CONSELHO NACIONAL
DE DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO (CNPq)
Órgão criado em 15 de janeiro de 1951 pela Lei nº 1.310 com o
nome de Conselho Nacional de Pesquisas, no intuito de “promover e estimular o
desenvolvimento da investigação científica e tecnológica em qualquer domínio do
conhecimento”. Em 6 de novembro de 1974, pela Lei nº 6.129, foi transformado em
fundação e recebeu seu nome atual, mantendo porém a sigla anterior.
Antecedentes
Nas décadas de 1930 e 1940, foram feitas algumas tentativas de
criação de um conselho nacional de pesquisas com a finalidade de equiparar o
Brasil às outras nações no campo da pesquisa da energia nuclear.
Assim,
em 1931, a Academia Brasileira de Ciências sugeriu a criação de um órgão desse
tipo. Em 1936, em mensagem ao Congresso, Getúlio Vargas demonstrou a
necessidade de se criar um Conselho Nacional de Pesquisa e Experimentação,
ligado aos problemas agrícolas. Em 1946, quando o Brasil participou da Comissão
de Energia Atômica das Nações Unidas, por iniciativa do chanceler João Neves da
Fontoura, uma comissão elaborou um projeto para a criação de um Conselho
Nacional de Energia Atômica. Essa idéia não se concretizou, entretanto, devido
à preferência do governo por um órgão de maior amplitude, que não se destinasse
unicamente à energia nuclear. Contribuiu também para o abandono do projeto a
experiência de outros países, nos quais, segundo discurso dirigido pelo
almirante Álvaro Alberto da Mota e Silva ao presidente da República, a
instituição de tais organismos era precedida da instalação de conselhos de
pesquisas.
Criação
do CNPq
Em
abril de 1949, o presidente Eurico Gaspar Dutra nomeou uma comissão composta de
22 membros, presidida pelo almirante Álvaro Alberto, cujos estudos para a
criação de um conselho de pesquisas deram origem a um anteprojeto de lei que
foi apresentado em maio do mesmo ano ao Congresso. O anteprojeto propunha a
criação de um órgão de supervisão, apresentado como um estado-maior da ciência,
da técnica e da indústria, “capaz de traçar rumos seguros aos trabalhos de
pesquisas científicas e tecnológicas no país, desenvolvendo-os e coordenando-os
de modo sistemático”.
A
criação de um conselho de pesquisas como órgão coordenador das atividades
científicas realizadas no país significava portanto a incorporação da ciência à
área de controle do Estado.
Em
janeiro de 1951, finalmente, pela Lei nº 1.310, foi criado o CNPq e instituído
um fundo nacional para pesquisas científicas e tecnológicas. Vinculado de
início à pesquisa da física nuclear, “imperativo da defesa nacional”, o novo
órgão tinha por objetivo principal realizar estudos e prospecções das reservas
nacionais de materiais adequados ao aproveitamento da energia atômica, como o
urânio, o tório, o cádmio, o lítio, o berílio, o boro, a grafita e outros. A
outra finalidade básica do conselho era a criação de recursos humanos, através
da implementação de programas de auxílio à formação e ao aperfeiçoamento de
pesquisadores e técnicos.
A mesma Lei nº 1.310 estabelecia, por outro lado, que a
orientação e o controle das atividades de aproveitamento da energia atômica
caberiam exclusivamente ao Estado. Todas as exportações de minérios atômicos
eram condicionadas, finalmente, a “compensações específicas” julgadas
indispensáveis pelo governo brasileiro.
Do ponto de vista organizacional, o CNPq subordinava-se
direta e imediatamente ao presidente da República, mantendo porém autonomia
técnico-científica, administrativa e financeira. Compunha-se de um conselho
deliberativo, “órgão soberano de orientação das atividades”, de uma divisão
técnico-científica e de uma divisão administrativa.
O
presidente e o vice-presidente do conselho deliberativo eram nomeados pelo
presidente da República, que indicava também cinco de seus membros, escolhidos
entre representantes dos ministérios e do Estado-Maior das Forças Armadas
(EMFA). Os membros restantes (em número entre nove e 18) eram escolhidos entre
a comunidade científica.
O primeiro presidente do CNPq foi o almirante Álvaro Alberto
da Mota e Silva, e o primeiro vice-presidente, o coronel Armando Dubois
Ferreira.
A
década de 1950
Nos
primeiros anos a atuação do CNPq desenvolveu-se principalmente nas seguintes
direções: contato com pesquisadores e instituições de pesquisa, concessão de
auxílios para pesquisas, formação e aperfeiçoamento de pesquisadores, reuniões
científicas e intercâmbio com instituições estrangeiras e internacionais, e
trabalhos no campo da energia atômica.
Inicialmente, as áreas que receberam maiores recursos sob a
forma de bolsas e de auxílios de estudo e aperfeiçoamento foram as de ciências
biológicas, física e química.
O CNPq pretendia atuar no campo da energia atômica através da
preservação das reservas nacionais de material atômico, da descoberta e
exploração de novos depósitos para a produção de combustíveis nucleares e da
formação de especialistas capazes de projetar e construir reatores nucleares.
O projeto de autonomia do Brasil no campo da energia nuclear
estava entretanto fadado ao fracasso, em vista das negociações relativas à
exportação de minerais nucleares promovidas pelo ministro das Relações
Exteriores, João Neves da Fontoura, com o governo norte-americano.
A
despeito das restrições a essas exportações contidas na Lei nº 1.310, o coronel
Armando Dubois Ferreira, aproveitando-se da ausência do almirante Álvaro
Alberto, aprovou como seu substituto à frente do CNPq a exportação de monazita
para os Estados Unidos sem que fossem observadas exigências especiais.
Pouco
depois, em 21 de fevereiro de 1952, foi criada a Comissão de Exportação de
Materiais Estratégicos (CEME), encarregada do controle de todas as atividades
referentes ao aproveitamento da energia atômica. Tendo direito a voto nas
decisões da CEME, o CNPq manteve-se contrário aos sucessivos acordos de
exportação de minerais nucleares firmados com os Estados Unidos até 1956. Nesse
ano, a CEME foi substituída pela Comissão Nacional de Energia Nuclear, órgão
diretamente subordinado à Presidência da República, que passou a orientar a
política nacional de energia atômica.
Ainda
no ano de 1956, o CNPq voltou-se basicamente para a formação de recursos
humanos, aspecto aliás fundamental dentro da mentalidade “desenvolvimentista”
vigente, de apoio à industrialização. Para o Plano de Metas de Juscelino
Kubitschek, “a infra-estrutura econômica devia ser acompanhada de uma
infra-estrutura educacional e, portanto, social”. Mesmo assim, o sistema
científico permanecia desvinculado das transformações do sistema produtivo, na
medida em que o know-how
utilizado era importado e praticamente não havia solicitação de atividades
científicas internas.
Por outro lado, desde 1955, o CNPq já vinha enfrentando
problemas orçamentários, pois seus recursos encontravam-se aquém dos pedidos de
auxílio. De 1956 a 1961, segundo José Leite Lopes, a dotação orçamentária do
conselho decresceu de 0,28% do orçamento da União para 0,11%. Houve igualmente
uma redução na concessão de bolsas de estudo no estrangeiro: 86 bolsistas foram
enviados em 1956, 30 em 1961, 49 em 1962 e 71 em 1963.
O
período pós-1964
O
movimento de março de 1964 significou uma alteração no modelo
político-econômico até então vigente no país. Dentro do novo quadro, o sistema
científico e a formação de recursos humanos qualificados passaram a ser
encarados como elementos de importância estratégica. Entretanto, o desenvolvimento
tecnológico prosseguia assimilando know-how
importado.
Em
8 de dezembro de 1964, a Lei nº 4.533 ampliou a área de competência do CNPq,
incumbindo-o de: formular e coordenar a política científica e tecnológica
nacional através da articulação com ministérios e órgãos do governo; incentivar
pesquisas destinadas ao aproveitamento das riquezas potenciais do país;
conceder auxílio financeiro para a realização de pesquisas em universidades e
institutos; colaborar especialmente com o Conselho de Segurança Nacional e o
EMFA na formulação do conceito estratégico nacional nos aspectos dependentes da
ciência e da tecnologia, e fornecer assistência científica e técnica às
indústrias.
O decreto manteve basicamente a mesma organização para o
CNPq, ampliando apenas seu conselho deliberativo pela incorporação de
representantes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDE).
Até 1966, o CNPq abrangia sete áreas de ação: biologia e
ciências médicas, agronomia, química, física e astronomia, matemática, geologia
ou ciências da terra e tecnologia. Nesse ano, foram incorporados dois novos
setores: veterinária e ciências sociais.
A partir de 1967, ocorreu uma mudança na atuação do Estado
frente ao setor de ciência e tecnologia. O binômio passou a ser freqüentemente
incorporado ao discurso político, aparecendo nos planos e declarações oficiais
como um elemento necessário à construção de um “Brasil-potência”. A aprovação
do Plano Estratégico de Desenvolvimento (PED) no mês de julho representou pela
primeira vez uma tentativa do governo federal de fixar uma política específica
para a área da ciência e da tecnologia. Até então, a atuação do Estado nesse
setor se dera de forma fragmentada.
O
CNPq elaborou um plano qüinqüenal para o período 1968-1972, que, entre outras
coisas, propunha a ampliação dos quadros técnicos através de cursos de
pós-graduação, a equiparação dos centros de pesquisa e a contratação de
pesquisadores nacionais e estrangeiros para reforço dos centros mais
qualificados.
O Programa de Metas e Bases para a Ação do Governo no período
1970-1973, apresentado a 1º de outubro de 1970, destacou como medida
prioritária a aceleração do desenvolvimento científico e tecnológico.
A
partir de 1972, além de conceder bolsas e auxílios, o CNPq incorporou outra
linha de atuação, representada pelos programas integrados. Voltavam-se esses
programas para o desenvolvimento de áreas específicas em função das prioridades
estabelecidas nos planos nacionais de Desenvolvimento e nos planos nacionais de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico.
A partir de meados de 1974, o CNPq sofreu um reaparelhamento
institucional, destinado a fornecer-lhe as condições técnicas e administrativas
necessárias à viabilização do desenvolvimento científico-tecnológico do país.
Em
6 de novembro de 1974, pela Lei nº 6.129, o CNPq transformou-se em Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, assumindo o caráter de
fundação e vinculando-se à Secretaria de Planejamento da Presidência da
República. Esse fato provocaria a perda crescente de autonomia do conselho, já
que a política científica tendeu a centralizar-se nessa secretaria. O CNPq foi
então incumbido de prestar auxílio à chefia da Secretaria de Planejamento,
principalmente na análise de planos e programas setoriais de ciência e tecnologia
e na formulação e atualização da política de desenvolvimento científico e
tecnológico estabelecida pelo governo federal.
Em
16 de janeiro de 1975, o Decreto nº 75.241 deu novo estatuto ao CNPq. Além das
atribuições já mencionadas, coube ao conselho coordenar a elaboração do Plano
Básico de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (PBDCT), auxiliando o chefe
da Secretaria de Planejamento, assim como estimular a realização de programas e
projetos de intercâmbio e transferência de tecnologia entre entidades públicas
e privadas nacionais, estrangeiras ou internacionais.
Pelo mesmo decreto, a Financiadora de Estudos e Projetos
(Finep) tornou-se o principal agente financeiro do CNPq. A composição interna
do conselho também foi alterada, passando a contar com uma presidência, um
conselho científico e tecnológico e unidades técnicas, administrativas e
subordinadas. O conselho científico e tecnológico passou a ser integrado pelos
presidente e vice-presidente do CNPq, o presidente da Academia Brasileira de
Ciências, o superintendente do Instituto de Planejamento, o presidente do
BNDE, um representante do EMFA e secretários-gerais ou titulares dos órgãos
setoriais da ciência e da tecnologia nos ministérios.
Ainda em 1975, foram criados dentro do conselho comitês assessores,
com a finalidade de propor ao CNPq as principais linhas dos programas de
incremento à pesquisa e à formação de recursos humanos no campo da ciência e da
tecnologia.
Criaram-se também agências de representação regional: em
1975, no Rio de Janeiro, e em 1976, em São Paulo, estabelecendo-se ainda uma representação em Belo Horizonte.
Até
1976, os auxílios e bolsas de estudo fornecidas pelo conselho concentraram-se
nas áreas de ciências médicas, biologia e agricultura, sendo concedida pouca
importância às ciências sociais. O setor de tecnologia tampouco constou como
área de atuação prioritária. De modo geral, os programas de apoio tecnológico
estiveram a cargo do BNDE, da Finep e outras entidades.
Eram então subordinadas ao CNPq as seguintes instituições: o
Instituto de Matemática Pura Aplicada (IMPA), criado em 1952; o Instituto
Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT), criado em 1954 com o
nome de Instituto Brasileiro de Bibliografia e Documentação (IBBD); o Instituto
Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), criado em 1954; o Instituto de
Pesquisa Espacial (Inpe), criado em 1961 com o nome de Grupo de Organização da
Comissão Nacional de Atividades Espaciais (GOCNAE); o Centro Brasileiro de
Pesquisas Físicas (CBPF) e o Observatório Nacional (ON). Até 1972, esteve
ligado ao conselho o Instituto de Pesquisas Rodoviárias (IPR), que daí em
diante passou a integrar o Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER).
Da
década de 1980 em diante
Ao longo dos anos 1980, o esforço de desenvolvimento da
capacidade científica e tecnológica brasileira se viu comprometido pela
escassez de recursos, pela instabilidade institucional e pela falta de uma
definição clara sobre o seu papel na economia, na sociedade e na educação. Como
reflexo, o CNPq iria sofrer um impacto profundo em sua capacidade de promover a
pesquisa no país, que iria perdurar também durante a década seguinte.
De
acordo com Schwartzman, o ambicioso projeto de auto-suficiência científica,
tecnológica e industrial elaborado durante os anos 1970 veio a soçobrar diante
da ausência de uma resposta significativa por parte do setor produtivo privado
como um todo, e acabou limitado a alguns segmentos da burocracia estatal e à
comunidade científica. Para a maioria das empresas, inclusive para as grandes
empresas estatais, importava menos a origem da tecnologia empregada em suas
atividades do que o seu custo e confiabilidade. O impedimento à entrada de
capital e tecnologia estrangeira era visto pelo setor produtivo privado como
obstáculo inaceitável.
Como
agravante, segundo o mesmo autor, o sistema de ciência e tecnologia entrava
então num período de grande instabilidade, caracterizado por turbulências nas
instituições de gestão, acentuadas pela crescente burocratização e incerteza
quanto às suas dotações orçamentárias. Nesse quadro, o CNPq foi empurrado à
condição de mais um participante na acirrada disputa por recursos públicos cada
vez mais raros.
Dessa forma, verifica-se ao longo dos anos 1980 que a
evolução dos recursos destinados ao CNPq cresceu nos dois primeiros anos da
década, caindo em 1983 e 1984, subindo novamente na breve expansão econômica
que acompanhou o Plano Cruzado em 1985 e 1986, caindo rapidamente quando a
inflação retomou seu fôlego em 1988, e atingindo seu nível histórico mais baixo
no governo Fernando Collor de Melo, no período de 1991 a 1992. Ressalte-se que nos anos de 1991 e 1992, o CNPq, pela primeira vez em sua história, se
viu na obrigação de suspender os pagamentos e solicitações de apoio à pesquisa.
Em
1985, o CNPq passou a ser subordinado ao Ministério da Ciência e Tecnologia.
Objetivando incrementar a participação da comunidade de pesquisadores, o CNPq
recriou em 1986 o conselho deliberativo, formado por 15 representantes,
transformado dessa forma no principal instrumento político do qual emanariam as
grandes diretrizes de atuação do órgão.
A partir de 1993 verificou-se a progressiva recuperação no
que tange à dotação de recursos. Entretanto, os recursos destinados foram
usados em sua maior parte para custear bolsas, relegando ao segundo plano a
promoção de projetos de pesquisa.
Apesar
da tendência declinante das dotações de fomento, que vinham decrescendo
acentuadamente desde 1989, verificou-se o desenvolvimento de diversos programas
especiais de fomento, como a Rede Nacional de Pesquisa (RNP), criada em 1989
com o objetivo de implantar uma infra-estrutura de redes eletrônicas e serviços
básicos para o apoio às atividades de educação e pesquisa e que, a partir de
1995, em convênio com a Embratel, passou a oferecer o acesso comercial à rede
Internet. Nesse mesmo sentido, destacou-se também a criação do Programa
Nacional de Software
para Exportação (Softex-2000) em 1993, que procurou incentivar a
internacionalização dos produtos da indústria brasileira de software,
visando a atingir 1% do mercado mundial no ano 2000.
Durante
o governo Itamar Franco (1992-1995),
bem como nos dois mandatos do seu sucessor, Fernando Henrique Cardoso
(1995-2002), a educação e o desenvolvimento científico-tecnológico
passaram a ser vistos como meios capazes de possibilitar maior competitividade
à economia brasileira e, por esse motivo, o CNPq passou por um processo de
rearticulação de suas ações, de maneira a incentivar e promover pesquisas
voltadas para as necessidades do setor produtivo e em áreas consideradas
estratégicas para o desenvolvimento do país.
Em 1997, foi criada a home Page do CNPQ na internet e, em 1999, foi implantada a Plataforma
Lattes, novo sistema voltado para a integração dos sistemas de informação das
principais agências de fomento do país, no qual passaram a ser armazenados currículos e dados sobre
projetos de pesquisa,.
Conforme
o Relatório
de Gestão
Institucional do CNPQ,
de 2001, embora continuasse
atendendo às demandas espontâneas de apoio à pesquisa,
parte desses recursos passaria a
ser direcionada para os programas de pesquisa considerados estratégicos.
No que diz respeito à formação de pesquisadores, durante os governos de
Fernando
Henrique Cardoso (1995-2003),
o CNPq desencadeou um
processo de indução à formação
de pesquisadores em áreas
consideradas estratégicas no setor produtivo e de desenvolvimento em Ciência
e Tecnologia, além
de promover uma política de aceleração do processo de formação de mestres e
doutores, a partir da diminuição do período de concessão de bolsas de mestrado
para 24 meses e doutorado para 48 meses. Uma
das razões para essa aceleração do processo de formação era a preocupação em
colocar um maior número de pesquisadores no mercado de trabalho e mais jovens, que
pudessem dispor de mais tempo de atuação no desenvolvimento de pesquisas nas
universidades, empresas e institutos de pesquisa.
Durante os governos de Fernando Henrique Cardoso (1995-2003),
porém, em função de ajustes macro-econômicos, houve redução e
contingenciamento comparativos dos investimentos em Ciência e Tecnologia, tendência esta que permaneceu nos dois primeiros anos do governo Luis Inácio
Lula da Silva (2003-2011). Os valores das bolsas concedidas pelo CNPq e pela Coordenação de Desenvolvimento CientÍfico e Tecnológico
(Capes), para mestrado e doutorado, mantiveram-se congelados até 2004, a partir de quando foram concedidos três reajustes, como parte do conjunto de ações do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Mônica Kornis
FONTES: BIANCHETTI, Lucídio
& OLIVEIRA, Adriano de. CNPq: política de fomento à pesquisa nos governos
Fernando Henrique Cardoso (FHC). Perspectiva, Florianópolis, v.
24, n. 1, p. 161-182, jan/jun. 2006, disponível em: www.perspectiva.ufsc.br,
acesso em: 15/12/2009; CNPq. CNPq: origens; GUIMARÃES, J. T. A.
& ERBER, F. Política; MIN. CIÊN. TEC. Relatório; MOREL, R. Considerações; ROMANI, J. Apoio; SCHWARTZMAN, S. Ciência.