XEREZ,
Aírton
*dep. fed. RJ
1995-1996, 1997 e 1998-.
Aírton Alvarenga Xerez nasceu no Rio de Janeiro,
então Distrito Federal, no dia 13 de maio de 1946, filho de Aírton Rodrigues
Xerez e de Luci Alvarenga Xerez.
Aspirante da Marinha de Guerra na Escola Naval do Rio de
Janeiro, em 1965, dois anos mais tarde ingressou no curso de matemática da
faculdade de filosofia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Formou-se em engenharia civil pela antiga Universidade do Estado da Guanabara,
atual Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), e em direito pela
Universidade Estácio de Sá, onde lecionou direito constitucional.
Admitido como auxiliar administrativo no Banco Nacional da
Habitação (BNH), em 1968, dez anos depois, trabalhando na comissão de avaliação
de imóveis, implantou o Programa de Fiscalização de Obras da instituição.
Vice-presidente e presidente da Associação dos Servidores do banco em 1980 e em
1981, foi chefe-adjunto do departamento de engenharia e subchefe de
acompanhamento de obras controle de fiscalização, representando o BNH no
Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Rio de Janeiro
(Crea-RJ).
Em 1983 integrou a comissão mista BNH/Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia,
exercendo ainda o cargo de assessor especial, e em 1984, o de coordenador
operacional, ambos junto à Diretoria de Mobilização de Terras e Acompanhamento
de Obras do BNH.
Em 1986 participou como conferencista de simpósios sobre
processo de desenvolvimento urbano e sobre royalties. Assessor da
Diretoria de Engenharia e Saneamento no biênio 1985-1987, com a incorporação do
BNH pela Caixa Econômica Federal (CEF) transferiu-se para esta instituição.
Ainda em 1987 filiou-se ao Partido Liberal (PL) e no ano
seguinte foi nomeado para a Empresa de Obras Públicas do Estado do Rio de
Janeiro (Emop), onde assumiu a diretoria comercial e, posteriormente, a de
administração e finanças, participando do Programa de Desenvolvimento
Industrial e Regional promovido pelo governador Wellington Moreira Franco. No
período 1988-1990 fez parte do conselho do Clube de Engenharia. De volta à CEF,
ocupou a gerência de operações, em 1990, e a superintendência regional do Rio
de Janeiro, de 1991 a 1994.
Em 1993 deixou o PL, filiando-se ao Partido da Social
Democracia Brasileira (PSDB), legenda pela qual se candidatou a deputado
federal nas eleições de outubro de 1994, obtendo a quarta suplência. Denúncias
de irregularidades supostamente ocorridas durante o processo de votação
determinaram a anulação do pleito pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do
estado. Realizada uma nova eleição, em novembro de 1994, Xerez melhorou seu
desempenho e alcançou a terceira suplência.
Em
maio de 1995 assumiu uma cadeira na Câmara Federal em substituição ao deputado
Nílton Cerqueira, que assumira o cargo de secretário estadual de Segurança
Pública no governo de Marcelo Alencar (1995-1998). Na Câmara, Xerez foi
indicado para uma das vice-lideranças do PSDB e tomou parte nos trabalhos das
comissões de Viação e Transportes e de Trabalho, Administração e Serviço
Público.
Votou a favor da quebra do monopólio estatal nos setores de
telecomunicações, exploração do petróleo e navegação de cabotagem; da mudança
no conceito de empresa nacional; da prorrogação do Fundo de Estabilização
Fiscal (FEF) — antigo Fundo Social de Emergência (FSE) — que permitia ao
governo gastar até 20% da arrecadação vinculada às áreas de saúde e de
educação.
Com o retorno do deputado Nélson Bornier, em junho de 1996,
retirou-se da Câmara, mas já no mês seguinte voltou a exercer o mandato graças
ao pedido de licença de Ronaldo César Coelho, que foi chefiar a missão
diplomática brasileira junto ao Comitê Olímpico Internacional (COI). Titular
das comissões de Finanças e Tributação e de Fiscalização Financeira e Controle,
deixou mais uma vez o Legislativo Federal em novembro, quando Aldir Cabral reassumiu
suas funções parlamentares. Cotado para a Secretaria de Habitação, Xerez acabou
nomeado assessor especial do governador Marcelo Alencar.
No
dia 1º de janeiro de 1997, com a posse de Sílvio Lopes na prefeitura de Macaé
(RJ), iniciou novo período no Legislativo Federal, interrompido oito dias
depois com a sua nomeação para a Secretaria de Habitação e Assuntos Fundiários
do governo fluminense. Substituído por Robson Romero, Xerez retomou uma cadeira
na Câmara em função da nomeação da deputada Laura Carneiro para a Secretaria de
Projetos Especiais da prefeitura carioca.
Em
24 de fevereiro de 1997 tomou posse no lugar do deputado Nílton Cerqueira, em
virtude da decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de anular o pleito de
novembro de 1994 e de diplomar novamente a bancada do Rio de Janeiro conforme o
resultado da eleição de outubro daquele ano. No dia seguinte, contudo, deixou a
Câmara para mais uma vez assumir a Secretaria de Habitação e Assuntos
Fundiários, sendo novamente substituído por Robson Romero. Antes de retornar ao
Executivo estadual, votou a favor da emenda constitucional que previa a
reeleição de presidente da República, governadores e prefeitos.
Com
o falecimento do deputado Eduardo Mascarenhas, em maio de 1997, Aírton Xerez
foi finalmente efetivado na Câmara, mas solicitou licença do mandato para
continuar à frente da secretaria, até janeiro de 1998, quando reassumiu em
definitivo suas funções parlamentares, tornando-se mais uma vez membro da
Comissão de Fiscalização Financeira e Controle.
No
pleito de outubro de 1998 elegeu-se deputado federal pela legenda do PSDB
fluminense. Em novembro votou a favor da criação do teto de 1.200 reais, para
as aposentadorias dos funcionários públicos, e pela instituição de um limite de
idade mínima e tempo de contribuição, para a concessão de aposentadorias no
setor privado. Assumiu o novo mandato na Câmara em fevereiro de 1999.
Licenciou-se
do mandato em Janeiro de 2001, quando assumiu a Secretaria do Desenvolvimento
Econômico, Ciêmcia e Tecnologia, a convite do então prefeito do Rio de Janeiro,
César Maia.
No
ano seguinte, novamente tirou licença do mandato como deputado federal, desta
vez para assumir a pasta do município referente ao Meio Ambiente.
No
pleito eleitoral realizado em 2006, conseguiu mais um mandato de deputado
federal, pelo PFL. Exerceu e votou contrário à prorrogação da CPMF até o ano de
2004. Atuou, em períodos curtos, em várias comissões, como: titular na Comissão
de Desenvolvimento Urbano e Interior, de Finanças e Tributação, De Legislação
Participativa, de Fiscalização e Controle, de Viação e Transportes, e de
Trabalho, Administração e Serviço Público.
Casou-se com Lúcia Maria Millar Xerez, com quem teve uma
filha.
Verônica
Veloso/Luís Otávio de Sousa
FONTES:
CÂM. DEP. Deputados brasileiros. Repertório (1995-1999 Suplemento); Estado
de S. Paulo (19/9/95); Folha de S. Paulo (Especial 6/11, 11/11/98
e 2/2/99); Globo (7/9/95, 6/12/96 e 7/10/98); Jornal do Brasil (18/5/95,
28/1 e 26/3/97); Olho no Congresso/Folha de S. Paulo (14/1/96); Olho
no voto/Folha de S. Paulo (29/9/98); TRIB. SUP. ELEIT. Candidatos (1998).