FURTADO,
Rita
*
dep. fed. RO 1983-1991; const. 1987-1988.
Rita Isabel Gomes Furtado
nasceu em Campos (RJ) no dia 6 de fevereiro de 1945, filha de José Ferreira
Gomes e de Elsa Reis Ferreira Gomes.
Em 1970, graduou-se em
letras pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e, posteriormente, em
jornalismo – rádio, cinema e TV – pela Universidade de Brasília (UnB). Em 1976,
transferiu-se para o Amazonas, tornando-se superintendente da Empresa
Brasileira de Radiodifusão (Radiobrás) na região amazônica, exercendo o cargo
até 1982.
No pleito de novembro
desse ano, foi eleita deputada federal por Rondônia, na legenda do Partido
Democrático Social (PDS). Assumindo o mandato no início do ano seguinte,
participou dos trabalhos legislativos como segunda vice-presidente da Comissão
de Redação, membro titular da Comissão de Educação e Cultura, da Comissão do
Índio, e suplente da comissões de Saúde, de Comunicação e de Relações
Exteriores.
Em 25 de abril de 1984,
não compareceu à votação da emenda Dante de Oliveira, que, apresentada na
Câmara dos Deputados, propôs o restabelecimento das eleições diretas para
presidente da República em novembro daquele ano. Como a emenda não obteve o
número de votos indispensáveis à sua aprovação – faltaram 22 para que o projeto
pudesse ser encaminhado à apreciação pelo Senado Federal –, no Colégio
Eleitoral, reunido em 15 de janeiro de 1985, Rita Furtado votou no candidato
oposicionista Tancredo Neves, eleito novo presidente da República pela Aliança
Democrática, uma união do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB)
com a dissidência do PDS abrigada na Frente Liberal. Contudo, Tancredo Neves
não chegou a ser empossado na presidência, vindo a falecer em 21 de abril de
1985. Seu substituto no cargo foi o vice José Sarney, que já vinha exercendo
interinamente o cargo desde 15 de março desse ano.
No pleito de novembro de
1986, Rita Furtado foi reeleita deputada federal por Rondônia, na legenda do
Partido da Frente Liberal (PFL). Assumindo o mandato em fevereiro do ano
seguinte, quando se iniciaram os trabalhos da Assembléia Nacional Constituinte,
foi membro titular da Subcomissão da Ciência e Tecnologia e da Comunicação, da
Comissão da Família, da Educação, Cultura e Esportes, da Ciência e Tecnologia e
da Comunicação, e suplente da Subcomissão dos Direitos Políticos, dos Direitos
Coletivos e Garantias, da Comissão da Soberania e dos Direitos e Garantias do
Homem e da Mulher.
Nas votações mais
importantes na Constituinte, votou a favor da pena de morte, do
presidencialismo e do mandato de cinco anos para o presidente José Sarney e
manifestou-se contra a limitação do direito de propriedade privada, o mandado
de segurança coletivo, a estabilidade no emprego, a remuneração 50% superior
para o trabalho extra, a jornada semanal de 40 horas, o turno ininterrupto de
seis horas, a pluralidade sindical, a nacionalização do subsolo, a estatização
do sistema financeiro, a criação de um fundo de apoio à reforma agrária e a
desapropriação da propriedade produtiva. Após a promulgação da nova Constituição
em 5 de outubro de 1988, voltou a participar dos trabalhos legislativos
ordinários na Câmara dos Deputados.
No pleito de outubro de
1990, concorreu à reeleição, pela legenda do PFL, mas obteve apenas a segunda
suplência. Deixou a Câmara em janeiro do ano seguinte, ao final da legislatura,
passando a atuar nos meios de comunicação de rádio e televisão em Rondônia. Em
março de 1995, saiu do PFL e ingressou no PMDB. No ano seguinte tornou-se
apresentadora do programa Regra do jogo na TV Alamanda, retransmissora
do Sistema Brasileiro de Televisão (SBT) em Rondônia.
Foi casada com Rômulo
Vilar Furtado, que foi secretário-geral do Ministério das Comunicações durante
o governo José Sarney (1985-1990), com quem teve duas filhas.
FONTES:
ASSEMB. NAC. CONST. Repertório (1987-1988); CÂM. DEP. Deputados
brasileiros. Repertório (1983-1987); COELHO, J.& OLIVEIRA, A., Nova.; Perfil parlamentar. Isto É/Senhor; Folha
de São Paulo (19/1/87); Globo (26/4/84 e 16/1/85); INF. BIOG.