido Social Cristão (PSC), Partido
Liberal (PL), Partido Socialista Brasileiro (PSB), Partido Verde (PV), PSDB
e PTdoB, impetrou, junto ao Tribunal Regional
Eleitoral (TRE) um pedido de cassação do mandato do governador. Entre 2008 e
2009 chegaram a nove os pedidos de cassação do mandato de Miranda, pautadas em
acusações de promoção pessoal em programas de TV e no site do governo durante a
campanha para reeleição, além de supostas práticas de abuso de poder, compra de
votos e distribuição de cestas básicas durante a inauguração de obra pública.
No dia 26 de junho de 2009, após cinco horas
de julgamento, o mandato de Marcelo
Miranda foi cassado pelo TSE,
juntamente com o do vice-governador Paulo Sidnei, permanecendo no cargo até a
análise final de eventuais recursos. Nas
eleições de 2010, o ex-governador concorreu pelo PMDB a uma vaga no Senado,
sendo eleito com 375. 931 votos, correspondentes a 25, 41% da preferência dos
eleitores. Não tomou posse, entretanto, porque o TSE barrou sua candidatura com
base na lei da Ficha Limpa, pelo fato de ter tido seu mandato cassado por
abuso de poder político e econômico no ano anterior.
Marcelo
Miranda voltou a assumir um cargo eletivo após ter vencido, ainda no primeiro
turno, com 51, 30% dos votos válidos, a disputa pelo governo do estado do
Tocantins nas eleições de 2014. Nesse pleito também concorreram Sandoval Cardoso, do Partido
Solidariedade (SD), que obteve 44,72% dos votos válidos, além do terceiro
colocado Ataides de Oliveira, do Partido Republicano da Ordem Social (PROS), que conquistou 3, 54% da votação e dos
candidatos Potengy, do Partido Comunista Brasileiro (PCB) e Eula Angelim, do Partido Socialismo
e Liberdade (PSOL), respectivamente quarto
e quinto colocados, com menos de 1% dos votos.
Durante
a cerimônia de posse do cargo, realizada em janeiro de 2015 na Assembleia
Legislativa tocantinense, o governador destacou como metas de sua gestão o
fortalecimento do agronegócio e da agroindústria, além do objetivo de tirar a
saúde e a segurança da situação apontada por ele como “caótica”. No
decorrer de sua gestão, investiu em obras de infra-estrutura em rodovias
estaduais, através de convênio com o Banco Internacional de Reconstrução e
Desenvolvimento (Bird). No início de 2017, Marcelo Miranda anunciou o reequilíbrio das contas do Estado,
como resultado do pacote de ações que empreendeu para diminuir e controlar as
despesas públicas.
Casou-se com Dulce Ferreira Pagani Miranda,
com quem teve dois filhos. Nas eleições de 2014 Dulce Miranda elegeu-se
deputada federal, para mandato na legislatura 2015-2019.
Luciana Pinheiro
(atualização)
FONTES:
Portal da Assembléia Legislativa do Tocantins. Disponível em: <http://www.al.to.gov.br/>.
Acesso em 24/10/2009; Portal Conexão
Tocantins. Disponível em: <http://www.conexaoto.com.br>.
Acesso em 24/10/2009; Portal Congresso em Foco. Disponível em:
<http://congressoemfoco.uol.com.br/>. Acesso em 28/01/2017; Portal G1.
Disponível em: <http://g1.globo.com>. Acesso em 28/01/2017; Portal do Governo do Tocantins. Disponível
em: <http://to.gov.br/>. Acesso em 28/01/2017; Portal do jornal Valor
Econômico. Disponível em: <http://www.valor.com.br/>. Acesso em
28/01/2017; Portal do Tribunal Superior Eleitoral. Disponível em: <http://www.tse.jus.br/>.
Acesso em 24/10/2009 e em 28/01/2017.