RODOLFO, João
*dep. fed. MA
1991-1995.
João Rodolfo Ribeiro Gonçalves nasceu em Timon (MA) no dia 27 de fevereiro de 1935, filho
de Amarantino Ribeiro Gonçalves e de Maria Assunção da Silva Gonçalves. Seu
primo João Castelo Ribeiro Gonçalves foi deputado federal pelo Maranhão de 1971 a 1979; governador desse estado de 1979 a 1982; senador de 1983 a 1991; constituinte no biênio 1987-1988 e novamente deputado federal por seu estado (1999-2007);
e prefeito de São Luís a partir de janeiro de 2009..
Transferindo-se para Goiânia em 1959, João Rodolfo ingressou
na Faculdade de Engenharia Civil da Universidade Federal de Goiás, pela qual se
formou em 1964. De volta ao Maranhão, em 1973 foi nomeado pelo governador Pedro
Neiva de Santana (1971-1975) diretor da Fundação Serviço Especial da Saúde
Pública em São Luís, cargo que exerceu até março de 1975. Dois anos depois
seguiu para o Rio de Janeiro, onde fez curso de especialização em engenharia
sanitária na Fundação de Ensino Especializado em Saúde Pública e mestrado em saúde pública no Instituto Castelo Branco, concluídos em 1978.
Com
a ascensão de João Castelo ao governo do Maranhão em março de 1979, João
Rodolfo foi nomeado secretário de Transportes e Obras Públicas do estado.
Durante esse governo (1979-1982) foi ainda presidente dos Conselhos de
Administração da Companhia de Água e Esgoto do Maranhão, da Companhia de
Desenvolvimento Rodoviário do Maranhão, da Companhia de Eletrificação do Estado
do Maranhão e da Companhia de Mecanização Agrícola. Permaneceu nesses cargos
até maio de 1982, quando deles se afastou, desincompatibilizando-se por ter
sido escolhido na convenção do Partido Democrático Social (PDS), ao qual se
filiara, para compor, como candidato a vice-governador, a chapa da agremiação
encabeçada por Luís Rocha e eleita no pleito direto de novembro desse ano.
Ainda nesse ano afastou-se da função de professor titular da Escola de
Engenharia da Universidade do Estado do Maranhão. Empossado em março de 1983,
durante o governo de Luís Rocha não chegou a assumir o poder em nenhuma
oportunidade. Permaneceu na função de vice-governador até o fim do mandato em
março de 1987. Em julho de 1988, foi nomeado secretário municipal de Obras
Públicas de São Luís, na gestão de Gardênia Gonçalves (1986-1989), esposa do
ex-governador e então senador João Castelo, na qual permaneceu até o fim do
mandato da prefeita em janeiro do ano seguinte. Voltou a concorrer a cargo
eletivo no pleito de outubro de 1990, quando foi eleito deputado federal na
legenda do PDS. Assumindo sua cadeira na Câmara dos Deputados em fevereiro de
1991, tornou-se membro titular da Comissão de Viação e Transportes,
Desenvolvimento Urbano e Interior e suplente da Comissão de Seguridade Social e
Família.
As
denúncias de irregularidades no governo do presidente Fernando Collor
(1990-1992) veiculadas na imprensa, com maior freqüência, ao longo de 1991,
atingiram o clímax em maio de 1992, quando a revista Veja publicou entrevista
de Pedro Collor, irmão do presidente, na qual denunciava a existência de
esquema de corrupção no governo, sob o comando de Paulo César Farias, o PC,
ex-tesoureiro da campanha presidencial. Essa denúncia levou o Congresso a
instalar uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) no mês seguinte, cujas
conclusões apontaram o envolvimento do presidente e foi pedido seu afastamento.
Na sessão da Câmara dos Deputados do dia 29 de setembro de 1992, o deputado
João Rodolfo foi um dos 38 parlamentares que votaram contra, mas foi aprovada a
admissibilidade de abertura do processo de impeachment do presidente.
No
início do mês seguinte, Collor deixou o governo e foi substituído, em caráter
interino, pelo vice Itamar Franco, até que houvesse o julgamento do caso pelo
Senado. No dia 29 de dezembro desse ano, pouco antes da votação, o presidente
afastado apresentou sua renúncia, que não foi aceita pela mesa dessa casa do
Congresso. Pouco depois, o plenário da Câmara Alta aprovou o impeachment e, em
conseqüência, suspendeu os direitos políticos de Fernando Collor por oito anos.
Com esse resultado, Itamar foi efetivado na chefia do Executivo brasileiro.
Com a fusão do PDS com o Partido Democrata Cristão (PDC) em
abril de 1993, que deu origem ao Partido Progressista Reformador (PPR), João
Rodolfo filiou-se à nova agremiação. Entre os principais projetos enviados à
Câmara ao longo dessa legislatura, votou contra a criação do Imposto Provisório
sobre Movimentação Financeira (IPMF), que ficou conhecido como imposto do
cheque, a criação do Fundo Social de Emergência (FSE) e o fim do voto
obrigatório, entre outros.
Deixando de concorrer à reeleição no pleito de outubro de
1994 por motivo de doença, permaneceu na Câmara dos Deputados até o fim de
janeiro do ano seguinte, quando se encerraram seu mandato e a legislatura.
Retomou em seguida as atividades de professor titular da Escola de Engenharia
da Universidade do Estado do Maranhão.
Não tendo mais concorrido a qualquer cargo público, João
Rodolfo exerceu posteriormente as funções de diretor administrativo e de
assessor de desembargador do Tribunal de Justiça do Maranhão. Exonerado desta
última em fevereiro de 2006, assumiu em maio seguinte o cargo de
secretário-adjunto da Secretaria Estadual das Cidades no governo de José
Reinaldo Tavares (2002-2007). No início da gestão do governador Jackson Lago,
em janeiro de 2007, foi nomeado diretor de Engenharia da Empresa de
Administração Portuária (Emap), responsável pela administração do Porto do
Itaqui, e cuja presidência foi entregue a seu primo João Castelo.
Cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob a acusação
de abuso de poder econômico e compra de votos nas eleições de 2006, Jackson
Lago deixou o governo do Maranhão em abril de 2009, sendo substituído na chefia
do Executivo pela segunda colocada no pleito, senadora Roseana Sarney. No mês
seguinte, acompanhando a saída de Lago, João Rodolfo exonerou-se de suas
funções na Emap.
Filiado ao Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), João
Rodolfo foi eleito, em setembro de 2009, presidente do diretório municipal da
agremiação em Itapecuru-Mirim (MA).
Casou-se com Vilma Pereira Gonçalves, com quem teve cinco
filhos.
FONTES:
CÂM. DEP. Deputados brasileiros. Repertório. (1991-1995); Globo (30/9/92); INF.
BIOG.; Olho no voto/Folha de S. Paulo (18/9/94); Isto é (9/4/08). INTERNET.
Portal
Correio
dos Municípios disponível em http://www.correiodosmunicipios.com.br/, acessado
em 13/9/09; Portal do Diário Oficial do Estado do Maranhão disponível em http://www.tjma.jus.br/site/, acessado em 13/9/09; Portal do Diário
da Justiça do Estado do Maranhão disponível em http://www.tj.ma.gov.br/site/,
acessado em 13/9/09; Portal da Folha Online disponível em http://www.folha.uol.com.br/, acessado em 13/9/09.