ROBERTO, Paulo
*const. 1987-1988; dep. fed. PA 1987-1991.
Paulo Roberto de Sousa Matos nasceu em Santarém (PA) no dia 17 de julho de 1944, filho de
João Otaviano de Matos Filho e Maria do Carmo de Sousa Matos.
Proprietário de uma rede de farmácias e de uma empresa de
serviços de terraplanagem, candidatou-se a vereador em Santarém em novembro de
1972 pela Aliança Renovadora Nacional (Arena), agremiação de sustentação ao
regime militar instalado no país em abril de 1964. Eleito, assumiu o mandato em
fevereiro do ano seguinte. Reeleito em novembro de 1976, iniciou novo mandato
em fevereiro de 1977, encerrado em janeiro de 1983.
Com a aprovação da Lei Orgânica dos partidos, que extinguiu o
bipartidarismo em dezembro de 1979, filiou-se ao Partido do Movimento Democrático
Brasileiro (PMDB). Nas eleições de novembro de 1982, concorreu a uma vaga na
Assembléia Legislativa do Pará. Eleito, assumiu em fevereiro de 1983,
permanecendo no cargo até o final do mandato em janeiro de 1987.
Nas
eleições de novembro de 1986, candidatou-se a deputado federal constituinte,
contando com o apoio do prefeito de Santarém, Ronaldo Campos. Eleito, assumiu
seu lugar na Assembléia Nacional Constituinte em fevereiro do ano seguinte. Foi
membro da Subcomissão dos Estados e da Comissão da Organização do Estado, e
suplente da Subcomissão de Orçamento e Fiscalização Financeira, da Comissão do
Sistema Tributário, Orçamento e Finanças. Votou favoravelmente às férias com
1/3 a mais de salário; ao aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, ao
mandado de segurança coletivo, ao direito de greve, à criminalização do aborto,
ao turno ininterrupto de seis horas, à proteção do emprego contra despedida sem
justa causa, ao presidencialismo, à limitação dos encargos da dívida externa, à
legalização do jogo do bicho, à desapropriação da propriedade produtiva e ao
mandato de cinco anos para o presidente José Sarney. Foi contrário à criação de
um fundo de apoio à reforma agrária, ao rompimento das relações diplomáticas
com países que desenvolvessem uma política de discriminação racial e à pena de
morte. Com a promulgação da Carta em 5 de outubro de 1988, voltou a participar
dos trabalhos legislativos ordinários da Câmara.
Em julho de 1989, deixou o PMDB para ingressar no Partido
Liberal (PL), sendo presidente do diretório regional da legenda no Pará. Não
concorreu à reeleição em outubro de 1990, deixando a Câmara dos Deputados em
janeiro de 1991, ao final da legislatura.
Em
janeiro de 1992, transferiu-se para o Partido da Frente Liberal (PFL) e assumiu
a Secretaria de Saneamento Básico da prefeitura de Belém durante a gestão de
Hélio Gueiros. Deixando a pasta em abril de 1994, Paulo Roberto foi empossado,
em novembro do mesmo ano, por indicação do prefeito, na administração regional
da ilha de Oteiro.
Coordenador da campanha vitoriosa de Lira Maia (PFL) ao cargo
de prefeito de Santarém, passou a ocupar, no início de 1997, a Secretaria de Governo da Prefeitura de Santarém.
No
pleito de outubro de 1998, candidatou-se a deputado federal pelo PFL, não
obtendo êxito.
Em setembro de 1999, passou a ocupar simultaneamente as
Secretarias de Governo e de Infra-Estrutura de Santarém.
Casou-se com Onélia Maria Vieira Matos, com quem teve nove filhos.
FONTES:
ASSEMB. NAC. CONST. Dados
(1987); COELHO, J. ; OLIVEIRA, A. Nova;
Correio Braziliense
(19/1/87); Folha de S. Paulo. (19/1/87);
INF. BIOG.; INF. FAM. Vítor Matos.