RODRIGUES, Luís Alberto
*const. 1987-1988;
dep. fed. MG 1987-1991.
Luís Alberto Rodrigues nasceu
em Morrinhos (GO) no dia 26 de julho de 1950, filho do motorista Mário
Rodrigues Filho e de Isabel Matias Rodrigues.
Fez o secundário no Colégio Estadual de Belo Horizonte. Em
1972, iniciou o curso de engenharia na Universidade Federal de Uberlândia,
cidade mineira onde elegeu-se vereador na legenda do Movimento Democrático
Brasileiro (MDB), partido de oposição ao regime militar instaurado no país em
abril de 1964, no pleito de novembro de 1976. Nesse mesmo ano graduou-se como
engenheiro.
Empossado na Câmara Municipal de Uberlândia em janeiro de
1977, em novembro do ano seguinte, novamente na legenda do MDB, concorreu com
êxito a uma vaga de deputado estadual em Minas Gerais. Com isso, renunciou ao mandato de vereador em janeiro de 1979, passando a
ocupar uma cadeira na Assembléia Legislativa mineira em fevereiro do mesmo ano,
logo assumindo a presidência da Comissão de Serviço Público, função que
exerceria durante toda a legislatura.
Com
a aprovação do fim do bipartidarismo pelo Congresso Nacional em 21 de novembro
de 1979, Luís Alberto Rodrigues foi um dos fundadores, em Minas Gerais, do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), criado em substituição
ao antigo MDB. Na nova agremiação, assumiu as funções de tesoureiro da Comissão
Executiva Estadual do partido em Minas Gerais e uma das vice-lideranças da bancada peemedebista no Legislativo estadual em 1980, onde também presidiu,
neste mesmo ano, a Comissão de Siderurgia e Mineração.
Reeleito deputado estadual nas eleições de novembro de 1982,
tomou parte nos trabalhos legislativos iniciados em fevereiro seguinte como
presidente das comissões de Serviço Público e de Energia, Minas e Metalurgia e
como primeiro vice-presidente da mesa da Assembléia (1983-1984). Em 1985
licenciou-se do mandato para assumir a Secretaria de Planejamento e Coordenação
Geral do Estado de Minas Gerais no governo de Hélio Garcia (1984-1987). Por
força do cargo, foi presidente do conselho curador da Fundação João Pinheiro e
do conselho de administração do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais.
Permaneceu
como secretário até meados de 1986, quando desincompatibilizou-se do cargo para
disputar uma cadeira de deputado federal constituinte na legenda do PMDB
mineiro no pleito de novembro. Eleito, tomou posse em fevereiro de 1987, logo
assumindo a presidência da Subcomissão dos Municípios e Regiões, da Comissão da
Organização do Estado da Assembléia Nacional Constituinte (ANC).
Como
constituinte, Rodrigues votou a favor da legalização do aborto, da manutenção
da unicidade sindical, da instituição do voto facultativo aos 16 anos e da
possibilidade de desapropriação da propriedade produtiva; foi contrário à
adoção da pena de morte, à jornada semanal de 40 horas, à estatização do
sistema financeiro, à limitação do direito de propriedade privada e à
manutenção do presidencialismo. Por fim, absteve-se de votar as emendas
referentes à limitação dos juros reais em 12% ao ano e ao mandato do presidente
José Sarney.
Promulgada a Carta Constitucional em 5 de outubro de 1988,
integrou-se aos trabalhos da legislatura ordinária como membro titular das
comissões de Finanças e de Minas e Energia e como suplente da Comissão de
Relações Exteriores. Luís Alberto Rodrigues deixou a Câmara Federal em janeiro
de 1991, ao término da legislatura, depois de ter concorrido, sem sucesso, à
reeleição em outubro do ano anterior pela legenda do PMDB.
Em
março seguinte, assumiu a Secretaria de Minas e Energia na segunda passagem de
Hélio Garcia (1991-1994) à frente do Executivo mineiro. Permaneceu no cargo até
abril de 1994, quando transferiu-se para a secretaria de Assuntos Municipais,
pela qual respondeu até o final do ano. Em janeiro de 1995, o governador
Eduardo Azeredo (1995-1998), recém-empossado na chefia do governo mineiro,
nomeou-o vice-presidente do Banco do Estado de Minas Gerais (Bemge). Deixou o
Bemge em abril de 1998, quando desincompatibilizou-se para disputar sem
sucesso, em outubro, uma cadeira de deputado federal pela legenda do Partido da
Social Democracia Brasileira (PSDB).
Filiou-se ao Partido Popular Socialista (PPS) e tornou-se
membro da executiva estadual de Minas.
Casou-se com Ana Lúcia Correia Rodrigues, com quem teve dois
filhos.
FONTES: ASSEMB. LEGISL.
MG. Dicionário biográfico; ASSEMB. NAC. CONST. Repertório (1987-1991);
CÂM. DEP. Deputados brasileiros. Repertório (1991-1995); INF. BIOG.;
Portal do PPS-MG.