MACARI,
Rivaldo
*dep. fed. SC 1995-1996.
Rivaldo Antônio Macari nasceu
no Rio de Janeiro, então Distrito Federal, no dia 27 de agosto de 1951, filho
de João Gabriel Macari e Maria de Jesus Cavalcanti Macari.
Transferindo-se para Santa Catarina, iniciou suas atividades
partidárias em 1969, quando ingressou no Movimento Democrático Brasileiro
(MDB), partido de oposição ao regime militar instalado no país em abril de
1964. Bacharel em direito pela Universidade Federal de Santa Catarina, em 1974,
tornou-se promotor público na capital em 1978, função que exerceria até 1990.
Em 1980, após o fim do bipartidarismo (27/11/1979), ingressou
no Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), sucessor do MDB,
tornando-se, em 1981, membro do diretório municipal em Urussanga (SC).
Leiloeiro
rural da Federação de Agricultura de Santa Catarina entre 1982 e 1985, neste
último ano tornou-se secretário do Sindicato Nacional dos Leiloeiros Rurais,
entidade sediada em São Paulo. Deixou o cargo em 1986 e em novembro desse ano
candidatou-se, na legenda do PMDB, a uma vaga na Assembléia Constituinte de
Santa Catarina. Eleito, foi empossado em fevereiro de 1987, passando a integrar
no mesmo ano as comissões de Finanças e Tributação e de Redação de Leis. No ano
seguinte, ingressou no diretório estadual do PMDB, órgão no qual permaneceria
até 1995.
Ainda em 1988, interrompeu os trabalhos legislativos para
assumir, a convite do governador Pedro Ivo de Campos (1987-1990), a Secretaria
de Segurança Pública. Em janeiro de 1990, quando o vice-governador Casildo
Maldaner já havia assumido interinamente o governo do estado em decorrência dos
problemas de saúde de Pedro Ivo, Rivaldo Macari deixou a Secretaria de
Segurança para concorrer a mais um mandato de deputado estadual, sempre no
PMDB. Reeleito no pleito de outubro seguinte, assumiu uma cadeira na Assembléia
Legislativa em fevereiro de 1991, cumprindo o mandato até janeiro de 1995. Ao
longo dessa segunda legislatura, voltou a integrar as comissões de Finanças e
Tributação e de Redação de Leis.
Em outubro de 1994, tendo por reduto eleitoral o planalto
serrano e o sul do estado, concorreu à Câmara dos Deputados, na legenda do
PMDB, obtendo uma suplência.
Assumiu
o mandato em 14 de fevereiro de 1995, no lugar do deputado Dejandir
Dalpasquale, nomeado para a Secretaria de Desenvolvimento Rural e Agricultura
de Santa Catarina pelo governador Paulo Afonso Vieira (1995-1999). Nas votações
das emendas constitucionais propostas pelo governo Fernando Henrique Cardoso em
1995, seguindo a orientação do seu partido, votou a favor da mudança no
conceito de empresa nacional; da prorrogação do Fundo Social de Emergência
(FSE), rebatizado de Fundo de Estabilização Fiscal (FEF), que permitia que o
governo gastasse 20% da arrecadação de impostos sem que estas verbas ficassem
obrigatoriamente vinculadas aos setores de saúde e educação; da quebra dos
monopólios estatal das telecomunicações, das embarcações nacionais na navegação
de cabotagem, dos estados na distribuição de gás canalizado e da Petrobras na
exploração de petróleo.
Nesse
mesmo ano, integrou a Comissão de Minas e Energia e as comissões especiais que
debateram o monopólio do petróleo e o código aduaneiro do Mercado Comum do Sul
(Mercosul).
Em
1996 participou dos trabalhos das comissões especiais que analisaram os
projetos de reforma constitucional relativos ao mandato parlamentar dos vices e
a inelegibilidade de parentes de ocupantes de cargos executivos. Integrou
também a comissão especial que debateu o Projeto de Lei nº 464/95, sobre os
critérios de proteção e integração social dos portadores de deficiência física.
Em julho de 1996 licenciou-se das atividades parlamentares, sendo sua vaga
ocupada pelo quarto suplente Ulisses Gaboardi. Retornou à Câmara em novembro de
1996. No mês seguinte, com a volta do titular, Neuto de Conto, Rivaldo Macari
afastou-se da vida pública e passou a se dedicar exclusivamente às suas
atividades de pecuarista.
Retornou
às atividades políticas alguns anos depois, quando, em 2004, candidatou-se,
pelo PMDB, à prefeitura de Bom Jardim da Serra(SC), tendo derrotado o então
prefeito e sido eleito em 1° turno. Em 2008, foi reeleito.
Casou-se com Cleusa Margarete Rodrigues Macari, com quem teve
três filhos.
FONTES: CÂM. DEP. Deputados
brasileiros. Repertório (1995-1999); CÂM. DEP. Relação de suplentes;
Folha de S. Paulo (31/1/95 e 14/1/96); INF. BIOG.; TRE-SC.