FREIRE,
Jorge Lins
*pres.
BNDES 1983-1984.
Jorge Lins Freire nasceu
em Salvador no dia 27 de abril de 1942, filho de Jaime Sampaio Freire e
Crisantema Lins Freire.
Bacharelou-se
em administração de empresas pela Universidade Federal da Bahia em 1971, e em
março do mesmo ano foi nomeado assessor-chefe da Secretaria da Fazenda da
Bahia. Em maio de 1974 tornou-se secretário da Fazenda da Bahia, no governo de
Antônio Carlos Magalhães, e presidente da Comissão de Integração do Sistema
Financeiro, cargos que ocupou até março de 1975. Em abril tornou-se
subsecretário da Fazenda do Rio de Janeiro no governo de Floriano Peixoto Faria
Lima e em fevereiro de 1976 foi nomeado presidente da Comissão de Programação
Financeira do mesmo estado, exercendo ambas as funções até janeiro de 1977. No
mês seguinte, tornou-se diretor financeiro de Furnas — Centrais Elétricas S.A.,
onde permaneceu até março de 1979. Nesse ano foi ainda nomeado diretor do
Instituto Brasileiro de Executivos Financeiros (IBEF), no Rio de Janeiro, presidente
do Banco de Desenvolvimento do Estado da Bahia (Desenbanco) e membro do
conselho de Administração de Empresas de Desenvolvimento Urbano e Articulação
Municipal (Interurb).
Em setembro de 1980 assumiu a presidência da Promoções e
Participações da Bahia S.A. (Propar) e no ano seguinte atuou como membro da
Comissão Consultiva do Mercado de Capitais do Conselho Monetário Nacional. Em
março de 1982 tornou-se presidente da Associação Brasileira de Bancos de
Desenvolvimento, e desse mês a outubro do ano seguinte foi membro da diretoria
executiva e vice-presidente da Fundação Baiana para Estudos Econômicos e
Sociais.
Em
setembro de 1983 foi nomeado presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES), substituindo a Luís Sande de Oliveira, bem como do
BNDES Participações S.A. (Bndespar). Permaneceu na presidência do banco até
outubro de 1984, quando foi exonerado pelo presidente João Figueiredo, em
virtude de divergências entre Antônio Carlos Magalhães, que o indicara para o
cargo, e o governo federal, devido ao fato de Antônio Carlos haver se engajado
na campanha de Tancredo Neves para a presidência da República. Lins Freire foi
substituído por José Carlos Perdigão Medeiros da Fonseca, então diretor da área
internacional e financeira do BNDES.
Durante
o período em que presidiu o BNDES, foi também presidente da junta de
administração da Agência Especial de Financiamento Industrial (Finame) e membro
do Conselho Monetário Nacional, do conselho deliberativo da Superintendência de
Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) e do Conselho de Tecnologia Industrial da
Secretaria de Tecnologia Industrial do Ministério da Indústria e Comércio, de
março a outubro de 1984.
Em
janeiro de 1985 foi nomeado diretor do Banco Econômico S.A., onde permaneceu
até maio de 1990, para em seguida assumir a presidência do Banco do Nordeste do
Brasil S.A., cargo que ocupou até outubro de 1992. Nesse último período voltou
a atuar como membro do Conselho Monetário Nacional e do conselho deliberativo
da Sudene. De julho de 1990 a fevereiro de 1992 tornou-se membro do conselho de
administração da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (CHESF).
Em
março de 1993 assumiu a vice-presidência das empresas não-financeiras do Grupo
Econômico, onde permaneceu até agosto de 1995. Nesse mesmo ano tornou-se
coordenador da comissão de economia da Federação de Indústrias da Bahia, função
que exerceu até 1996, ano em que foi membro do conselho permanente de política
econômica da Confederação Nacional de Indústria e do conselho deliberativo do
Sebrae, na Bahia.
Em
1º de janeiro de 1997 assumiu a Secretaria Municipal da Fazenda de Salvador, na
administração do prefeito Antônio Imbassaí, que tomou posse naquela ocasião. Em
setembro do ano seguinte, tornou-se diretor do Centro de Indústrias do Estado
da Bahia.
Em
2002, com o apoio do empresariado e do senador Antônio Carlos Magalhães, Jorge
Lins Freire tomou posse na presidência da Federação das Indústrias do Estado da
Bahia (FIEB). Em 30 de março de 2006, numa solenidade que contou com as presenças
de Antônio Carlos Magalhães e do governador Paulo Souto, Jorge Lins Freire foi
reconduzido à presidência da FIEB e do Centro das Indústrias do Estado da Bahia
para o período 2006-2010, por unanimidade dos votos válidos, equivalentes a 95%
do colégio eleitoral da instituição. Em seu discurso de posse, Freire
pronunciou-se a favor do aprofundamento das reformas do Estado, seletividade
dos gastos públicos e planejamento de longo prazo, da queda das taxas de juros
e da redução da relação dívida/PIB.
Casou-se com Elci Santos Freire, com quem teve um filho.
FONTES: ARQ. PUB. EST. RJ. Internet;
BNDES. CURRIC. BIOG.; INF. BIOG.; Veja (17/10/84); Federação das Indústrias do
Estado da Bahia (FIEB).