1° Entrevista: 18.12.2012
Origens familiares; a deficiência visual na infância; os tratamentos médicos na cidade de Campinas; o esforço e a dedicação dos pais na educação do entrevistado; a superação dos obstáculos; a socialização na infância; a alfabetização pelo sistema Braile; a alfabetização, em 1968, na escola Santa Maria, na zona rural do município de Borborema; a precariedade da escola; a experiência de vida e o aprendizado na escola Santa Maria; o desenvolvimento da imaginação a partir das leituras da mãe; a transferência para uma escola na cidade de Itápolis; o aprendizado e a importância da datilografia ao longo dos anos escolares; a primeira experiência em política estudantil; o início do colegial; o sonho de fazer Direito na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo; a importância da leitura dos pais; o contato com o livro falado, em 1975, a partir de iniciativa da Fundação Dorina Nowill; a associação ao Clube do Livro Falado; a leitura de livros em Braile. Emprestados pela Fundação Dorina Nowill; as obras marcantes; Dom Casmurro, de Machado de Assis; Os maias, de Eça de Queirós; Admirável mundo novo, de Aldous Huxley; Grande sertão veredas e Sagarana, de Guimarães Rosa; Capitães da areia, de Jorge Amado; a necessidade de leitura; o projeto dos pais do entrevistado de gravar livros em fitas cassetes; o contato com o Direito; o sonho em ser diplomata; comentários sobre a escrita e a publicação de textos no jornal O Progresso, de Itápolis; o interesse pelo jornalismo; o contato com as questões internacionais; o gosto pelo rádio; o contato com rádios internacionais; o interesse por línguas; comentários sobre o interesse por política na família; a atuação política do avô paterno; a primeira eleição em que o entrevistado votou, em 1978; a influência da Carta aos Brasileiros, escrita pelo professor Goffredo da Silva Telles; comentários sobre as origens familiares; a ligação com os avós maternos; a importância do tio materno na formação do entrevistado; comentários sobre a influência do padrinho paterno; comentários sobre as amizades feitas em Itápolis; a importância e a relação com a cidade de Itápolis; a relação com a religião; a importância da aproximação com o espiritismo; a mudança para São Paulo, em 1979; o ingresso na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, em 1979; comentários sobre os desafios impostos pela mudança para São Paulo; os professores marcantes ao longo da faculdade; os motivos pela escolha do Direito; comentários sobre a importância do Direito para a sociedade; a participação do entrevistado na política estudantil ao longo da graduação; comentários sobre diferentes formas de transformação pessoal e do mundo; a importância da ideia de contestação para o entrevistado; a participação em movimentos de esquerda ao longo da faculdade; a militância no grupo estudantil Ação Comum; comentários sobre a necessidade de um suporte intelectual para a contestação; o desafio de afirmação pessoal durante a faculdade; o estudo como vocação; as amizades feitas durante a faculdade; a participação no Projeto Capes; a importância do período de faculdade; a influência do professor Fábio Konder Comparato; a influências dos professores Tercio Sampaio Ferraz e José Eduardo Faria; a experiência do tempo de faculdade; os aprendizados e frustações nos primeiros anos de vida na cidade de São Paulo; comentários sobre a presença das inquietações e questões políticas nas aulas do curso de Direito na Faculdade de Direito da USP; a Faculdade de Direito da USP como um espaço de liberdade de expressão em um contexto de regime militar; comentário sobre alguns alunos que se exilaram; comentários sobre o embate entre alguns professores favoráveis ao regime militar e o desejo de contestação dos alunos e alguns professores; a influência do Livro Negro da USP; o medo do entrevistado em ser perseguido e fichado pelo Departamento de Ordem Política e Social (DOPS); o ensino do Direito na época da faculdade; a busca por uma nova forma de interação entre professor e aluno.
2° Entrevista: 19.12.2012
As diferenças entre o ensino do Direito na época de estudante do entrevistado e atualmente; o método de ensino adotado pelo entrevistado; comentários sobre o método de ensino coimbrão; as diferenças entre a pesquisa no campo do Direito no momento em que o entrevistado estava na faculdade e atualmente; comentários sobre os projetos de pesquisa financiados pela Fundação Ford liderados pelo entrevistado; a importância do projeto Pet-Capes; a cooperação acadêmica internacional; a importância da internet na intensificação da pesquisa no Direito; o ingresso no doutorado, em 1987; a escolha de ingressar na pós-graduação; a escolha pelo Direito Comercial; a tese de doutorado sobre o Direito do Consumidor no Brasil; comentários sobre a banca de avaliação do doutorado; a relação entre a perspectiva diplomática e a vocação acadêmica; o percurso até a época da livre-docência; a experiência como docente voluntário; o processo seletivo para ingresso como professor no Departamento de Filosofia da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, em 1995; o convite de transferência para o Departamento de Direito Internacional, em 1997; a livre-docência, em 2001; comentários sobre a publicação do manual de preparação de candidatos à carreira diplomática a pedido do Instituto Rio Branco; o concurso de ingresso na Faculdade de Direito da USP como professor efetivo, em 2003; o concurso de titularidade, em 2007; comentários sobre o impacto do projeto Pet-Capes; a especialização na Bélgica, em 1993; comentários sobre o trabalho como advogado; comentários sobre a relação entre a atividade prática do Direito e a atividade acadêmica; o desafio dos cursos jurídicos no Brasil atualmente; a importância do computador na vida do entrevistado; comentários sobre a discriminação sofrida em alguns momentos da vida universitária e profissional; o episódio de discriminação por parte do Tribunal Federal da Terceira Região; o esforço do entrevistado em se fazer respeitar os direitos dos deficientes visuais e físicos no Brasil; comentário sobre o desejo de contribuir para a reflexão em matéria de política externa; comentários sobre a experiência de escrever um artigo sobre Paris para o jornal Folha de São Paulo; comentários sobre o desenvolvimento institucional no Direito Internacional; comentários sobre a necessidade de uma maior democratização da Organização das nações Unidas (ONU); comentários sobre o panorama da preparação de juristas brasileiros para a atuação na esfera internacional atualmente; a importância do livro Direito de Assistência Humanitária, de autoria do entrevistado; comentários sobre o livro Comércio Internacional e Proteção do Meio Ambiente, de autoria do entrevistado, publicado em 2011; o desenvolvimento no livro do método O Diálogo das Fontes; comentários sobre as relações entre Direito Internacional, Direitos Humanos e proteção do meio ambiente; comentários sobre a busca pessoal por constante melhora; o momento de auto valorização profissional; a cooperação acadêmica; o alcance do trabalho acadêmico do entrevistado; a nomeação para a Academia Paulista de Letras Jurídicas, em 2011; comentários sobre a necessidade de um enriquecimento humanista dos cursos jurídicos no Brasil; os desafios enfrentados pelos cursos jurídicos no país; comentários sobre o que seria um grande jurista; comentários sobre a permanência da essência dos sonhos juvenis na vida do entrevistado; a necessidade de construção de um Direito cosmopolita.