BORNHAUSEN, Paulo
*dep.
fed. SC 1995-1999 e 2007-2011; 2011-
Paulo
Roberto Barreto Bornhausen nasceu em Blumenau (SC) no dia 19 de
junho de 1963, filho de Jorge Konder Bornhausen e de Eudéa Barreto Bornhausen.
Seu pai foi governador de Santa Catarina (1979-1982), senador (1983-1986,
1987-1991), ministro da Educação (1986-1987), ministro-chefe da Secretaria de
Governo (1992), embaixador do Brasil em Portugal (1996-1998) e mais uma vez
senador (1999-2007).
Começou sua vida profissional como
escriturário do Banco do Estado de Santa Catarina (BESC) de 1982 a 1983. Em
1985, formou-se em direito pela Universidade Federal de Santa Catarina e
filiou-se ao Partido da Frente Liberal (PFL). Ingressando no Grupo Perdigão
como assistente de direção financeira, trabalhou em São Paulo em 1986, e em
seguida no Rio de Janeiro, de 1987 até 1988. Nesse período, foi também assessor
de diretoria da empresa Tecnicorp Distribuidora de Títulos e Valores
Mobiliários S.A. Retornou então a Florianópolis para assumir a vice-presidência
da Artplan Sul Prime Publicidade S.A. Na área de publicidade, passou a
dedicar-se especificamente a marketing político, participando de congressos e
seminários voltados para esse tema.
Em 1991, foi escolhido secretário-geral do PFL
em Florianópolis, cargo que ocuparia até 1993. Em 1992, tornou-se membro do
conselho do Instituto Friedrich Naumann em São Paulo, representante no Brasil
da Friedrich Naumann Stiftung, instituição com sede na Alemanha, financiadora
de projetos de capacitação na área socioeconômica, assessoria política e
formação sociopolítica visando à divulgação dos preceitos e políticas liberais.
De 1993 a 1994, foi locutor da Sociedade de Rádio Guarujá, em Florianópolis, e
presidente da Força Jovem do PFL.
Em outubro de 1994 foi eleito deputado
federal, recebendo a maior parte de sua votação na Grande Florianópolis e no
vale do Itajaí. Empossado em fevereiro de 1995, integrou no mesmo ano a
Comissão de Ciência, Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos
Deputados. Nas votações das emendas constitucionais propostas pelo governo
Fernando Henrique Cardoso em 1995, seguindo a orientação de seu partido, votou
a favor da quebra do monopólio dos estados na distribuição de gás canalizado,
da mudança no conceito de empresa nacional, da quebra do monopólio estatal das
telecomunicações, da prorrogação do Fundo Social de Emergência (FSE),
rebatizado de Fundo de Estabilização Fiscal (FEF), que permitia que o governo
gastasse 20% da arrecadação de impostos sem que as verbas ficassem
obrigatoriamente vinculadas aos setores de saúde e educação, e da quebra do
monopólio da Petrobras na exploração de petróleo. Absteve-se na votação da
quebra do monopólio das embarcações nacionais na navegação de cabotagem. Ainda
em 1995 foi membro do comitê especial para reformulação do sistema financeiro.
Em junho de 1996, votou contra a criação da
Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) — que substituiu o
Imposto Provisório sobre Movimentação Financeira (IPMF) —, taxação de 0,2%
sobre transações bancárias, criado como fonte complementar de recursos para a
saúde. Em janeiro/fevereiro de 1997, votou a favor da emenda da reeleição para
presidente da República, governadores e prefeitos. Em novembro, votou a favor
da quebra da estabilidade do servidor público, item da reforma administrativa.
Ainda nesse ano, participou do comitê empresarial permanente do Departamento de
Promoção Comercial do Itamaraty. No ano seguinte, participou do World Economic
Forum, em Davos, na Suíça. Também em 1998, foi autor da Lei 9.608, que
regulamentou o trabalho voluntário no Brasil.
Não disputou a reeleição em outubro de 1998,
mas concorreu, por decisão da família Bornhausen, a uma cadeira na Assembleia
Legislativa catarinense. Elegeu-se com 61.254 votos, a maior votação do estado.
Em novembro, votou a favor do teto de 1.200 reais para aposentadorias no setor
público e do estabelecimento de idade mínima e tempo de contribuição para o
setor privado, itens que definiram a reforma da Previdência.
Deixou a Câmara dos Deputados em janeiro de
1999 e no mês seguinte iniciou o mandato de deputado estadual. Na Assembleia
Legislativa de Santa Catarina, foi líder do governo Esperidião Amin até 2000.
No pleito de 2002, candidatou-se ao Senado na legenda do PFL, mas não foi
eleito. Deixou a Assembleia Legislatura em janeiro de 2003, no fim da
legislatura, e ainda nesse ano tornou-se presidente do Instituto Tancredo Neves
(ITN) de Santa Catarina, cargo que exerceu até 2006.
Em outubro de 2006, foi mais uma vez eleito
deputado federal por Santa Catarina, na legenda do Democratas (DEM) – partido
criado a partir da refundação do PFL. Obteve 98.863 votos, tendo sido o mais
votado do estado. Assumiu o novo mandato em fevereiro de 2007 e acumulou as
funções de vice-presidente nacional do DEM, de secretário-geral do DEM de Santa
Catarina e a presidência do partido em Florianópolis. Na Câmara, foi o
idealizador do movimento nacional “Xô CPMF”, que em dezembro de 2008 conseguiu
mobilizar parte da sociedade. Lançou, ainda, o movimento “Xô Imposto”, com o
objetivo de debater a questão dos impostos no Brasil e a proposta de reforma
tributária apresentada pelo governo federal ao Congresso Nacional.
Reelegeu-se no pleito de Outubro de 2010, como
o terceiro mais votado do estado, com 143.976 votos. Assumiu o novo mandato na
Câmara em Fevereiro de 2011. No mês seguinte, porém, licenciou-se do cargo para
assumir o cargo de Secretário do Desenvolvimento Econômico Sustentável de Santa
Catarina.
Em Outubro daquele ano, desfiliou-se do DEM e
filiou-se ao recém-fundado Partido Social Democrático (PSD). Retornou à Câmara
dos Deputados em Outubro de 2013, e, naquele mesmo mês, migrou para o Partido
Socialista Brasileiro (PSB), no qual disse ver o fortalecimento de uma terceira
via, referindo-se à possibilidade de candidatura própria do partido para a
presidência da República nas eleições do ano subsequente, cujo debate seria
polarizado entre PT e PSDB.
Casou-se com Isabela Althoff Bornhausen, com
quem teve dois filhos.
Bruno
Marques
FONTES:
CÂM. DEP. Deputados brasileiros.
Repertório (1995-1999); INF. BIOG.; Jornal
do Brasil (24/05/1998); Olho no
Congresso/Folha de S. Paulo (1995 e 1998); Portal da Câmara Municipal de Blumenau.
Disponível em: <http://www.camarablu.sc.gov.br> Acesso em 24/10/2009;
Portal da Câmara dos Deputados. Disponível em:
<http://www2.camara.leg.br>. Acesso em: 22/10/2009 e 28/02/2014; Portal Correio Braziliense. Disponível em:
<www.correiobraziliense.com.br/>. Acesso em 24/10/2009; Portal Diário Catarinense. Disponível em:
<www.stylofm.com.br/>. Acesso em 24/10/2009; Portal Folha de S. Paulo. Disponível em: <www.folha.uol.com.br/>.
Acesso em: 24/10/2009; Portal Pessoal de Paulo Bornhausen. Disponível em:
<www.paulobornhausen.com.br/>. Acesso em 24/10/2009; Portal da Revista
Época. Disponível em: <http:///www. http://epoca.globo.com/>. Acesso em
28/02/2014; Portal do Tribunal Superior Eleitoral. Disponível em:
<http://www.tse.jus.br/>. Acesso em 28/02/2014.