RIQUE, Ricardo
*dep. fed. PB 1995, 1996 e 1997-2007.
Ricardo
Feitosa Rique nasceu em Campina Grande (PB) no dia 9 de julho de
1954, filho de Newton Vieira Rique e de Janete Feitosa Rique. Seu pai,
banqueiro, líder político local filiado ao Partido Trabalhista Brasileiro
(PTB), era prefeito de Campina Grande quando foi cassado em junho de 1964 com
base no Ato Institucional nº. 1 (9/4/1964), editado após o movimento
político-militar de 31 de março desse ano que depôs o presidente João Goulart
(1961-1964).
Empresário,
em 1972, Ricardo Rique tornou-se vice-presidente nacional da Iguatemi
Empreendimentos no Rio de Janeiro. Iniciou seus estudos universitários em 1975
cursando economia na Faculdade Cândido Mendes, também no Rio, interrompendo-os
em 1978.
Ingressou
na vida política em 1988 filiando-se ao Partido do Movimento Democrático
Brasileiro (PMDB) na Paraíba, no qual se tornou membro do diretório estadual.
Nessa legenda concorreu, no pleito de outubro de 1990, a uma cadeira de
deputado federal pelo seu estado, não conseguindo se eleger. No pleito de
outubro de 1994 obteve a primeira suplência. No ano seguinte, com a saída do
deputado Roberto Paulino para ocupar a Secretaria de Articulação Municipal no
governo de seu estado, exerceu o mandato de 11 de maio a 10 de outubro. Na
Câmara dos Deputados integrou, como titular, a Comissão de Fiscalização
Financeira e Controle e, como suplente, a Comissão de Economia, Indústria e
Comércio. Participou ainda, como suplente, da comissão especial que tratava da
criação do Fundo Social de Emergência (FSE). Em 1996, com a licença do deputado
Enivaldo Ribeiro, reassumiu o mandato em 6 de agosto, tornando-se titular da
Comissão de Economia, Indústria e Comércio. Permaneceu na Câmara até 5 de
dezembro seguinte, quando retornou o titular.
Com a
eleição do deputado Cássio Cunha Lima para a prefeitura de Campina Grande em
outubro de 1996, Ricardo Rique assumiu sua cadeira e foi efetivado na Câmara
dos Deputados em 1º de janeiro de 1997. Ainda nesse mês, votou a favor do
projeto de emenda constitucional que permitia aos ocupantes do Poder Executivo
concorrerem à reeleição, ratificando seu voto no mês seguinte, quando a emenda
foi aprovada no segundo turno de votação na Câmara. Em novembro desse ano,
também votou a favor do projeto de reforma administrativa do governo que
quebrou a estabilidade do servidor público.
Em missão
oficial, nessa mesma legislatura, foi enviado como representante da Câmara dos
Deputados ao Congresso Mundial de Mineração realizado em Acapulco, no México,
em 1997. Em 1997 e 1998, também foi o vice-líder na Câmara do bloco
PMDB/Partido Socialista Democrata (PSD)/Partido Socialista Liberal (PSL).
No pleito
de outubro de 1998 obteve um novo mandato de deputado federal na legenda da
coligação comandada pelo PMDB. No início do mês seguinte, votou a favor do
projeto governista de reforma da Previdência que fixou um valor máximo para
aposentadorias no setor público, bem como a idade mínima e o tempo de contribuição
no setor privado. Iniciou novo período legislativo na Câmara dos Deputados em
fevereiro de 1999. Ainda nesse ano, ingressou no Partido da Social Democracia
Brasileira (PSDB).
Na
legislatura 1999-2003, integrou como titular as comissões permanentes da
Amazônia e Desenvolvimento Regional; a de Defesa do Consumidor, Meio Ambiente e
Minorias; a de Economia, Indústria e Comércio; e a de Viação e Transportes (da
qual também foi o segundo-vice-presidente). Como suplente, participou das
comissões permanentes de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática, de
Constituição e Justiça e de Redação, e de Desenvolvimento Urbano e Interior; e
ainda, tanto como membro titular quanto suplente, integrou a de Minas e
Energia. Em 2000 e 2001, foi o vice-líder na Câmara do bloco PSDB/PTB.
Em missão
oficial, ainda nessa mesma legislatura, foi enviado como representante da
Câmara dos Deputados à Conferência Internacional do Trabalho realizada na
cidade de Genebra, na Suíça, em 2001; e, ainda, viajou em missão de estudo e
visita ao Parlamento e à Comissão de Justiça em Roma, na Itália, em 2002.
Nas
eleições realizadas em outubro de 2002, tentou a reeleição para a Câmara ainda
na legenda do PSDB, porém obteve apenas uma suplência. No ano seguinte,
transferiu-se para o Partido Liberal (PL), sua nova agremiação política.
Na
legislatura 2003-2007, assumiu como suplente o mandato de deputado federal de
fevereiro de 2003 a fevereiro de 2005, de fevereiro de 2005 a março de 2006, e
de julho a novembro de 2006. Nessa mesma legislatura, como titular, participou
das comissões permanentes de Fiscalização Financeira e Controle e, como membro
titular e também suplente, das comissões permanentes de Relações Exteriores e
de Defesa Nacional, e de Trabalho, Administração e Serviço Público.
Ainda
nessa mesma legislatura foi enviado, em missão oficial, como representante da
Câmara dos Deputados às reuniões da Conferência Internacional do Trabalho
realizadas em Genebra, na Suíça, em 2003 e 2004; e também fez parte, em 2004,
da comitiva presidencial de Lula da Silva em viagem à República Popular da
China.
Em maio
de 2006, o seu nome foi envolvido com a chamada “máfia das ambulâncias”, quando
a Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação Sanguessuga e desmontou um esquema
que fraudava licitações públicas para a compra de ambulâncias e equipamentos
hospitalares. Em levantamento efetuado pelo jornal Folha de S. Paulo
(30/6/2006), foi apontado como suspeito por ter dobrado de patrimônio em quatro
anos, conforme sua declaração de bens entregue à Justiça Eleitoral após ser
notificado pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigava o caso:
de acordo com a reportagem, seria o segundo parlamentar considerado mais rico
já que, à época, dentre ações e propriedades, possuía um montante estimado em
34,6 milhões de reais.
Em agosto
de 2009, sua ex-assessora parlamentar Teresa Norma Rolim Félix foi condenada
pelos crimes de formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro
a pouco mais de três anos de prisão, integrando o grupo dos primeiros
condenados por envolvimento com a “máfia das sanguessugas”. A pena de restrição
de liberdade acabou sendo substituída pela prestação de serviços e pagamento de
500 reais mensais, pelo mesmo período, para a creche Padre Emílio, em Cuiabá,
além do pagamento de uma multa no valor de 12 mil reais por danos morais à
União.
Afastou-se
da política e passou a viver no Rio de Janeiro.
Foi ainda
empresário acionista do Shopping Iguatemi, além de diretor-presidente da
empresa Rio Shopping Empreendimentos e Participações Ltda.
Foi
casado com Maria Cristina Lima Rique, com quem teve dois filhos. Em segundas
núpcias, também foi casado com a ex-atriz e designer de jóias Kristhell
Byancco, com quem também teve dois filhos.
Arnaldo Marques
(atualização)
FONTES: CÂMARA
DOS DEPUTADOS. Deputados brasileiros. Repertório (1995-1999, 1999-2003 e 2003-2007); Jornal de Brasília (30/06/2008);
Jornal Diário de Cuiabá (06/06/2009);
Jornal do Estado de S. Paulo (28/11/1997);
Jornal Folha de S. Paulo (29/09/1998,
06/11/1998 e 30/06/2006); Jornal O Globo (29/01/1997, 26/02/1997 e 10/10/1998); História da Paraíba em
fascículos; TRIB. REG. ELEIT. PB. Relação (1998); Portal do jornal Folha de S. Paulo 05/06/2009. Disponível
em: http://www.folha.uol.com.br/.
Acesso em 05/06/2009; Portal do jornal O
Globo. Disponível em: <http://www.globo.com>. Acesso em 19/07/2013;
Portal do jornal Paraíba On-line.
Disponível em: http://www.paraibaonline.com.br.
Acesso em 30/10/2009; Portal do jornal Primeira Hora. Disponível em: <http://www.primeirahora.com.br/home>.
Acesso em 7//08/2009; Portal da Revista Veja.
Disponível em: <http://veja.abril.com.br>. Acesso em 19/07/2013.