ALMEIDA,
Osvaldo
*militar; const. 1987-1988; dep. fed. RJ 1987-1991.
Osvaldo Barreto de Almeida
nasceu em Campos (RJ), no dia 22 de outubro de 1933, filho de Manuel de Almeida
Ferreira e de Francisca Barreto de Almeida.
Iniciou
a carreira militar em 1953, ingressando na Academia Militar das Agulhas Negras
(AMAN), em Resende (RJ). Segundo-tenente em 1956, serviu na cidade de Alegrete
(RS) até o ano de 1957. Promovido a primeiro-tenente em 1958, cursou a Escola
de Educação Física do Exército, no Rio de Janeiro. Entre 1959 e 1961, foi
transferido para a 17ª Cavalaria, em Pirassununga (SP). De volta ao Rio de
Janeiro, em 1962, e designado para o 1º Batalhão de Carros de Combate, no ano
seguinte foi promovido a capitão e transferido para a cidade natal, só retornando
ao Rio de Janeiro em 1964, para servir no 1º Regimento de Cavalaria da Guarda.
Em 1966 passou a integrar a Comissão de Desportos do Exército.
Retornou a Campos em 1969, sendo promovido a major em 1971.
Professor de estudos de problemas brasileiros na Faculdade de Filosofia de
Campos de 1972 a 1973, saiu do Exército em 1974.
Entre 1974 e 1978 fundou e presidiu a Cooperativa de Crédito
dos Lavradores de Cana-de-Açúcar do Estado do Rio, a Associação Fluminense dos
Plantadores de Cana e a Cooperativa Mista dos Plantadores de Cana do Estado do
Rio de Janeiro.
Conhecido
como major Almeida, no pleito de novembro de 1986 elegeu-se deputado federal
constituinte na legenda do Partido Liberal (PL), sendo o segundo mais votado do
partido graças ao apoio dos agricultores e plantadores de cana-de-açúcar do
Norte Fluminense, especialmente de Campos e São João da Barra.
Titular
da Subcomissão de Saúde, Seguridade e Meio Ambiente, da Comissão da Ordem
Social, e integrante do chamado Centrão, bloco parlamentar de tendência
conservadora, votou a favor da nacionalização do subsolo, do mandado de
segurança coletivo, da pluralidade sindical e da legalização do jogo do bicho.
E contra a pena de morte, a legalização do aborto, a limitação do direito de
propriedade, a estatização do sistema financeiro, a limitação dos encargos da
dívida externa, o voto facultativo aos 16 anos, o presidencialismo,
a jornada semanal de 40 horas, o turno ininterrupto de seis horas, a
estabilidade no emprego, o aviso prévio proporcional, a criação de um fundo de
apoio à reforma agrária, a desapropriação da propriedade produtiva e a anistia
aos micro e pequenos empresários. Embora tenha assinado a emenda que previa um
mandato de cinco anos para o então presidente José Sarney, absteve-se de votá-la
no plenário.
Sem disputar a reeleição, retirou-se da Câmara dos Deputados
ao término da legislatura, em janeiro de 1991, dedicando-se às atividades de
empresário rural.
Osvaldo
Almeida graduou-se pela Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Cândido
Mendes e fez pós-graduação em economia na Fundação Getulio Vargas (FGV), no Rio
de Janeiro. Participou da Fundação Norte-Fluminense de Desenvolvimento Regional
e foi fundador e presidente da Cooperativa Central dos Fornecedores de Cana do
Brasil.
Casado com Maria José Ribeiro Gomes de Almeida, teve cinco
filhos.
FONTES: ASSEMB.
NAC. CONST. Repertório (1987); BELIDO, V. Política; COELHO, J.
& OLIVEIRA, A. Nova; ENTREV. BIOG.; Globo (17/2/87); Jornal
do Brasil (7/2/88).