NIEMEYER,
Oscar
*arquiteto.
Oscar Niemeyer Soares Filho nasceu no Rio de Janeiro, então Distrito Federal, no dia 15
de dezembro de 1907, filho de Oscar Niemeyer Soares e de Delfina Almeida de
Niemeyer Soares. Seu avô materno, Antônio Augusto Ribeiro de Almeida, foi
ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) de 1896 a 1913.
Estudou no Colégio dos Barnabitas Santo Antônio Maria
Zacaria, em sua cidade natal, onde concluiu o curso secundário, em 1928, e no
Liceu Francês. No ano seguinte, matriculou-se na Escola Nacional de
Belas-Artes, no Rio, que seria dirigida por Lúcio Costa a partir de 1931.
Diplomou-se engenheiro-arquiteto, em 1934, e iniciou sua vida profissional no
escritório de Lúcio Costa, em 1935.
Embora não tivesse ainda ingressado no Partido Comunista
Brasileiro (PCB), então Partido Comunista do Brasil, já contribuía para o que
chamava de “Socorro Vermelho”. Despertou para a importância da luta quando
Honório de Freitas Guimarães foi a sua casa, em Ipanema, apanhar um embrulho de
roupas. O episódio deixou-o impressionado. Além de ser um antigo e respeitado
militante, Honório era um homem rico, que abandonara tudo para se dedicar à
causa revolucionária, em busca de uma sociedade mais justa.
Com a reconstitucionalização do país após a Revolução de
1930, Gustavo Capanema foi nomeado pelo presidente Getúlio Vargas para ocupar o
então Ministério da Educação e Saúde, em 1935, e contratou o escritório de
Lúcio Costa para desenvolver o projeto da sede do ministério, hoje denominado
palácio da Cultura. Niemeyer integrou essa equipe, composta ainda por Carlos
Leão, sócio de Lúcio Costa, Afonso Reidy, Jorge Machado Moreira e Ernâni
Vasconcelos. Nesse período, conheceu o arquiteto suíço naturalizado francês Le
Corbusier, que viera ao Brasil como consultor dos projetos do Ministério da
Educação e da Cidade Universitária, também no Rio de Janeiro. O arquiteto
francês teve grande influência na obra de Niemeyer.
Em
1937, Niemeyer projetou no Rio de Janeiro a Obra do Berço. Foi a primeira
construção de um projeto seu, no qual inovou a arquitetura com o sistema de brise-soleil.
Em novembro daquele ano, o presidente da República, Getúlio Vargas, decretou o
fim das liberdades individuais, fechou os órgãos legislativos do país e
instaurou a ditadura do Estado Novo. Em
1939, convidado por Lúcio Costa, viajou aos Estados Unidos como membro da
equipe que projetou o pavilhão do Brasil na Feira Mundial de Nova Iorque.
Niemeyer recebeu, então, a Medalha Cidade de Nova Iorque.
De
volta ao Brasil, em 1940, conheceu o então prefeito de Belo Horizonte,
Juscelino Kubitschek de Oliveira, que o convidou a projetar o conjunto
arquitetônico da Pampulha. Em 1944, em pleno declínio do Estado Novo diante dos
resultados da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), Niemeyer mudou seu
escritório, no qual tinha como sócios Fernando Saturnino de Brito e Gauss
Estelita, do Passeio Público para uma casa na rua Conde Lages, número 25, na
Glória, que herdara de sua prima Milota. Foi nessa casa que teve contato com
Luís Carlos Prestes e seus camaradas. Jovem, ficou fascinado com os relatos que
ouvia e decidiu também colaborar com a luta. Ofereceu a casa a Prestes,
afirmando que a tarefa do dirigente comunista era mais importante do que a
dele. O local transformou-se no Comitê Metropolitano do PCB e Niemeyer, um de
seus membros.
No
livro de memórias As
curvas do tempo, o
arquiteto conta que suas atividades no PCB incluíam desde reuniões na célula,
um pequeno comitê na Gávea, e, depois, no Comitê Central na Glória, às colagens
de cartazes e faixas pela cidade. Participava da organização de comícios, nos
quais sentia o clima de pressões e ameaças que os envolvia. Segundo conta, “às
vezes [suas] tarefas não eram fáceis, mas as palavras de ordem eram
indiscutíveis, e, cumpri-las, coisa irrecusável”. No texto, criticou a direção
das células, em geral, por considerar que nem sempre eram competentes, e sempre
marcadas por um autoritarismo fora da realidade.
Lembrou
ainda que, na noite em que Getúlio Vargas foi deposto (29/10/1945) e a ditadura
chegava ao fim, a ordem do PCB aos militantes era para que todos se reunissem
em suas respectivas células, para apoiar o ditador deposto e, se necessário,
resistir. Durante toda a noite, Niemeyer transportou camaradas de um lado para
outro da cidade. Na última viagem, já por volta de quatro horas da manhã, levou
um mulato alto, com um revólver embrulhado num jornal, para o centro da cidade.
Deixou-o na Glória, deu-lhe algum dinheiro e voltou a sua célula, na Gávea. Ao
chegar, ouviu o seguinte comentário do secretário da organização: “Pensei que
você tinha feito como o Cavalcanti, que foi para casa”. Niemeyer não gostou da
insinuação.
Em
outra passagem do livro, escreveu que, ao ver Diógenes Arruda Câmara (que viria
a ser deputado federal por São Paulo de 1947 a 1951) acenando-lhe na avenida
Beira-Mar, atendeu-o com a presteza de sempre, e ouviu a seguinte “ordem”:
“Pegue as faixas e vai ajudar a preparar o comício”. Segundo o arquiteto, era
um comício no Castelo, sem nenhuma possibilidade de ser realizado. Mesmo assim,
tentou fazer o que lhe fora ordenado, mas a polícia recolheu as faixas
estendidas no local.
Destacou
sua amizade com Agildo Barata, um “comunista convicto, que gostava de conversar
com os amigos, sentir a vida, esquecer por momentos sua missão de
revolucionário”. Procurado pela polícia, usando sempre como único disfarce o
chapéu, Agildo encontrava com frequência um meio de almoçar com os amigos,
entre os quais Niemeyer, na pérgula da piscina do Copacabana Palace, pois sabia
que naquele lugar, tão burguês, ninguém o procuraria.
Como arquiteto, explorou numa série de projetos o uso do
concreto no desenvolvimento de complexas superfícies curvas e, em diversas
obras, transformou meros programas utilitários em expressão plástica funcional.
Em 1946, projetou a sede do Banco Boavista, na Candelária, na cidade do Rio de
Janeiro, e, no ano seguinte, o Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), em
São José dos Campos (SP). Nesse mesmo ano, retornou a Nova Iorque como membro
do Comitê de Planejamento da Organização das Nações Unidas (ONU), encarregado
de desenvolver o projeto da sede desse recém-criado organismo internacional.
Seu trabalho ganhou o primeiro lugar. A obra de Niemeyer começava, assim, a ter
reconhecimento internacional. Em 1949, recebeu o título de membro honorário da
Academia Americana de Artes e Ciências. No ano seguinte, foi publicado nos EUA
o livro The work
of Oscar Niemeyer (A obra de Oscar Niemeyer), de Stamo Papadaki.
Ainda nesse ano, projetou a fábrica Duchen, em São Paulo,
onde também iniciou, em 1951, os projetos do conjunto de pavilhões de exposição
do IV Centenário, do parque Ibirapuera e do edifício Copan. No ano seguinte,
projetou sua residência na estrada das Canoas, no Rio de Janeiro.
Fez
sua primeira viagem à Europa em 1954, quando foi convidado, juntamente com
outros 15 arquitetos de renome internacional, a participar do projeto de um
conjunto de edifícios para o bairro Hansa, como parte do programa de
reconstrução de Berlim, arrasada pela Segunda Guerra Mundial. Nessa
oportunidade, visitou a Polônia, a Tchecoslováquia e a União Soviética. No
mesmo ano, projetou o Museu de Arte Moderna de Caracas, na Venezuela, e o
aeroporto de Diamantina (MG), no Brasil. No ano seguinte, fundou no Rio de
Janeiro a revista Módulo,
especializada em
arquitetura. Projetou, em Israel, a cidade de Negev, os conjuntos Nordia e
Panorama e a Universidade de Haifa.
Com a eleição de Juscelino Kubitschek à presidência da
República em 1956, Niemeyer foi convidado a projetar a nova capital do Brasil.
Para isso, o presidente nomeou-o diretor do departamento de arquitetura da
Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), empresa responsável pela
construção de Brasília. Foi encarregado de organizar o concurso para a escolha
do plano piloto da nova capital federal e integrou a comissão julgadora. Venceu
o urbanista Lúcio Costa.
Na nova capital, projetou o palácio Alvorada, que viria a ser
a residência oficial do presidente da República; o Congresso Nacional; o
palácio do Planalto, sede do governo; a catedral e o prédio do Supremo Tribunal
Federal, entre outros. Brasília foi inaugurada em 21 de abril de 1960.
Com a criação da Universidade de Brasília (UnB) por Darcy Ribeiro, já no governo de João Goulart (1961-1964), cujo
projeto arquitetônico também é de sua autoria, foi nomeado, em 1962,
coordenador da Escola de Arquitetura da UnB.
A partir de então, fez diversos projetos em vários países.
Ainda em 1962, viajou ao Líbano para projetar a Feira Internacional e
Permanente de Trípoli e o Conjunto Esportivo do Líbano, em Beirute, capital
libanesa. No ano seguinte, foi agraciado com o Prêmio Lênin, pelo comitê
soviético da premiação, e nomeado membro honorário do Instituto Americano de
Arquitetos dos Estados Unidos.
Com
a instauração do regime de exceção que depôs o presidente João Goulart
(1961-1964), em abril de 1964, a publicação da revista Módulo
foi suspensa. No exterior,
porém, Niemeyer continuava sendo alvo de novas honrarias: foi nomeado membro
honorário da Academia Americana de Artes e Letras e do Instituto Nacional de
Artes e Letras de Nova Iorque. Ainda nesse ano, projetou, na República de Gana,
na África ocidental, a Universidade de Acra.
A
política universitária adotada pelo regime militar levou-o, juntamente com mais
duzentos professores, a deixar de lecionar na universidade, em 1965, ano em que
projetou o palácio de Libreville, no Gabão, e viajou a Paris para a exposição
de sua obra denominada Oscar
Niemeyer — l’architecte de Brasilia, no
pavilhão Marsan de Artes Decorativas do palácio do Louvre. Nessa oportunidade,
recebeu a medalha Prêmio
Juliot-Curie e o Grande Prêmio Internacional de Arquitetura e de Arte, concedido
pela revista L’Architecture
d’Aujourd’hui. No
ano seguinte, fez o plano urbanístico da cidade de Grasse e o projeto do Centro
Cultural de Saint-Baume, na França, o plano urbanístico do Algarve, em
Portugal, e projetou um hotel e um cassino na ilha da Madeira.
Sua clara militância de esquerda provocou a ira do regime
militar e, em 1967, durante o governo do general Artur da Costa e Silva
(1967-1969), foi impedido de trabalhar no Brasil. Resolveu, então, mudar-se
para Paris e obteve do presidente Charles de Gaulle autorização para exercer
sua profissão na França. No ano seguinte, foi convidado a fazer o projeto da
sede da Editora Mondadori em Milão, na Itália, e, em 1969, projetou a
Universidade de Constantine, na Argélia.
Sua
primeira incursão no campo de mobiliário industrializado e comercializado
ocorreu em 1971, na França, quando lançou um modelo-base de poltrona. Nesse
mesmo ano, projetou a sede do Partido Comunista Francês, em Paris. No ano
seguinte, abriu seu escritório nos Champs Elysées, na capital francesa. Fez o
projeto da Bolsa do Trabalho de Bobigny e do Centro Cultural de Le Havre, na
França, e da Universidade de Argel, na Argélia. Três anos depois, projetou a
sede da Fata Engineering, na Itália, onde foi publicado seu livro Oscar
Niemeyer.
Enquanto isso, no Brasil, a política de distensão lenta e
gradual do governo do presidente Ernesto Geisel (1974-1979) possibilitou a reedição
da revista Módulo, que voltou a ser publicada em 1975. Nesse mesmo ano, mais uma
comenda internacional lhe foi concedida, ao ser nomeado Comendador da Ordem do
Infante D. Henrique, em Portugal.
Os novos rumos da política brasileira incentivaram-no a fundar,
em 1978, juntamente com um grupo de intelectuais e políticos, o Centro Brasil
Democrático (Cebrade), do qual foi eleito presidente. No ano seguinte, foi
agraciado com mais uma condecoração, ao receber o título de Oficial da Ordem da
Legião de Honra da França. Ainda em 1979, realizou-se no Centre Georges
Pompidou, em Paris, mostra retrospectiva de sua obra, intitulada Oscar Niemeyer, architecte, posteriormente levada ao Palazzo Grassi, em Veneza, e à
basílica de Saint Croce, em Florença, ambas na Itália.
Em março de 1979, o general João Batista de Oliveira
Figueiredo assumiu a presidência com a promessa de dar continuidade à abertura
política iniciada pelo general Ernesto Geisel. Em 28 de agosto, foi aprovada a
Lei de Anistia, que permitiu o retorno ao país de vários exilados políticos,
dentre os quais Luís Carlos Prestes e Leonel Brizola.
Com
o restabelecimento de eleições diretas para os governos estaduais e a eleição
do governador Leonel Brizola e seu vice, Darcy
Ribeiro, no Estado do Rio
de Janeiro, em novembro de 1982, Niemeyer foi convidado a projetar o
Sambódromo, que se tornaria o templo do carnaval carioca. Também sob inspiração
de Darcy
Ribeiro, projetou os Centros Integrados de Educação Pública (CIEPs), escolas em
tempo integral. No ano seguinte, realizou-se, no Museu de Arte Moderna (MAM) do
Rio, mais uma exposição retrospectiva de sua obra e, em Nova Iorque, no Salão
de Exposições da ONU, a mostra From
Aleijadinho to Niemeyer
(De Aleijadinho a Niemeyer), levada
depois para o Departamento de Arquitetura do Instituto Tecnológico do Estado de
Illinois.
Em
1985, com o fim dos governos militares, voltou a desenvolver projetos para
Brasília e, no mesmo ano, recebeu do governo brasileiro a condecoração de
Grande Oficial da Ordem do Rio Branco. Dois anos depois, projetou o Memorial da
América Latina, em São Paulo, e o edifício-sede do jornal L’Humanité,
em Paris. Na Itália, mais
uma exposição sobre sua obra, denominada Oscar
Niemeyer — architetto, foi
montada no Palazzo a Vela, em Turim, e levada depois para Bolonha e Pádua. Na
ocasião, foi lançado o livro de Lionello Puppi sobre o arquiteto brasileiro. Em
1988, recebeu o Prêmio Pritzker de Arquitetura, em Chicago e, no ano seguinte,
na Espanha, o Prêmio Príncipe de Astúrias das Artes, concedido pela Fundação
Principado de Astúrias. Na Inglaterra, foi nomeado membro honorário do Real
Instituto dos Arquitetos Britânicos.
Em 1990, juntamente com Luís Carlos Prestes, desligou-se do
Partido Comunista Brasileiro (PCB). Nesse ano, recebeu a Medalha do Colégio dos
Arquitetos de Catalunha (Espanha), em cerimônia realizada no MAM, no Rio de
Janeiro, e do Vaticano, o título de Cavaleiro Comendador da Ordem de São
Gregório Magno. Expôs sua obra na Sala Plaza Catalunya, na Fundación Caixa de
Barcelona (Espanha). A mostra foi levada depois para Londres e Turim. Na
ocasião, foi lançado o livro de Josep M. Botei, intitulado Oscar Niemeyer. No ano seguinte, projetou o Museu de Arte Contemporânea de
Niterói e o Parlamento da América Latina, em São Paulo.
Em 1996, projetou o Monumento Eldorado do Carajás — Memória,
doado ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), em homenagem às
vítimas do massacre de lavradores sem-terra nessa região do Pará. Ganhou o
Prêmio Leão de Ouro, da Bienal de Veneza, por ocasião da VI Mostra
Internacional de Arquitetura, e teve sua obra exposta no pavilhão do Brasil.
No
ano seguinte, iniciou os estudos para o Caminho Niemeyer, em Niterói, o Museu
de Arte Moderna de Brasília, a sede da empresa Tecnet — Tecnologia e o Paço
Municipal de Americana, em São Paulo. Em homenagem aos seus 90 anos, a Editora
Revan publicou o livro-álbum Museu
de Arte Contemporânea,
com fotos e desenhos deste seu projeto em Niterói.
Em 1998, recebeu mais honrarias internacionais, ao ser
agraciado com a Royal Gold Medal pelo Royal Institute of British Architects da Grã-Bretanha.
Projetou o Centro Cultural de Jacarepaguá para a Prefeitura do Rio de Janeiro e
iniciou os projetos do Centro Cultural de Santa Helena, no Paraná, do complexo
arquitetônico Memorial e do palácio legislativo Ulisses Guimarães, em Rio Claro
(SP), da Escola de Música Guiomar Novais, em São João da Boa Vista (SP), do
Memorial Darcy Ribeiro, no Sambódromo do Rio de Janeiro, do Memorial Maria
Aragão, em São Luís do Maranhão, e, no Rio Grande do Norte, do Presépio de
Natal, na capital do estado.
Em novembro de 2002, foi inaugurado o complexo que abriga o
Museu Oscar Niemeyer, na cidade de Curitiba. Ainda em 2002, foi concluída a 12ª
versão do projeto do Auditório Ibirapuera, projetado para o local desde 1952 e
cujas obras foram finalizadas em 2005. No ano seguinte, foi escolhido para
projetar seu primeiro edifício na Grã-Bretanha, o anexo da Serpentine Gallery.
No ano de 2006, concebeu, em Goiânia, um complexo denominado
Centro Cultural Oscar Niemeyer. Também foi convidado a elaborar o projeto
arquitetônico do novo centro administrativo do governo de Minas Gerais. No ano
seguinte, em que completou seu centenário, teve 35 obras tombadas pelo
Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), das quais 24
foram escolhidas pelo próprio Niemeyer. Ainda em 2007, recebeu o título de
Comendador da Ordem Nacional da Legião de Honra, a mais alta condecoração do
governo francês, pelo conjunto de sua obra. Dias depois, recebeu de Vladimir
Putin, presidente da Rússia, a condecoração da Ordem da Amizade. Foi escolhido
presidente de honra do Centro de Educação Popular e Pesquisas Econômicas e
Sociais (CEPPES), fundado por Luís Carlos Prestes. Neste mesmo ano, presenteou
Fidel Castro com uma escultura onde um homem, empunhando uma bandeira cubana,
se defende de uma figura monstruosa.
Casado com Anita Baldo desde 1928, ao final do curso
secundário, com quem teve uma filha. Em 2004, ficou viúvo e, em novembro de
2006, contraiu novas núpcias com Vera Lúcia Cabreira.
Além
das obras já citadas, publicou Minha
experiência em Brasília
(1961), com edições em
Moscou, Roma e Paris; As
curvas do tempo
(memórias, Rio, 1998); Meu
sósia e eu (1999);
Minha Arquitetura (2000);
em co-autoria com José Carlos Sussekind, uma coletânea das cartas trocadas
entre eles, de março de 2001 até o início de 2002, denominado Conversa
de Amigos – correspondência entre Oscar Niemeyer e José Carlos Sussekind (2002);
Sem Rodeios
(2006).
Sobre
o biografado foi publicado Oscar
Niemeyer,
escrito pelo jornalista Marcos Sá Correia, em 1996, 15º volume da coleção Perfis
do Rio. Também teve um
documentário sobre sua vida e obra chamado A
vida é um sopro.
Alan
Carneiro/Sabrina Guerghe
FONTES:
Encic. Larousse Cultural;
INF. FUND. OSCAR NIEMEYER; NIEMEYER, O. Curvas;
Portal G1 (13/12/2006); Agencia Efe – Portal Uol (12/12/2007); Último Segundo –
Portal IG (14/12/2007); Folha de São Paulo (15/12/2007); Folha Online (14 e
15/12/2007); IPHAN; Radio France Internacionale - RFI (30/1/2008).