RITZEL, Paulo
*dep. fed. RS 1995-1999.
Paulo Artur Ritzel nasceu em Novo Hamburgo (RS) no dia 9 de março de 1952,
filho de Eugênio Nélson Ritzel e de Dora Ritzel.
Logo
após ter concluído o curso de odontologia na Universidade Federal do Rio Grande
do Sul (UFRGS), em 1975, foi contratado pela mesma instituição para trabalhar
como cirurgião-dentista, função que exerceria por quase 20 anos.
Especializou-se em periodontia e foi representante do Conselho Regional de
Odontologia em sua cidade natal, entre 1978 e 1979.
Vinculado
à política partidária desde 1985, quando ingressou no Partido do Movimento
Democrático Brasileiro (PMDB), elegeu-se, no pleito de novembro de 1986,
deputado constituinte no Rio Grande do Sul. Empossado em fevereiro de 1987,
tornou-se vice-líder da bancada peemedebista na Assembléia Legislativa gaúcha,
porém, com sua eleição, em novembro de 1988, à prefeitura de Novo Hamburgo,
renunciou ao mandato de deputado estadual para, em janeiro de 1989, assumir o
novo cargo.
Ao longo de 1991, realizou curso de administração pública no
Parlamento alemão, em Berlim, e cumpriu missão oficial em Tóquio. Em dezembro de 1992, encerrou o mandato na prefeitura de Novo Hamburgo e tornou-se
primeiro-secretário da executiva estadual do PMDB no Rio Grande do Sul.
Em
outubro de 1994, foi vitorioso em mais uma eleição, desta vez para a Câmara dos
Deputados, tendo como base eleitoral a região de vale do rio dos Sinos.
Assumindo o mandato em fevereiro de 1995, tornou-se titular da Comissão de
Economia, Indústria e Comércio e suplente da Comissão de Finanças e Tributação
da Câmara Federal. Foi ainda membro e primeiro-vice-presidente da comissão
especial encarregada de analisar a proposta de prorrogação do Fundo Social de
Emergência, criado na legislatura anterior com o objetivo de financiar o plano
de estabilização econômica do governo, e da Comissão Mista de Planos,
Orçamentos Públicos e Fiscalização do Congresso Nacional.
Na votação das emendas constitucionais enviadas pelo governo
federal ao longo de 1995, pronunciou-se favoravelmente à abertura da navegação
de cabotagem às embarcações estrangeiras, à revisão do conceito de empresa
nacional, à abolição do monopólio estatal nas telecomunicações, na distribuição
do gás canalizado pelos governos estaduais e na exploração do petróleo, bem
como à prorrogação do Fundo Social de Emergência, rebatizado de Fundo de
Estabilização Fiscal.
No
início de 1996, tornou-se membro das comissões de Economia, Finanças e
Tributação e de Trabalho, Administração e Serviço Público. Em julho do mesmo
ano, manifestou-se a favor da instituição da Contribuição Provisória sobre
Movimentação Financeira (CPMF), tributo criado para aumentar a arrecadação do
Ministério da Saúde, no lugar do Imposto Provisório sobre Movimentação
Financeira (IPMF).
Após
concorrer, pelo PMDB, a uma nova gestão à frente da prefeitura de Novo
Hamburgo, na eleição realizada em outubro de 1996, quando foi derrotado pelo
candidato do Partido Democrático Trabalhista (PDT), José Aírton dos Santos, deu
continuidade ao seu mandato parlamentar, tendo integrado várias comissões
especiais criadas na Câmara. Incluindo-se entre os parlamentares que compunham
a base de sustentação do governo, foi favorável à emenda que, em fevereiro de
1997, instituiu a possibilidade de reeleição para prefeitos, governadores e
presidente da República. Todavia, nem sempre votou de acordo com os interesses
do Executivo, opondo-se ao destaque ao projeto de reforma administrativa do
governo que instituiu a possibilidade de demissão no serviço público por insuficiência
de desempenho ou por excesso de gastos com pessoal, votado em dezembro do mesmo
ano.
No
pleito de outubro de 1998, tentou reeleger-se deputado federal na legenda da
coligação formada pelo PMDB, o PFL, o Partido da Social Democracia Brasileira
(PSDB) e outras agremiações menores, mas obteve apenas uma suplência.
Permaneceu na Câmara até o final da legislatura, em janeiro de 1999, tendo
apoiado, em novembro do ano anterior, a criação de um teto para as
aposentadorias dos funcionários públicos e a instituição de um limite de idade
mínima e do tempo de contribuição como critérios de cálculo para a concessão de
aposentadorias no setor privado.
Em
2005, Paulo Ritzel, agora no PDT, disputou sem sucesso o cargo de prefeito de
Novo Hamburgo, nas eleições suplementares ordenadas pela Justiça Eleitoral, em
função da cassação dos registros
dos primeiros colocados nas eleições ocorridas
um ano antes.
De 2001 a 2003 dirigiu o Hospital Municipal de Novo Hamburgo.
Casou-se com Helena Ritzel, com quem teve duas filhas.
FONTES: CÂM. DEP. Deputados
brasileiros. Repertório (1995-1999); Folha de S. Paulo (31/1/95, 14/1/96,
30/1/97, 5/2, 29/9, 10/10 e 11/11/98); TRIB. REG. ELEIT. RS. Candidatos (1998); Portal Correio do Povo (http://www.correiodopovo.com.br; acessado em
29/11/2009); Portal de Novo Hamburgo (http://novohamburgo.org; acessado em
29/11/2009); Portal da Câmara Municipal de Novo Hamburgo (http://www.camaranh.rs.gov.br; acessado em
29/11/2009).