CASTELO, PLÁCIDO
CASTELO,
Plácido
*gov. CE 1967-1971.
Plácido Aderaldo Castelo
nasceu em Mombaça (CE), no dia 11 de janeiro de 1906.
Bacharelou-se em direito em 1930.
Dedicando-se à política, candidatou-se em outubro de 1934 a
deputado estadual na legenda da Liga Eleitoral Católica do Ceará, obtendo
apenas uma suplência. Foi posteriormente prefeito municipal de Fortaleza, tendo
estruturado, em colaboração com Ivo Familiar, as linhas básicas do Instituto de
Previdência do Estado do Ceará, do qual viria a ser o primeiro presidente em
exercício até 1944. Em dezembro do ano seguinte, foi eleito suplente de
deputado pelo Ceará à Assembléia Nacional Constituinte na legenda do Partido
Popular Sindicalista. Entre 1945 e 1950, foi procurador judicial do estado, e
em outubro desse ano obteve nova suplência de deputado estadual, dessa vez na
legenda do Partido Social Progressista (PSP). Nomeado secretário da Agricultura
no governo de Raul Barbosa (1951-1955), ocupou o cargo de 1951 a 1954, e, no
pleito de outubro desse ano, conseguiu afinal eleger-se deputado à Assembléia
Legislativa do Ceará na legenda do PSP. Assumindo o mandato em fevereiro de
1955, alcançou em outubro de 1958 a primeira suplência de deputado estadual na
legenda do mesmo partido e deixou a Assembléia em janeiro de 1959.
No pleito de outubro de 1962, reelegeu-se à Assembléia
cearense na legenda do PSP. Assumiu o mandato em fevereiro de 1963, e, com a
extinção dos partidos políticos pelo Ato Institucional nº 2 (27/10/1965) e a
posterior instauração do bipartidarismo, filiou-se ao partido governista, a
Aliança Renovadora Nacional (Arena).
Em setembro de 1966, por indicação do presidente da
República, Humberto Castelo Branco, foi eleito pela Assembléia Legislativa
estadual governador do Ceará. Sucedendo Virgílio Távora, assumiu o cargo em
janeiro do ano seguinte. Durante sua gestão, foi construída a estrada do
Algodão, que corta os principais municípios da região central do Ceará, criou o
Instituto Penal Paulo Sarasate e consolidou o sistema de telefonia por
microondas entre as principais cidades do estado. Deixando o governo em março
de 1971, foi substituído por César Cals e não ocupou mais qualquer cargo
público, permanecendo porém ligado à vida partidária e orientando seus
correligionários em momentos de crise.
Fundador
e primeiro diretor da Escola Normal Rural de Juazeiro do Norte (CE), foi ainda
promotor público, ministro do Tribunal de Contas do Ceará, professor da
Universidade Federal do estado e membro do Instituto do Ceará.
Faleceu em Fortaleza no dia 17 de junho de 1979, deixando 13
filhos.
Publicou Açudes, canais de irrigação, poços e outros
serviços contra as secas (1936), O barão de São Leonardo (1942),
Problemas agropecuários do Ceará (1957), História política do Ceará (1963)
e História do ensino no Ceará (1970).
FONTES:
Almanaque do Ceará (1955); GIRÃO, R. Ceará (1966); Grande
encic. Delta; Jornal do Brasil (18/6/79); SOUSA, M. Estudos; TRIB.
SUP. ELEIT. Dados (1, 2, 3, 4 e 6).