BRAGA, SÍLVIO
BRAGA,
Sílvio
*dep. fed. PA 1959-1964.
Sílvio Leopoldo de Macambira Braga nasceu em Belém no dia 31 de maio de 1916, filho de José
Antunes de Vasconcelos Braga e de Sílvia Augusta de Macambira Braga.
Iniciou o curso secundário no Colégio Pedro II, no Rio de
Janeiro, então Distrito Federal, concluindo-o no Colégio Nossa Senhora de
Nazaré, em sua cidade natal. Bacharelou-se em ciências jurídicas e sociais pela
Faculdade de Direito do Pará em 1946.
Em janeiro de 1947, elegeu-se deputado à Assembléia
Constituinte do Pará na legenda do Partido Social Democrático (PSD), tomando
posse em março do mesmo ano. Reelegeu-se deputado estadual em outubro de 1950,
dessa vez na legenda da Coligação Democrática Paraense, formada pela União
Democrática Nacional (UDN), o Partido Social Progressista (PSP), o Partido
Social Trabalhista (PST) e o Partido Libertador (PL), exercendo o mandato até
janeiro de 1955, quando foi nomeado diretor do Banco de Crédito da Amazônia,
cargo que ocupou até 1958.
Eleito
em outubro de 1958 deputado federal por seu estado na legenda do PSP, assumiu
sua cadeira na Câmara dos Deputados em fevereiro de 1959, licenciando-se do banco.
Reelegeu-se em 1962, endossando durante a campanha eleitoral as teses da Frente
Parlamentar Nacionalista, grupo interpartidário criado entre 1955 e 1956, cujas
metas eram o combate ao capital estrangeiro e defesa de uma política
desenvolvimentista. Pautou sua atividade parlamentar pela defesa de teses
nacionalistas, dedicando-se sobretudo à luta pelo monopólio estatal da
borracha e à denúncia da atuação dos trustes estrangeiros na Amazônia,
tendo integrado a Comissão de Economia e de Valorização da Amazônia na Câmara
Federal.
Sílvio Braga não pôde concluir seu último mandato como
deputado federal, pois foi cassado em 10 de abril de 1964 na primeira lista de
punidos pelo Ato Institucional nº 1, baixado na véspera pela junta militar
instituída após a deposição do presidente João Goulart, em 31 de março desse
ano. Após ser alijado da vida política nacional, em 1966 voltou para o Banco da
Amazônia, exercendo as atividades de consultor jurídico. Aposentado, continuou
dedicando-se à advocacia, no seu escritório particular em Brasília.
Com a extinção do bipartidarismo em 29 de novembro de 1979 e
a conseqüente reformulação partidária, filiou-se ao Partido Democrático Social
(PDS) e nessa legenda concorreu a uma cadeira na Câmara dos Deputados pelo
estado do Pará, no pleito de novembro de 1982, obtendo apenas uma suplência. No
ano seguinte, em dezembro tornou-se assessor parlamentar do ministro da
Previdência, Jarbas Passarinho, cargo que ocupou até dezembro de 1983.
Faleceu em Brasília no dia 27 de novembro de 1995.
Era casado com Lucimar Silvana Melo Braga, com quem teve
quatro filhas.
Além
de diversos discursos parlamentares publicou: O problema da terra na
Constituinte paraense (1947), Borracha: uma experiência social
(1947), Centenário de Santarém (1948), Hidrelétrica do Curaúna
(1952), Porto de Santarém (1952), Ligação Cuiabá-Santarém (1953),
Borracha (1960) e Monopólio estatal da borracha, Contra a
liberação das importações de borracha, O falso monopólio da borracha
e Reforma agrária — imperativo social.
FONTES: ARQ. DEP.
PESQ. JORNAL DO BRASIL; CÂM. DEP. Deputados; CÂM. DEP. Deputados
brasileiros (1946-1967); CÂM. DEP. Deputados brasileiros. Repertório
(1963-1967); COUTINHO, A. Brasil; Estado de S. Paulo (5/9/62); Jornal
do Brasil (7/4/74); ROQUE, C. Grande.