1ª Entrevista 24.11.2011
Origens familiares; infância; carreira do pai como prefeito de Sud Mennucci (1973-1977); origem sócio-econômica; escolha pelo curso de direito; capital cultural; assinatura da Folha de São Paulo aos 17 anos (1975); publicação de artigo na Folha de São Paulo questionando o nome da cidade de Sud Mennucci; carreira do pai como prefeito de Sud Mennucci (a partir de 1973); investimento do pai na biblioteca de Sud Mennucci; gosto pela leitura; leitura de Gilberto Freyre e Machado de Assis; personalidade empreendedora desde a infância: diretor do diretório acadêmico, baterista e empresário de um conjunto musical, auxílio no transporte de eleitores nas eleições para a prefeitura de Sud Mennucci do ano de 1972; início da vida profissional como cartorário aos nove anos (1967); característica pessoal de superar dificuldades; como ganhava seu próprio dinheiro desde os sete anos (1965); ida para a faculdade de direito (1975); breve história de vida de seu pai; a família paterna no distrito de Condeúba, na Bahia; origem do nome Sud Mennucci; carreira política do pai: como se tornou político e oposições políticas; assassinato do pai (1978); trabalho do pai como prefeito (a partir de 1973); herança de características do pai; carreiras públicas seguidas; formação escolar primária na escola Victor Padilha em Sud Mennucci; continuação dos estudos na cidade de Pereira Barreto; melhora do capital cultural; formação em técnico contábil (1972); gosto pela leitura; início do curso de direito na Universidade de Rio Preto (Unirp) (1975) e mudança para o Instituto Toledo em Araçatuba (1976); dedicação aos estudos durante a graduação; notas e avaliações durante a graduação em direito; escolha por iniciar a faculdade em Rio Preto e mudança para Araçatuba; trabalho como agente de polícia (a partir de 1976); leituras jurídicas realizadas ao longo da faculdade; qualidade da faculdade cursada; estudo e reforço de Português; estudo de Francês; professores marcantes; ensino jurídico no Brasil; peculiaridades da docência em direito: não dedicação exclusiva dos professores; a Faculdade de Direito de Olinda: visita e produção de documentário (2011); o pindura; não dedicação exclusiva dos professores no curso de direito; dicas para alunos da graduação em direito; didática em sala de aula; modelo medieval de lecionar; exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB); qualidade do ensino jurídico; paradigmas jurídicos: legalista, constitucionalista, internacionalista, universalista (jus cogens); Luigi Ferrajoli; precariedade da formação jurídica no Brasil; grade curricular da universidade cursada; métodos ultrapassados de ensino jurídico; Alain de Botton; diferença entre aula e sermão; pedagogia motivacional; relação professor aluno; o uso da internet por alunos; estruturação da grade curricular na graduação em direito; falta de docentes no Brasil especialistas em direitos humanos, direito ambiental e direito do consumidor; ensino à distância; posicionamento das OAB em relação ao ensino à distância; desigualdade de capital cultural; Jesse de Souza; estágio em escritório de advocacia (1977-1978); relação com a advocacia; escolha pela carreira pública; breve experiência como advogado (1999-2000); exame da OAB: instituição, necessidade, forma de avaliação; Olphir Filgueiras Cavalcante Junior; concurso público para magistratura e promotoria (início da década de 1980) e comparação com os concursos na atualidade; Luiz Antônio Guimarães Marrey; modelo dos concursos públicos atuais; Escolas de formação das carreiras públicas; escolha pessoal pela magistratura; razão dos breves tempos como promotor e delegado da polícia civil; freqüência em cursinho preparatório para o concurso da magistratura; breve carreira como promotor; escolha pela cidade de São Paulo; casamento e família; filho magistrado; adaptação na cidade de São Paulo; trabalho como promotor; o ministério público e a Constituição de 1988; controle externo do ministério público, da polícia e da magistratura; accountability, OAB, Olphir Filgueiras Cavalcante Junior; propostas para o exame da OAB; deficiência dos advogados; críticas dos juízes aos advogados ..........................................................p. 1-26
2ª Entrevista: 29.11.2011
Carreira docente; experiência como professor ao longo da graduação; início das aulas nas Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU) e na Faculdade de Direito de Sorocaba (1982); tempo na FMU e na Faculdade de Direito de Sorocaba; início das aulas em Curso Preparatório (1986); aulas no Curso Damásio (1986 - 2002); carreira como magistrado e sua conciliação com a docência; cidades nas quais atuou como magistrado (Santos, Guarulhos, Cerqueira Cesar, Mirassol); aulas na Universidade de Rio Preto (Unirp) (1984); aulas no Complexo educacional Damásio de Jesus (1986); participação em comício das Diretas Já na praça da Sé (1984); Franco Montoro; Ulisses Guimarães; participação nas Diretas Já; posicionamento conservador das instituições em relação ao regime militar; assassinato do pai (1978); opção pela carreira jurídica em detrimento da política; carreira como juiz: vantagem da carreira, exercício da magistratura com humanismo; conciliação da carreira como juiz com a atividade de palestrante; a complexidade da instituição magistratura; entraves para o livre exercício da magistratura; atritos com a corregedoria da magistratura; investimento da magistratura na padronização de juízes, curso pós ingresso na magistratura: elogio ao curso da magistratura federal e críticas ao da magistratura estadual; eficácia do treinamento prático para o exercício das carreiras públicas; importância do equilíbrio no cotidiano dos juízes e promotores; não participação na constituinte de 1988; mestrado (1980-1990); dificuldades na realização do mestrado; doutorado (1990-2000); escolha por não ser professor da USP; orientação de Paulo José da Costa Júnior e Manuel Pedro Pimentel; relação entre orientador e orientando; Erro de tipo e erro de proibição, obra resultada do mestrado; individualismo na pesquisa acadêmica; escolha por fazer o doutorado na Espanha em detrimento da Alemanha; experiência do doutorado na Universidad Complutense de Madrid; orientação de Garcia-Pablos de Molina; estudo de Espanhol; facilidades para línguas latinas; dificuldade com o Inglês; chegada à Universidad Complutense de Madrid e o primeiro encontro com o orientador; relação entre orientador e orientando na Espanha e comparação com o Brasil; eleição do tema de sua pesquisa de doutorado: o princípio da ofensividade como limite da intervenção penal; conciliação da carreira de magistrado, docente e autor; a publicação do primeiro livro aos trinta anos; publicação de livros; carreira como palestrante; administração do tempo; escolha pela vida profissional em detrimento da pessoal; apoio da família; vivência na Espanha; redação e conclusão do doutorado; criação do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (IBCCrim); Alberto da Silva Franco; participação em comissões de elaboração legislativa; participação na Comissão de elaboração do Novo Código Penal (2011); participação na comissão de elaboração da lei dos juizados especiais (9099/95); participação na comissão de reforma do Código de Processo Penal (2000); publicação da obra: A questão do controle externo do Poder Judiciário (1993); Defesa da idéia de um processo mais conciliatório e menos conflitivo; O Conselho Nacional de Justiça (CNJ): importância e atuação; saída da magistratura; sobre a magistratura: composição, hierarquia; crítica à magistratura paulista; participação em programas televisivos; conflito com a corregedoria da magistratura; relações etárias na magistratura paulista; Fernando Henrique Cardoso; carreira como advogado (1999-2000); Alberto Zacharias Toron; exercício da advocacia e a OAB; exercício da advocacia criminal: dificuldades e críticas; a ideia de criação do Instituto Luiz Flávio Gomes (ILFG) (2000); início do projeto de aulas por sistema satelitário (2000-2002); parceria com a Embratel para a transmissão de aulas telepresenciais; riscos assumidos no empreendimento do sistema satelitário de ensino; primeira aula telepresencial em janeiro de 2003; aumento do número de alunos e parcerias; dados sobre quantidade de alunos e cidades inseridas na Rede LFG (2011); receptividade dos alunos na primeira aula (2003); aula inaugural sobre o novo Código Civil; professores Pablo Stolze, Rodrigo Cesar Faquim, Rui Stocco, Sylvio Capanema; rápida superação do incômodo inicial da aula telepresencial pelos alunos; expansão do método telepresencial e os cursos de direito no Brasil; a quebra das grandes orquestras mundiais: analogia com os cursos telepresenciais; a lógica dos cursos telepresenciais e o resgate dos cursos jurídicos brasileiros; exame da OAB e índice de reprovação; necessidade de mudança na metodologia dos cursos de direito no Brasil; número de alunos matriculados em cursos de ensino superior no Brasil (2011); faculdades despreparadas para suprir a falta de base dos alunos ingressantes; comparação do ensino jurídico no Brasil e nos Estados Unidos; não dedicação exclusiva dos professores; crítica ao ensino jurídico no Brasil; defesa do amplo acesso às universidades e melhoria destas instituições; exame da OAB; autonomia e concorrência universitária; uso do ensino telepresencial em cursos como medicina e engenharia; democratização versus centralização das informações; importância da prática e teoria para o ensino jurídico; importância da experiência prática para aprimorar o aprendizado durante a graduação; custos do conhecimento; comportamento humano ético; auto-ajuda motivacional; pioneirismo no modelo de curso telepresencial; postura do professor em aula telepresencial: a importância da pedagogia motivacional; Alain de Botton e a convicção do sermão; comparação da aula presencial com a telepresencial; empenho e dedicação do professor à docência versus não dedicação exclusiva; a profissão de professor; a estagnação do ensino jurídico; não investimento em metodologia de ensino; monopolização do ensino privado no Brasil; exame da OAB como um termômetro do ensino jurídico no Brasil; necessidade de priorização da educação no Brasil: investimento em tecnologia, na capacitação e remuneração de professores, na estrutura das escolas, no estímulo aos alunos; inserção no mercado de trabalho; Menção à pesquisa que aponta fechamento de escolas públicas no Brasil (1994-2010) e aumento do número de presídios; avaliação do problema ético, moral e social brasileiro; venda da Rede LFG para o Grupo Anhanguera (2008-2011); trabalho atual na divulgação dos cursos da Rede LFG (2011); sustentabilidade dos conglomerados educacionais: sua relação com o empreendedorismo e com a burocracia; modelo de instituição ideal para alunos; empreendimentos personificados; investimento no mercado educacional privado; Ministério da Educação (MEC) e a fiscalização das instituições de ensino superior; pouca mobilização de alunos em relação às reivindicações pela melhoria do ensino; comparação dos alunos brasileiros e chilenos; perfil dos alunos universitários; preparação para concurso público e sua diferença em relação à preparação para a carreira; importância da formação humanista para a construção de uma “grande carreira”; papel da prática na construção da carreira; obstáculos das carreiras jurídicas e sua superação; como agir no cotidiano profissional; legado como profissional do direito e empreendedor; investimento na carreira de escritor; contribuição na inovação dos métodos de ensino jurídico; importância da mudança tecnológica para a inovação do ensino; participação em redes sociais: Facebook, Twitter; instrumentalização das redes sociais para auxílio dos alunos e seguidores; Baltazar Gración; veiculação de mensagens de motivação profissional e pessoal no Facebook; veiculação de mensagens de Einstein, Cícero, Marco Aurélio; papel do jurista na sociedade contemporânea; profissão de advogado: massificação, concorrência, proletarização, não inovação; atuação de profissionais do direito: juristas, advogados; importância do esforço pessoal para estruturação de carreira de sucesso; Tiger Woods; Mozart; Pelé; Roberto Carlos; notabilidade profissional; características de um jurista notável; dedicação necessária para ser um jurista notável; vocabulário do profissional do direito; dois extremos a serem evitados: português incorreto e juridiquês excessivo; importância da clareza no discurso jurídico; desigualdade na advocacia brasileira: dos grandes escritórios ao advogado autônomo; advogado empregado em escritórios; relação entre informação e ensino; exame da OAB como um termômetro do ensino jurídico; o ensino jurídico no Brasil: modelo legalista, constitucional, internacional e universal; carência de ensino de ética, de métodos de mediação e conciliação nos cursos de direito; estímulo ao litígio e desestímulo à conciliação e mediação nos cursos de direito; comparação entre ensino universitário e religião; ensino jurídico e mercado de trabalho; falta de investimento das universidades no preparo dos alunos para o mercado de trabalho; formação processualista em detrimento da formação para mediação; juristas que admira: Claus Roxin, Eugenio Raul Zaffaroni, Hans Welzel, Franz Ritter Von Liszt, Paul Johann Anselm von Feuerbach, Francesco Carrara, Marques de Beccaria, Nelson Hungria, Basileu Garcia; aprendizado como empreendedor; características de empreendedores; Silvio Santos; Samuel Klein; comparação entre o empreendedor e o intelectual; significado da palavra sucesso; próximos passos profissionais; dedicação à leitura e à escrita; temas de livros que pretende escrever: legalização das drogas, direito e religião, ética, motivação, empreendedorismo, populismo penal, falácias da prevenção da criminalidade, mídia e direito; mudança de São Paulo; parabenização da iniciativa do Cpdoc de registro de história oral; Rui Barbosa; estímulo para mais entrevistas .........................................................p. 1-39