RODRIGUES,
Expedito
*
dep. fed. GB 1964-1967.
Joaquim
Expedito Rodrigues nasceu em Simão Pereira, município de
Matias Barbosa (MG), no dia 5 de março de 1934, filho de Felipe Rodrigues e de
Maria da C. Luísa de Oliveira Rodrigues.
Fez
o curso primário em sua cidade natal, freqüentando em seguida o Instituto
Bicalho, a Academia de Comércio e, finalmente, a Escola Técnica de Comércio
Machado Sobrinho, em Juiz de Fora (MG), pela qual se formou contador. Mais
tarde trabalhou nas firmas M. Agostini e Abel de Barros Comércio e Indústria de
Jutas, no Rio de Janeiro, então Distrito Federal.
Funcionário
da Petrobrás em 1962, candidatou-se nesse ano a deputado federal pelo então
estado da Guanabara, na legenda do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). Em sua
campanha eleitoral defendeu o monopólio estatal do petróleo, abrangendo o
refino e a distribuição, e apoiou esse mesmo sistema para as telecomunicações,
os minérios atômicos, a eletricidade e os transportes ferroviários e marítimos
de cabotagem. Defendeu uma maior participação dos municípios na renda tributária
nacional, bem como o direito de voto para os analfabetos e praças de pré e a
elegibilidade de todos os eleitores. Colocou-se a favor de uma reforma
constitucional que, além dessas conquistas, reformulasse o instituto da propriedade,
permitindo a desapropriação, por interesse social, dos latifúndios
improdutivos, mediante indenização em títulos da dívida pública. Realizado o
pleito em outubro de 1962, obteve, contudo, apenas uma suplência.
Aceitou,
sem protesto, segundo o Correio Braziliense de outubro de 1964,
o movimento político-militar de 31 de março desse ano, que depôs o governo
trabalhista de João Goulart. Com a cassação dos mandatos de vários deputados
pelo novo regime que se instalou no país, atingindo quase toda a bancada do
PTB carioca, foi convocado para assumir uma cadeira na Câmara Federal.
Licenciou-se da auditoria da frota nacional de petroleiros da Petrobrás, onde
trabalhava, para assumir o mandato no dia 11 de abril de 1964.
Embora
defendesse inicialmente a Revolução Cubana de 1959, não protestou contra a
ruptura das relações diplomáticas do Brasil com Cuba, efetivada durante o
governo do marechal Humberto Castelo Branco (1964-1967). Com a edição do Ato
Institucional n° 2 (AI-2), em outubro de 1965, extinguindo os partidos
políticos existentes, e a posterior instauração do bipartidarismo, filiou-se ao
Movimento Democrático Brasileiro (MDB), partido de oposição ao regime militar.
Na Câmara, integrou a Comissão de Economia, tendo
atuado como relator de vários projetos, entre os quais, o de controle do custo
de vida mediante a apresentação de balancetes e o que transformaria o Banco
Nacional da Habitação (BNH) em autarquia. Em novembro de 1966 tentou a
reeleição, concentrando sua campanha na luta pela redemocratização do país e na
defesa de eleições diretas, da reforma agrária, da justiça social para os
trabalhadores e da dissolução do casamento por opção. Obteve, contudo, apenas
uma suplência e concluiu o mandato em janeiro de 1967, ao final da legislatura.
No
pleito de novembro de 1978 candidatou-se a uma cadeira na Câmara, pela legenda
do MDB, não obtendo êxito. Com a extinção do bipartidarismo em novembro de 1979
e a conseqüente reformulação partidária, filiou-se ao Partido do Movimento
Democrático Brasileiro (PMDB).
Em
1989 aposentou-se da Petrobrás, passando a dedicar-se a contabilidade.
Voltando
à disputa eleitoral, no pleito de outubro de 1990, concorreu a uma vaga na
Câmara dos Deputados pelo PMDB, não obtendo êxito. No âmbito municipal,
concorreu, em 1992 e em 1996, a uma cadeira na Câmara dos Vereadores do Rio de
Janeiro, não conseguindo se eleger nas duas oportunidades. Em outubro de 1998,
sofreu nova derrota, não conseguindo eleger-se deputado federal.
FONTES:
CÂM. DEP. Anais; CÂM. DEP. Deputados; CÂM. DEP. Deputados
brasileiros. Repertório (1946-1967); CAMPOS, Q. Fichário; INF.
BIOG.; Jornal do Brasil (19/10/66); TRIB. SUP. ELEIT. Dados
(6 e 8);