VIANA,
Evandro Mendes
*sen. MA 1948-1951.
Evandro Mendes Viana nasceu
em São Luís no dia 21 de agosto de 1907, filho de Godofredo Mendes Viana e de
Joviliana de Sousa Barreto Mendes Viana. Seu pai foi senador pelo Maranhão e
presidente desse estado de 1922 a 1926. Seu irmão, Antônio Barreto Mendes
Viana, foi embaixador do Brasil na França, de 1964 a 1966, e no Chile, de 1966
a 1967.
Depois de fazer seus estudos primários e secundários no
Maranhão, transferiu-se para o Rio de Janeiro, então Distrito Federal,
ingressando na Faculdade Nacional de Direito. Ainda estudante, tornou-se
revisor de debates do Senado em 1928. Em 1930, além de diplomar-se em técnico
de administração, bacharelou-se em ciências jurídicas e sociais.
Após
a Revolução de 1930, foi nomeado em 1932, pelo presidente do estado de Minas
Gerais, Olegário Maciel, prefeito de Tiradentes (MG), tendo exercido esse cargo
até o ano seguinte. Em 1934 foi nomeado inspetor do ensino secundário do
Distrito Federal, cargo que exerceu, a partir de abril de 1935, simultaneamente
ao de auxiliar de anais do Senado. Deixando a Inspetoria de Ensino em 1937, foi
designado para o Departamento de Propaganda e Difusão Cultural, onde atuou como
secretário do diretor-geral, Lourival Fontes. Promovido em 1940, por decreto
presidencial, a oficial administrativo classe K, tornou-se em 1942 secretário
do diretor do Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), major Antônio José
Coelho dos Reis. Chegando à classe L em sua carreira de oficial administrativo
em 1943, foi nomeado dois anos depois diretor do Serviço de Administração do
Senado.
Após
a extinção do Estado Novo (1937-1945), foi promovido em outubro de 1946 a oficial
do Legislativo, classe M, por ato da Assembléia Nacional Constituinte,
instalada em fevereiro daquele ano. Ainda em outubro foi nomeado secretário da
Comissão de Finanças do Senado. Na eleição suplementar de janeiro de 1947
elegeu-se suplente de senador pelo Maranhão, na legenda do Partido Proletário
do Brasil (PPB), na chapa encabeçada por José Neiva de Sousa. Passando para a
classe N em 1948, em julho desse mesmo ano ocupou uma cadeira no Senado,
substituindo o titular, afastado por motivo de doença. Assumiu então a
presidência da Comissão de Educação e Cultura e tornou-se membro da Comissão de
Constituição e Justiça. Promovido à classe O em 1950, foi, ainda nesse ano,
indicado para a Comissão de Orçamento do Senado e reclassificado no padrão
PL-Z. Em janeiro de 1951 deixou sua cadeira no Senado, reassumindo suas funções
administrativas na mesma casa. Em 1955 foi nomeado titular da diretoria de
comissões e integrante da banca examinadora do concurso para motorista do
Senado. No ano seguinte tornou-se membro da banca examinadora do concurso para
assessor legislativo nos setores de economia, transportes e viação.
Durante o governo de Juscelino Kubitschek (1956-1961), em
1959, foi nomeado vice-diretor da Diretoria Geral Legislativa, sendo promovido
nesse mesmo ano a diretor de divisão padrão PL-I. Nesse cargo integrou, como
representante do Senado, a Comissão das Solenidades de Instalação do Governo
Federal em Brasília. Em abril de 1960, já na nova capital federal, foi
designado para substituir interinamente o diretor da secretaria geral do
Senado, Luís Nabuco, tornando-se em maio seguinte titular do cargo.
Em
1962 foi designado presidente da comissão de orçamento encarregada de receber
as propostas apresentadas por firmas do estado da Guanabara para fornecimento
de extintores de incêndio, e membro da comissão de classificação de cargos da
secretaria do Senado. No ano seguinte presidiu a comissão incumbida de proceder
à realização de provas psicotécnicas para motoristas e guardas de segurança do
Senado e em 1970 tornou-se presidente da comissão de recebimento de propostas
relativas à concorrência pública para a construção do anexo II do Senado. Em
1972 foi designado vice-presidente da comissão permanente de licitações do
Senado e presidente da banca examinadora do teste de seleção pública para as
funções de mecanógrafo e de auxiliar de plenário e da comissão de estudo do
anteprojeto de lei destinado a alterar o quadro de pessoal do Senado. Em 1974
passou a integrar o conselho de supervisão do Centro de Processamento de Dados
do Senado (Prodasen).
Exerceu
suas atividades como funcionário do Senado até 1977, ano em que se aposentou.
Faleceu no Rio de Janeiro no dia 3 de janeiro de 1988.
Era casado com Otília Newlands Mendes Viana, com quem teve
duas filhas.
FONTES: Congresso
(1948); COUTINHO, A. Brasil; HIRSCHOWICZ, E. Contemporâneos; INF.
Márcia Mendes Viana; SENADO. Dados; SENADO. Relação; TRIB. SUP.
ELEIT. Dados (1).