OLIVEIRA,
Edir
*
dep. fed. RS 2000; 2000-2003; 2006-2007.
Edir
Pedro de Oliveira nasceu em Rolante (RS) no dia 3 de fevereiro de 1950,
filho de Pedro Maria de Oliveira e de Precilda Luz de Oliveira.
Deu
início às suas atividades políticas em 1969, filiando-se ao Movimento
Democrático Brasileiro (MDB), partido de oposição ao regime militar instaurado
no Brasil em abril de 1964, e pelo qual elegeu-se, no pleito de outubro de
1972, vereador em Gravataí (RS). Empossado em janeiro de 1973, no ano seguinte
foi nomeado Secretário Municipal de Planejamento deste município,
licenciando-se, com isso, do mandato legislativo.
Em 1975, ingressou na faculdade de
arquitetura da Universidade Luterana do Brasil
(ULBRA), na cidade de Canoas (RS), porém não chegou a concluir o curso.
Com a extinção do bipartidarismo em
novembro de 1979 e a conseqüente reformulação partidária, em 1981 migrou para o
Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), legenda que sucedeu ao MDB.
No biênio 1985-1986, trabalhou como assessor da Assembléia Legislativa do Rio
Grande do Sul e, de 1987 a 1991, ocupou o cargo de secretário substituto do
Interior e Obras Públicas do estado nos governos de Pedro Simon (1987-1990) e
Sinval Guazeli (1990-1991).
Em
1992, deixou o PMDB para ingressar no Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), por
cuja legenda elegeu-se prefeito de Gravataí no pleito de outubro daquele ano.
Tomou posse de seu mandato em janeiro de 1993 e, no ano seguinte, tornou-se
membro do Diretório Nacional do PTB. Deixou o Executivo Municipal em 31 de
dezembro de 1997, ao término de seu mandato.
Nas
eleições de outubro de 1998, candidatou-se à Câmara Federal pelo PTB gaúcho,
obtendo uma suplência. Exerceu o mandato na condição de suplente no período de
junho a outubro de 2000 e, em dezembro seguinte, foi efetivado no cargo. Em
outubro de 2002, foi eleito deputado federal pelo PTB com 75.003 votos. Em
janeiro seguinte, ainda em cumprimento à legislatura 1999-2003, licenciou-se da
Câmara para ocupar o cargo de secretário estadual do Trabalho, Cidadania e
Assistência Social do Rio Grande do Sul no governo de Germano Rigotto
(2003-2007). Assumiu o novo mandato federal em 1º de fevereiro de 2003 e, dois
dias depois, licenciou-se novamente para retornar à secretaria estadual, posto
que ocupou até março de 2006, quando finalmente voltou à Câmara dos Deputados.
Em junho, foi instaurada no Congresso
Nacional uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar a
suposta participação de deputados e senadores num escândalo que ficou conhecido
como “máfia dos sanguessugas” ou “máfia das ambulâncias”. Segundo investigações
realizadas pela Polícia Federal, o esquema era coordenado por Darci e Luiz
Antônio Vedoin, donos da empresa Planam, e destinava-se a realizar a compra de
ambulâncias e equipamentos hospitalares superfaturados para prefeituras através
de licitações fraudadas. Os parlamentares atuariam apresentando emendas ao
orçamento da União direcionadas para a área da Saúde que serviriam para aquele
fim. Em troca, receberiam uma comissão obtida com o lucro gerado pelas emendas
executadas.
Em
agosto de 2006, a CPMI recomendou a cassação de 3 senadores e 69 deputados,
entre eles Edir Oliveira. No mês seguinte, o deputado foi acusado na Justiça
pelo Ministério Público Federal por improbidade administrativa e supostamente
integrar a máfia das ambulâncias. Em depoimento prestado em 5 de dezembro ao
Conselho de Ética da Câmara, Oliveira negou acusações feitas pelos Vedoin de
que teria recebido propina por emendas apresentadas em benefício da Planam. No
dia 22, o Conselho concluiu o seu trabalho recomendando a cassação de quatro
deputados e a absolvição de outros nove. Edir Oliveira, assim como outros 55
deputados, não chegaria a ser julgado pelo órgão até o fim da legislatura.
Tentou a reeleição ao Legislativo Federal
em outubro de 2006 na coligação formada pelo PTB e pelo Partido da Mobilização
Nacional (PMN). Porém, com 36.246 votos, não conseguiu se eleger, concluindo o
mandato em janeiro do ano seguinte. Como deputado, exerceu o cargo de vice-líder do PTB na Câmara e integrou as comissões de
Constituição e Justiça e de Redação, Desenvolvimento Urbano e Interior,
Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, e de Trabalho, Administração e
Serviço Público.
Nas
eleições de outubro de 2008, chegou a candidatar-se a prefeito de Gravataí na legenda do
PTB, mas, às vésperas do pleito, renunciou à disputa para apoiar o peemedebista
Jones Martins contra a candidata governista Rita Sanco, do Partido dos
Trabalhadores (PT), eleita com 68.553 votos.Casou-se com Eunice Carolina
Ohlweiler de Oliveira, com quem teve quatro filhos.
FONTES: Folha
de S.Paulo (online). Disponível em : <www1.folha.uol.com.br>;
Portal da Câmara dos Deputados. Disponível em : <www2.camara.gov.br>.
Acesso em : 24 ago. 2009.