FRANCO, CID
FRANCO,
Cid
*jornalista.
Cid Franco nasceu
em Petrópolis (RJ) no dia 7 de julho de 1904, filho de Artur da Silveira Franco
e de Rosa de Almeida Franco.
Viveu seus primeiros anos em Santos (SP). Foi aluno do
Colégio São Bento, na capital paulista, e cursou, por algum tempo, a Faculdade
de Filosofia de São Bento. Entre 1925 e 1932 trabalhou como jornalista nos
principais jornais de São Paulo, tendo sido redator de O Estado de S. Paulo
por alguns anos. Em 1928 bacharelou-se pela Faculdade de Direito da
Universidade de São Paulo. Em 1933 criou, na Rádio Cruzeiro do Sul, o primeiro
programa diário de literatura no rádio brasileiro, o Programa do livro, que
seria transmitido por essa emissora até 1945, e do ano seguinte até 1954 pela
Rádio Cultura de São Paulo.
Elegeu-se, em 1948, vereador em São Paulo na legenda do Partido Socialista Brasileiro (PSB). No pleito de outubro de 1950 foi
eleito deputado à Assembléia Legislativa de São Paulo, reelegendo-se em outubro
de 1954, de 1958 e de 1962, sempre na mesma legenda. Após o movimento político-militar
de março de 1964, teve seus direitos políticos cassados em junho desse ano, por
força do Ato Institucional nº 1 (9/4/1964).
Foi professor do Colégio São Bento, na capital paulista, e
ensinou português e literatura em outros estabelecimentos secundários. Exerceu
as funções de assistente técnico e depois de encarregado de publicidade da
Superintendência do Ensino Profissional do Estado de São Paulo. Foi também
redator da Imprensa Oficial desse estado. Traduziu obras como Judeus sem
dinheiro, de Michel Gold, e Que é propriedade, de Proudhon.
Faleceu em 19 de fevereiro de 1971.
Era casado com Alice Rosciano Franco.
Publicou
Hóstia envenenada (1925), À procura de Cristo (1937), Histórias
brasileiras para a juventude (1942), Musa extinta (1943), Poemas
(1947), Não matarás (1952), Avatar (1955), A bola de luz
(1960), Trovas para o meu Senhor (1967), Os seis mil contos, O crime
das explosões atômicas, Independência econômica do Brasil, Dicionário das
expressões populares brasileiras e Anotações de um cassado.
FONTES: ARQ. DEP.
PESQ. JORNAL DO BRASIL; Eleitos; Estado de S. Paulo (23/9/62 e 21/7/71);
Grande encic. portuguesa; MENESES, R. Dic.