TARTUCE,
Wigberto
*dep. fed. 1995-1999; 1999-2003.
Wigberto Ferreira Tartuce
nasceu em Rio Verde (GO) no dia 16 de março de 1947, filho de Valdomiro Tartuce
e de Diná Ferreira Tartuce.
Economista formado pela Associação de Ensino Unificado do
Distrito Federal (1975), fez o curso de matemática aplicada à construção civil
em Brasília (1977), concluindo seu aprendizado na Universidade do Sul da
Califórnia, nos Estados Unidos (1979). Formou-se também em marketing
imobiliário em São Paulo (1983).
Presidente
da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Distrito
Federal (1984) e vice-presidente da Associação Comercial do Distrito Federal
(1987-1988), mantinha um programa na Rádio Atividade no Distrito Federal.
Diretor da Construtora Encol, em 1990 fundou a sua própria empresa, a Tartuce
Construtora e Incorporadora, uma das maiores firmas do ramo em Brasília. Participou ainda de programas na Rádio Mania, do Distrito Federal, e da Rádio
Atividade, de Goiás.
Com
a popularidade obtida junto ao público de baixa renda, em outubro de 1994
elegeu-se deputado federal pela legenda do Partido Progressista (PP).
Presidente da Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público
(1995-1998), transferiu-se em agosto de 1995 para o Partido Progressista
Brasileiro (PPB), resultado da fusão do PP com o Partido Progressista
Reformador (PPR). Integrando a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre
direitos autorais, no tocante às emendas constitucionais propostas pelo governo
Fernando Henrique Cardoso ao longo da legislatura, votou a favor da quebra do
monopólio estatal nos setores de telecomunicações, exploração de petróleo,
distribuição de gás canalizado e navegação de cabotagem; da mudança no conceito
de empresa nacional; da prorrogação do Fundo Social de Emergência (FSE),
rebatizado de Fundo de Estabilização Fiscal (FEF), que permitia ao governo
gastar até 20% dos recursos vinculados às áreas de saúde e de educação.
Em 1996, já como vice-líder do bloco PPB-Partido Liberal (PL)
e titular da Comissão de Defesa do Consumidor, Meio Ambiente e Minorias, na
Câmara dos Deputados, e da Comissão de Representação do Congresso, votou a
favor da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), que
substituiu o Imposto Provisório sobre Movimentação Financeira (IPMF), fonte
suplementar de recursos destinados à saúde.
Dono de um patrimônio calculado em cem milhões de reais, em
dezembro de 1996 envolveu-se, de acordo com matéria publicada no Jornal do
Brasil, num escândalo sobre desvio de verbas da Câmara para pagar os
empregados de sua mansão de três mil metros quadrados, localizada numa chácara
no Lago Sul, bairro nobre da capital.
Vice-líder do PPB e titular da Comissão de Ciência e
Tecnologia, em 1997 assumiu posição contrária à emenda que previa a reeleição
de presidente da República, governadores e prefeitos. Em fevereiro, porém,
votou a favor da proposta. Dado o empenho com que a presidência do partido
havia conduzido a questão, a atitude de Tartuce e de outros parlamentares
considerados “vira-casacas” tornou-se insustentável, e eles chegaram a ser
repudiados publicamente por Paulo Maluf. Considerado um dos mais fiéis aliados
do governo, Wigberto Tartuce declarou que mesmo sendo filiado ao PPB era mais
Fernando Henrique Cardoso do que “malufista”.
Em
novembro de 1997 apoiou a quebra da estabilidade do servidor público, item da
reforma administrativa. Titular da Comissão de Ciência e Tecnologia,
Comunicação e Informática, apesar do nome da sua empresa constar do cadastro de
inadimplentes da Receita Federal, o que o tornaria inelegível, mesmo assim
candidatou-se e em outubro de 1998 conseguiu ser reeleito com 96.404 votos — o
mais votado do PPB no Distrito Federal. Tartuce alegara estar afastado da
administração dos negócios.
Em
novembro votou a favor do teto de 1.200 reais, para as aposentadorias no setor
público, e dos critérios de idade mínima e tempo de contribuição, para os
trabalhadores do setor privado, itens fundamentais da reforma da previdência.
Tendo assumido o novo mandato em 1º de fevereiro de 1999,
licenciou-se no dia 18, indo ocupar a Secretaria de Trabalho, Emprego e Renda
do Distrito Federal, no governo de Joaquim Roriz (1999-). Substituiu-o o
suplente Alberto Fraga, do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB).
Esteve à frente da Secretaria até fevereiro de 2000, voltando a exercer o cargo
do dia 16 desse mesmo mês até 4 de abril de 2000 quando reassumiu a cadeira na
Câmara dos Deputados.
Nessa legislatura presidiu a Comissão de Trabalho,
Administração e Serviço Público e participou da Comissão Representativa do
Congresso Nacional e das comissões de Comunicação e Informática, de Defesa do
Consumidor, Meio Ambiente e Minorias e de Fiscalização Financeira e Controle.
No pleito de outubro de 2002, foi eleito deputado distrital
na legenda do PMDB. Em 1º de janeiro de 2003 renunciou ao mandato de deputado
federal para assumir uma cadeira na Câmara Legislativa do Distrito Federal
(CLDF). Em outubro de 2006, concorreu à reeleição, obteve uma suplência. Deixou
a CLDF em janeiro de 2007, ao final da legislatura.
FONTES:
CÂM. DEP. Deputados brasileiros. Repertório (1995-1999 e 1999-2003); Estado
de S. Paulo (1/3/98); Folha de S. Paulo (29/1/97); Globo
(15/3/98); Jornal do Brasil (3/12/96, 26/1/97); http://www.cl.df.gov.br/cldf/parlamentares/paginas/deputado-vigao
acesso em 5/7/09; http://www.tse.gov.br/internet/eleicoes/2006/result_blank.htm
acesso em 5/7/09.