GEL,
Toni
*dep.
fed. PE 1991-2000.
Antônio Geraldo Rodrigues da Silva nasceu em Recife, no dia 5 de novembro de 1955, filho de Geraldo Rodrigues da Silva e de Severina Maria do Carmo.
Fez curso de letras da Faculdade de Filosofia de Caruaru (PE)
entre 1978 e 1981. Presidente do diretório acadêmico, de 1980 a 1981, e dirigente da União dos Estudantes de Pernambuco (UEP), em 1982, trabalhou no Banco de
Desenvolvimento do Estado de Pernambuco (Bandepe), onde permaneceu até 1984, e
como locutor esportivo da Rádio Liberdade AM/FM de Caruaru — da qual se
tornaria diretor-geral — cobrindo as copas do mundo de futebol de 1982 e de
1986, na Espanha e no México. Ainda em 1986 ingressou no curso de direito da
Faculdade de Direito de Caruaru, recebendo o diploma em 1989.
Iniciou carreira política como candidato a prefeito da cidade
de Caruaru, nas eleições municipais de novembro de 1988, pela legenda do
Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), sem obter êxito. Nas eleições de outubro
de 1990, candidatou-se a uma cadeira na Câmara dos Deputados, desta vez pelo
Partido da Reconstrução Nacional (PRN), legenda que lançara a candidatura
vitoriosa de Fernando Collor de Melo à presidência da República em dezembro do
ano anterior. Eleito, assumiu o mandato em fevereiro de 1991, participando dos
trabalhos legislativos como titular das comissões de Constituição e Justiça e
de Redação; suplente da Comissão de Relações Exteriores; e sub-relator da
comissão parlamentar que tratou do aprimoramento organizacional.
Na
sessão que a Câmara realizou em 29 de setembro de 1992 foi um dos 38
parlamentares que se opuseram à abertura do processo de impeachment
contra o presidente Fernando Collor de Melo, acusado de crime de
responsabilidade pelo envolvimento num amplo esquema de corrupção liderado pelo
ex-tesoureiro de sua campanha presidencial, Paulo César Farias. Afastado da
presidência logo após a votação da Câmara, Collor renunciou ao mandato em 29 de
dezembro de 1992, pouco antes da conclusão do processo pelo Senado Federal,
sendo efetivado na presidência da República o vice Itamar Franco, que já vinha
exercendo o cargo interinamente, desde 2 de outubro.
Ao longo dessa legislatura, Toni Gel esteve ausente na
votação do Imposto Provisório sobre Movimentação Financeira (IPMF), fonte
suplementar de recursos destinados à área da saúde; do Fundo Social de
Emergência (FSE), que permitiria ao governo gastar 20% da arrecadação vinculada
às áreas de saúde e educação; e do projeto de lei que extinguia o voto
obrigatório. Foi titular da Comissão Parlamentar de Inquérito sobre a
exploração e prostituição infanto-juvenil e exerceu a vice-liderança do PRN na
Câmara.
Nas eleições de outubro de 1994, filiado ao Partido da Frente
Liberal (PFL), reelegeu-se deputado federal, assumindo o mandato em fevereiro
de 1995. Participou das comissões de Constituição de Justiça e de Ciência,
Tecnologia, Comunicação e Informática. Votou a favor das emendas
constitucionais que determinaram o fim do monopólio nos setores de
telecomunicações, exploração de petróleo, navegação de cabotagem e distribuição
de gás canalizado; e pela mudança no conceito de empresa nacional.
Em
outubro de 1996 tentou pela segunda vez conquistar a prefeitura de Caruaru, mas
sofreu nova derrota. Em janeiro e fevereiro de 1997 votou a favor da emenda que
permitiu a reeleição para os cargos de presidente da República, governadores e
prefeitos. Em novembro desse ano foi favorável à quebra da estabilidade dos
servidores da União, estados e municípios.
Em outubro de 1998 obteve o terceiro mandato federal consecutivo,
na legenda do PFL, e no mês seguinte votou favorável à fixação do teto de 1.200
reais para as aposentadorias do setor público e à exigência de idade mínima e
tempo de contribuição para as aposentadorias dos trabalhadores da iniciativa
privada.
Iniciou o novo período legislativo em fevereiro de 1999, ano
em que se afastou da vice-liderança do PFL.
Em outubro de 2000, elegeu-se prefeito de Caruaru, na legenda
do PFL, vencendo Jorge Gomes, do Partido Socialista Brasileiro (PSB), que
contava com o apoio do então prefeito João Lyra, do Partido Democrático
Trabalhista (PDT). Toni Gel renunciou então ao mandato de deputado para
assumir, em 1º de janeiro de 2001, a prefeitura da cidade.
Em 2001, recebeu o Troféu Prefeito Visão, concedido pela Revista Fácil, e no ano seguinte, o Prêmio Prefeito Expressão, concedido
pelo Diário de
Pernambuco.
Em outubro de 2004, reelegeu-se prefeito de Caruaru, novamente na mais uma vez pela legenda do PFL, vencendo seu opositor,
José Lira, por uma diferença de apenas 773 votos. Sua vitória, contudo, foi
contestada por Lira, que entrou com recurso junto à Justiça Eleitoral,
solicitando a impugnação da eleição de Toni Gel, sob a acusação de abuso do
poder econômico e político. O pedido de Lira foi rejeitado pelo Tribunal Regional
Eleitoral (TER), que argumentou pela inexistência de provas consistentes contra
Gel.
Em 2005, Toni Gel recebeu o prêmio Educação Ouro 2005,
concedido pelo Ministério da Educação. Neste mesmo ano, seu partido, o PFL,
mudou o seu nome para Democratas (DEM).
Em abril de 2008, Toni Gel afastou-se do cargo de prefeito
para disputar um mandato de vereador em Caruru, na legenda do DEM, afirmando
querer contribuir para a formação de uma bancada forte do partido na Câmara
Municipal e também para não ser acusado pelos adversários de uso indevido da
máquina administrativa para eleger o sucessor. Em seu lugar, assumiu o
presidente da Câmara, Manoel Teixeira, do Partido Social Democrata Cristão
(PSDC). Toni Gel foi eleito vereador em outubro daquele ano, tendo obtido a
maior votação já registrada até então por um vereador naquele município.
Em abril de 2009, no entanto, foi mais uma vez acusado de
irregularidades, desta vez pelo novo prefeito eleito de Caruaru, José Queirós
(PDT), correligionário de José Lira.Na ocasião, Toni Gel afirmou que as
denúncias não passavam de manobras políticas do adversário, ameaçando entrar na
Justiça contra Queirós. Poucos meses depois, já em setembro, foi a vez de Toni
Gel criticar publicamente a gestão de seu sucessor, acusando-o de mau
desempenho no setor de saúde e no de educação.
Casou-se com Mirian de Miranda Lacerda R. da Silva, com quem
teve três filhos. Sua esposa foi deputada estadual por Pernambuco.
Inoã
Pierre Carvalho Urbinati (atualização)
FONTES:
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Acesso em : 29 out. 2009;
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brasileiros. Repertório (1991-1995,
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(1998); Estado
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(7/7/96); Jornal do Brasil
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www2.uol.com.br/JC/eleicao2000/not_2307a.htm>.
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(31/1/95); Olho no voto/Folha (18/9/94);
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Acesso em : 29 e 30 out. 2009; Portal da Câmara Municipal de Caruaru.
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Acesso em: 29 out. 2009; Portal do Ministério Público de Pernambuco. Disponível
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Acesso em : 29 e 31 out. 2009;
Vanguarda
(online). Disponível em : <http://www.jornalvanguarda.inf.br>.
Acesso em : 31 out. 2009.